RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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SANTOS NETO. (Frei Fortunato dos) PARAÍSO DE DIVINAS FLORES OU HORAS LUSITANAS,

Onde existem vinculados a hum aggregado suavissimo os Officios do SS. Sacramento, do Menino JESUS, da Conceição Immaculada de MARIA SS. accrescentado com trez Lições e doze Psalmos, tirados do Psalterio de S. Boaventura: Como tambem ... Que consagra, e oferece Á Ill.ma e Ex.ma Senhora D. TERESA VIOLANTE DE DAUN E MELLO, Condeça de S. Paio, Fr. Fortunato dos Santos Neto. LISBOA, Na Officina de Miguel Manescal da Costa, Impr. do S. Officio. An. 1766. Com as lic. necess.

In 12.º de 13,9x8 cm. Com [l], 479, [vii] págs. Magnífica encadernação da época em marroquim vermelho, com nervos, elaborados ferros a ouro em casas fechadas na lombada e formando esquadrias ornamentadas, com florões decorativos ao centro nas pastas. Folhas de guarda em belo papel marmoreado. Cortes das folhas dourados e gravados a seco e com duas fitas marcadoras de seda verde e vermelha. Acondicionado em belo estojo de encaixe, (14,4x8,9) da época em pele com ferros a ouro e revestido no interior com papel marmoreado.

Profusamente ilustrado com belas xilogravuras, em que 29 são de página inteira, cerca de 30 cartelas que enquadram títulos das partes, e dezenas de pequenas xilogravuras no texto relativas aos mistérios celebrados na Missa, a Nossa Senhora, aos santos e à Via Sacra. Todas as gravuras são enquadradas por motivos ornamentais muito elaborados e perfeitos, o que é uma das principais características da obra de Bernardo Fernandes Gaio, o que indicia que este artista poderá ter colaborado na obra. No entanto, as figuras humanas denotam uma maior perfeição e expressividade do que as do referido artista português do século XVIII.

Impressão muito nítida sobre papel de linho, quase toda em caracteres redondos, com poucos itálicos na dedicatória, na oração a S. Francisco e noutras orações, ornamentada com belos florões de remate como os das páginas 37, 117, 155, 345, 349.

Exemplar, com leves desgastes superficiais na encadernação, pequena falta de pele no pé da lombada e desgastes no papel que reveste o interior da caixa. Tem junto uma moeda de dez réis, de D. José, de 1764 e três estampas soltas, duas da época - de São Tomás de Vilanova, gravada por Galle e do Apóstolo Santo André e uma do século XIX, colorida à mão, com Anjo segurando uma tarja com a divisa O Sapientia.

1.ª Edição raríssima, não referida por Inocêncio, nem em qualquer dos catálogos de leilões e livreiros. Não existem exemplares catalogados na Porbase. Ernesto Soares não conheceu esta primeira edição e cataloga como sendo uma gravura tirada de um livro com as páginas 278 e 279, da 2.ª edição, que identifica só pelo subtítulo: Horas Lusitanas, o que indica que nem a segunda edição conheceu, que foi publicada, na Officina de Simão Tadeu Ferreira, em 1783. Saiu uma terceira edição, Lisboa, 1825.

Além do excepcional valor pela grande raridade, beleza da encadernação, das numerosas ilustrações finamente executadas em xilogravura muito nítida e da excelência do trabalho tipográfico, é também muito importante para o estudo da família do Marquês e Pombal, da sua ascensão social e para o estudo da espiritualidade das classes superiores num período influenciado pelo iluminismo e racionalismo de origem francesa.

As páginas preliminares incluem uma primeira página em branco; segunda página com a transcrição de S. Mateus 24 e 25, a terceira página com uma citação da obra, In gloria Mater Ecclesia de Frei Tomás de S. Cirilo; a quarta página com uma bela e elaborada xilogravura da Sagrada família tendo como legenda uma citação de Genesis, 11; a quinta página é a folha de rosto, com o texto enquadrado por bela tarja com anjos nos quatro cantos; a sexta página está em branco. As páginas 7 a 14 contêm a extensa dedicatória; o prólogo ocupa as páginas 15 a 18; as páginas 19 a 24 contêm uma Tabuada curiosa; as 25 e 26 a Tabuada comum; as 27 a 30 a Tabuada grande e o lunário do ano; as páginas 31 a 33 a Taboa temporal das festas mudáveis, de 1766 a 1787; as páginas 34 a 45 o calendário dos meses, com o número de horas dos dias e das noites as horas do levantar e pôr do sol, com os santos de cada dia e notas marginais sobre os santos cujas festas calavam em domingos; de 46 a 49 Desenganos da vida humana em dezasseis conselhos e a 50 uma gravura de Cristo crucificado com citação de S. Lucas, 17.

