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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. PESSOA. (Fernando) MENSAGEM. [1.ª EDIÇÃO]Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. 1934. De 19,3x13,3 cm. Com 100, [iv] págs. Brochado. Exemplar com restauro amador na lombada e na capa posterior de brochura, que apresentam falhas de papel. Tem falta das badanas das capas de brochura e de uma folha preliminar em branco, que antecederia a folha de anterrosto. Primeira edição composta e impressa nas Oficinas da Editorial Império, durante o mês de Outubro de 1934, que realizou a apresentação gráfica da obra, com as suas capas de brochura amarelas e um trabalho tipográfico de grande simplicidade e beleza. «Mensagem» é unanimemente reconhecida como uma obra-prima da poesia portuguesa e, por extensão, da literatura mundial. Destacando-se pela sua brilhante concisão e uma capacidade enunciativa singular, a obra sintetiza, com rara mestria, temas centrais da identidade e destino de Portugal. O país é exaltado não só através da sua geografia, mas também pela evocação das suas grandes figuras históricas, que desempenharam papéis cruciais na afirmação da nacionalidade e na expansão marítima, sempre sob a sombra de uma ideia de predestinação nacional. Composta por 44 poemas breves, a «Mensagem» revela uma impressionante unidade de inspiração e uma arquitetura poética cuidada. A obra é atravessada por um sopro patriótico e heróico, que incita à ação e à renovação, ao mesmo tempo que é imbuída de um sebastianismo profundamente espiritual, de apelo à esperança e à certeza profética no regresso de um salvador. Embora se classifique como poesia épica, a Mensagem distingue-se por ser uma epopeia lírica, marcada por um tom mais contido e uma atitude introspectiva permeada de idealismo platónico. Esta característica introspectiva, aliada à sua dimensão simbólica e visionária, coloca a obra num patamar ímpar, onde o épico e o lírico se entrelaçam de forma magistral. Não surpreende, assim, que muitos dos seus versos se tenham imortalizado na memória coletiva dos portugueses, sendo citados até por aqueles que não se dedicam à poesia. Assim, o Padre António Vieira será sempre lembrado como «O Imperador da Língua Portuguesa»; a visão dos portugueses que contemplam «Com fixos olhos rasos de ânsia / Fitando a proibida azul distância» tornou-se parte integrante do imaginário nacional; e à pergunta «Valeu a pena?», muitos responderão «Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena». O facto de a obra ter sido premiada pela SPN — Secretaria de Propaganda Nacional, dirigida por António Ferro — é um detalhe menor perante a grandeza desta obra-prima da literatura lusofona. Ref.: BNP - Cota: RES-4431-P. Referência: 2410SB006
Local: M-9-B-67 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. ![]() |
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