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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. PEREIRA DE MATOS. (António Alves) A MARINHA DE COMMERCIO.Estudo por A. Pereira de Mattos, Segundo tenente da armada, Cavalleiro da antiga, nobilissima e esclarecida ordem de S. Thiago, do merito scientifico, litterario e artistico, Secretario perpetuo da Liga Naval Portugueza. Prefaciado pelo Exc.mo Sr. capitão de mar e guerra, conselheiro Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha. Director da Escola Naval. Tomo I [Tomo II]. Magalhães & Moniz, Editores. Porto. 1900, 1901. 2 Volumes encadernados em um de 23x17,5 cm. Com xxxvii, [iii], 435, [i]; [vi], 517, [iii] págs. Encadernação da época com lombada em pele com ferros a ouro. Cortes das folhas mosqueados a azul. Ilustrado em extratexto sobre papel couché com 11 desenhos de arquitectura naval, representando diversos tipos de navios de vapor e vela, incluindo plantas, perfis e cortes técnicos, constituindo importante documentação sobre a construção naval do final do século XIX. Impressão ornamentada com cabeção decorativo representando embarcações e inicial decorada no prefácio do primeiro volume. Exemplar com dedicatória manuscrita do autor à Academia de Estudos Livres na folha de anterrosto. Inclui o nome da instituição gravado a ouro no pé das lombadas, etiquetas com cota nas pastas e carimbos oleográficos da mesma instituição nas páginas preliminares. Carimbo do encadernador David Caeiro na pasta anterior. Obra muito rara e importante sobre a economia marítima e a navegação comercial no final do século XIX. Apenas dois exemplares foram localizados em instituições públicas portuguesas, ambos na Biblioteca Central da Marinha (Cotas: 3L5-25/28 e TMD20-23/24). Primeira edição deste estudo fundamental sobre a marinha mercante portuguesa, parte da trilogia que incluiu A Marinha de Guerra (1897) e A Marinha Colonial (1902), publicada pela casa editorial portuense Magalhães & Moniz, activa entre 1875-1920 e especializada em literatura técnica e académica. Dois estudos académicos reconhecem a obra como a análise mais abrangente da realidade naval portuguesa no início do século XX: a tese de doutoramento de Fernando David e Silva sobre a Liga Naval Portuguesa (2020) e o artigo de Sérgio Campos Matos e Luís Aguiar Santos na Revista de História das Ideias (vol. 29, 2008, pp. 431-468). Páginas preliminares em numeração romana com dedicatórias impressas à Liga Naval Portuguesa, Augusto Noronha, José Adolpho de Mello e Souza, Francisco José de Araujo, Pedro Maria da Fonseca Araujo, Miguel Henrique dos Santos; assim como um prefácio e um texto preliminar rematados com fac-simile da assinatura do autor. A obra surge no momento de fundação da Liga Naval Portuguesa, em Maio de 1900, organização criada pelo próprio autor, que exerceu o cargo de secretário-perpétuo até 1930. O contexto era de profunda reflexão nacional sobre o declínio marítimo português face às grandes potências europeias e da necessidade de modernizar a frota mercante para competir internacionalmente. Este estudo apresenta análises comparativas detalhadas das principais marinhas mercantes (Grã-Bretanha, Alemanha, França, Estados Unidos, Noruega, Itália, Japão), fundamentando propostas para a reorganização da marinha portuguesa. Teve impacto significativo nos debates parlamentares sobre proteccionismo naval e constituiu referência essencial para a política marítima portuguesa nas décadas seguintes. A obra divide-se em três títulos ao longo de dois volumes. O Tomo I aborda o navio de comércio (construção, arqueação, navegabilidade, exploração económica, fretes) e analisa comparativamente as principais marinhas mercantes mundiais (Grã-Bretanha, Alemanha, França, Estados Unidos, Noruega, Itália, Japão), examinando a navegação transatlântica, os serviços postais, a especialização dos navios de carga e os sistemas de proteccionismo naval. O Tomo II traça a história da decadência da marinha portuguesa desde a primeira dinastia até aos finais do século XIX e propõe um programa abrangente de ressurgimento assente na expansão económica, melhoramento de portos, desenvolvimento da construção naval, formação de equipagens, protecção estatal e reorganização dos serviços coloniais, linhas postais atlânticas, navegação livre e indústria das pescas. Este exemplar pertenceu à Academia de Estudos Livres, instituição cultural lisboeta fundada em 1889 pela loja maçónica «Simpatia e União», transformada em «Academia de Estudos Livres - Universidade Popular» em 1904. Situada no Alto do Pina, a Academia mantinha biblioteca, laboratórios, observatório, museus e oficina-escola, promovendo conferências públicas, cursos livres e ensino diurno e nocturno. Publicou os Anais da Academia de Estudos Livres e manteve-se activa até meados dos anos 1920. A dedicatória autógrafa do autor documenta as redes de sociabilidade intelectual e difusão de conhecimento técnico-científico no Portugal da viragem do século. António Alves Pereira de Matos (Porto, 1874 – S.l., 1930) foi oficial da Marinha portuguesa, escritor e fundador da Liga Naval Portuguesa. Ingressou no corpo de aspirantes da marinha em 1888, recebendo sucessivas promoções até primeiro-tenente em 1901. Comandou o vapor Berrio e desempenhou importantes comissões em Portugal e no estrangeiro. Foi secretário-perpétuo da Liga Naval Portuguesa desde a fundação em maio de 1900 até 1930, organizando três congressos nacionais (Marítimo 1903, Internacional de Lisboa 1904, Nacional de Pescarias 1904) e participando em congressos internacionais (Copenhague, Nantes). Condecorado com múltiplas ordens (Conceição de Vila Viçosa, Santiago, Avis, Mérito Naval de Espanha), publicou extensa obra sobre questões navais: A Marinha de Guerra (1897), Nas Águas de Moçambique (1900), A Marinha Colonial (1902) e O Problema Naval Portuguez (1908-1909). Colaborou nos Annaes do Club Militar Naval e no Boletim da Liga Naval. Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha (Lisboa, 1841 – Lisboa, 1912) foi capitão de mar e guerra, conselheiro e director da Escola Naval portuguesa (1895; 1900-1901). Filho do escritor António Feliciano de Castilho (1.º Visconde de Castilho), teve como padrinho o historiador Alexandre Herculano. Atingiu o posto de major-general da Armada, serviu extensivamente em África como governador de Inhambane (1874-1875), governador de Lourenço Marques (1875-1879) e governador-geral de Moçambique (1885-1889), onde comandou pessoalmente operações militares-navais. Durante a Revolta da Armada Brasileira (1893-1894), comandou a divisão naval portuguesa no Rio de Janeiro, servindo como mediador entre forças rebeldes e governo brasileiro. Foi preso e julgado por conselho de guerra em 1894, sendo completamente ilibado. Representou Portugal na Conferência de Bruxelas sobre Abolição da Escravatura (1890), foi deputado (1882-1884; 1890-1892) e dirigiu a revista Brasil-Portugal (1899-1914). Dois navios da Marinha portuguesa foram baptizados com o seu nome. Referências: Referência: 2509SB008
Local: M-SACO SB263-07 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
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