As páginas finais contêm o índice da obra e as licenças concedidas, de 8 a 17 de Maio de 1766, por Frei João de São Tomás, Frei Manuel da Ressurreição e Frei Francisco Xavier de Santa Teresa.

Manual de orações quase todo em Português, em latim tem apenas o modo de ajudar à missa, a ladainha dos santos, o Salmo 69, uma oração e o oficio da agonia. Poderá ter a ver com o facto das ideias do Marquês de Pombal, que, em grande parte para a atacar a Companhia de Jesus, determinou o ensino com gramáticas em português, em vez das gramáticas latinas.

O autor afirma que a obra é um «agregado de divinos cantos» de «amenos cânticos e devotos hinos», que servem para recreio e enternecimento dos devotos leitores. Deu-lhe o subtítulo de Horas Lusitanas pois reune um conjunto de devoções muito próprias de Portugal e com a maioria dos textos em português, que nalguns casos são traduções do latim e do francês.

Contém sete ofícios: Santíssimo Sacramento, Menino Jesus, Conceição Imaculada de Maria, S. José, Santa Ana, Santa Bárbara, e do Anjo da Guarda, assim como um Exercício devoto para assistir à Missa, os sacramentos da Confissão, Eucaristia, uma Via Sacra, uma novena das almas, Nossa Senhora do Rosário, orações para a noite, S. Francisco, Nossa Senhora do Carmo, Sagrada Família, os Corações de Jesus Maria e José, Modo de ajudar a Bem Morrer e uma Novena geral para as festividades de Nossa Senhora.

Frei Fortunato dos Santos Neto (? - ?) Franciscano da província da Piedade, Lente de filosofia, Vigário capitular do bispado do Funchal, e Cónego da Sé de Lisboa. É autor de outra obra também muito rara: Novenas para Maria SS. Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa. 1762.

Teresa Violante Josefa Maria Eva Judite de Daun e Melo (Viena de Áustria, 1746 - Lisboa, 1823) Filha primogénita do Marquês de Pombal, primeira do segundo casamento do marquês, com D. Leonor Ernestina de Daun. Casou, em 27 de Fevereiro de 1759, com D. António de São Paio Melo e Castro Moniz Torres de Lusignan, (1720-1803) 1.º Conde de São Paio, por decreto de D. José de 18 de Dezembro de 1764, de quem teve cinco filhos. O seu neto, Manuel António Maria Baltasar de São Paio de Melo e Castro Moniz e Torres de Lusignan, foi agraciado pela Rainha D. Maria II, com o título de Marquês de São Paio, por decreto de 1 de Dezembro de 1834. O actual representante do título é o 9.º Conde de Sampaio, Manuel Fino São Paio Cary, nascido em 1978.

 In duodecimo (twelvemo). 13.9x8 cm. [l], 479, [vii] pp. Magnificent contemporary binding in red morocco, with raised bands, elaborate gilt toolwork in the panels on the spine and forming ornate frames, with decorative flowers in the centre of the boards. Beautiful marbled endpapers. Gilt edges and with two green and red silk ribbon markers. Packed in a beautiful, contemporary leather slipcase (14.4x8.9) with gilt tools and lined inside with marbled paper.

Profusely illustrated with beautiful woodcuts, 29 of which are full-page, around 30 cartouches framing the titles of the parts, and dozens of small woodcuts in text relating to the mysteries celebrated at Mass, Our Lady, the saints and the Way of the Cross. All the engravings are framed by very elaborate and perfect ornamental motifs, which is one of the main characteristics of Bernardo Fernandes Gaio"s work, which indicates that this artist may have collaborated on the work. However, the human figures show greater perfection and expressiveness than those of the aforementioned 18th century Portuguese artist.

Very clear printing on linen paper, almost entirely in round characters, with a few italics in the dedication, in the prayer to St Francis and in other prayers, decorated with beautiful finishing fleurons such as those on pages 37, 117, 155, 345, 349.

Copy, showing slight superficial signs of wear on the binding, a small lack of leather at the foot of the spine and signs of wear on the paper lining the inside of the box. Enclosed is a ten reis(currency) coin of King José from 1764 and three loose prints, two from that period - of Saint Thomas of Villanova, engraved by Galle, and the Apostle Saint Andrew, and one from the 19th century, hand-coloured, with an Angel holding a banner with the motto O Sapientia.

1st very rare edition, not mentioned by Inocêncio, nor in any of the auction and bookseller catalogues. There are no copies catalogued in Porbase. Ernesto Soares didn"t know this first edition and catalogues it as an engraving taken from a book with pages 278 and 279 of the 2nd edition, which he identifies only by the subtitle: Horas Lusitanas which indicates that he didn"t even know the second edition, which was published at the Officina de Simão Tadeu Ferreira in 1783. A third edition was published in Lisbon in 1825.

In addition to its exceptional value due to the great rarity, the beauty of the binding, the numerous illustrations finely executed in very clear woodcuts and the excellence of the typographic work, it is also very important for the study of the family of the Marquis of Pombal, his social rise and for the study of the spirituality of the upper classes in a period influenced by the Enlightenment and rationalism of French origin.

The preliminary pages include a blank first page; second page with the transcription of St Matthew 24 and 25, the third page with a quotation from the work, In gloria Mater Ecclesia by Friar Tomás de S. Cirilo; the fourth page with a beautiful and elaborate woodcut of the Holy Family with a quotation from Genesis, 11; the fifth page is the title page, with the text framed by a beautiful border with angels in the four corners; the sixth page is blank. Pages 7 to 14 contain the extensive dedication; the prologue takes up pages 15 to 18; pages 19 to 24 contain a curious multiplication table; pages 25 and 26 the common multiplication table; pages 27 to 30 the large multiplication table and the lunar of the year; pages 31 to 33 the temporal table of the changeable feasts, from 1766 to 1787; pages 34 to 45 the calendar of the months, with the number of hours of the days and nights, the times of the rising and setting of the sun, with the saints of each day and marginal notes on the saints whose feasts fell on Sundays; from 46 to 49 Drawings of human life in sixteen councils and 50 an engraving of Christ crucified with a quotation from St Luke, 17.

The final pages contain the index of the work and the licences granted from 8 to 17 May 1766 by Friar João de São Tomás, Friar Manuel da Ressurreição and Friar Francisco Xavier de Santa Teresa.

The prayer manual is almost entirely in Portuguese; in Latin there is only the way to help at Mass, the litany of saints, Psalm 69, a prayer and the office of the agony. It may have something to do with the ideas of the Marquis of Pombal, who, largely to attack the Society of Jesus, ordered the teaching of grammars in Portuguese instead of Latin grammars.

The author states that the work is an 'aggregate of divine songs' of 'gentle canticles and devout hymns', which serve for the recreation and entertainment of devout readers. He gave it the subtitle Horas Lusitanas (Lusitanian Hours) because it brings together a set of devotions that are very typical of Portugal and with most of the texts in Portuguese, which in some cases are translations from Latin and French.

It contains seven offices: Blessed Sacrament, Child Jesus, Immaculate Conception of Mary, St Joseph, St Anne, St Barbara, and the Guardian Angel, as well as a Devotional Exercise for attending Mass, the sacraments of Confession, the Eucharist, a Way of the Cross, a novena for souls, Our Lady of the Rosary, prayers for the night, St Francis, Our Lady of Mount Carmel, the Holy Family, the Sacraments of Confession and the Eucharist. Francis, Our Lady of Mount Carmel, the Holy Family, the Hearts of Jesus, Mary and Joseph, the Way to Help the Blessed to Die and a general Novena for the feasts of Our Lady.

Frei Fortunato dos Santos Neto (? - ?) Franciscan from the province of Piedade, Professor of Philosophy, Vicar of the bishopric of Funchal, and Canon of the Cathedral of Lisbon. He is the author of another very rare work: Novenas para Maria SS. Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa. 1762.

Teresa Violante Josefa Maria Eva Judite de Daun e Melo (Vienna, Austria, 1746 - Lisbon, 1823) First-born daughter of the Marquis of Pombal, first of the Marquis" second marriage, to D. Leonor Ernestina de Daun. On 27 February 1759, she married António de São Paio Melo e Castro Moniz Torres de Lusignan, (1720-1803) 1st Count of São Paio, by decree of King José on 18 December 1764, with whom she had five children. His grandson, Manuel António Maria Baltasar de São Paio de Melo e Castro Moniz e Torres de Lusignan, was awarded the title of Marquis of São Paio by Queen Maria II by decree of 1 December 1834. The current representative of the title is the 9th Count of Sampaio, Manuel Fino São Paio Cary, born in 1978.

Referências/References:

Ernesto Soares - Inventário da colecção de registos de santos. BNP. 1955, n.º 04386, gravura de Santo Cristo, com 278 no verso. Nesta edição a gravura tem 278 e o verso 277.

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 27, págs. 587-589.

Inocêncio II, 316 e IX, 239.


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Referência: 2401PG003
Local: M-6-E-45


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