Pelo Engenheiro Civil João de Palma Muniz, Chefe da 3.ª Seccção da Secretaria de Obras Publicas, Terras e Viação do Pará. Aillaud & Cᴵᴬ. Paris. Lisboa. 1904.

De 32x25 cm. Com 232 págs. Encadernação com ferros a ouro na lombada em tela e folhas de guarda decorativas.

Ilustrado em extratexto, sobre papel muito encorpado, com o escudo de armas do Estado do Pará, a cores, concedido pela Lei n. 912 de 9 de novembro de 1903; com 36 mapas desdobráveis de grandes dimensões, monocromáticos, sobre folhas de papel manteiga. O primeiro corresponde a um mapa do estado do Pará, de 84x74 cm., por Henrique de Santa Rosa. Nos restantes representa-se o património de cada um dos concelhos municipais do estado: plantas de povoações e vilas, e a localização dos seus respeitantes monumentos.

Exemplar com dedicatória manuscrita na folha de rosto, dirigida ao «Prof. Dr. Fernando de Aguiar». Contém um restauro amador na folha de anterrosto e apresenta pequenos rasgos, sem falta de papel, na margem das folhas que contêm as págs.: 3/4, 5/6, 21/22, 27/28, 65/66, 67/68, 69/70, 71/72, 77/98, 107/128, 141/142, 213/214 e 221/232. Os mapas n.º 1, 2, 19 e 23 padecem de danos semelhantes. As folhas que contêm as págs. 95/96 e 129/136 têm pequenos rasgos, com falta de papel. Alguns fólios ou mapas desdobráveis apresentam-se parcialmente colados ao fólio que os antecede, em algum ponto específico da sua superficíe: nunca na sua totalidade.

Obra muito rara, impressa sobre papel de excelente qualidade. Divide-se em quatro partes:

Na primeira são abordados os patrimónios territoriais dos conselhos que os possuem totalmente discriminados: Ourem, Monte-Alegre, Ponta de Pedras, Portel, Quatipurú, Oeiras, Melgaço, Muaná, Itaituba, Cametá.

Na segunda, os patrimónios dos conselhos que possuem os patrimónios parcialmente discriminados: Belem, Alemquer, Obidos, Acará, Vigia e Santarem.

Na terceira parte reúne-se todas as concessões de patrimónios que não se encontram ainda descriminadas: Chaves, Bragança, Prainha, Gurupá, Souzel, Curuçá, Afuá, São Caetano de Odivellas, Abaeté, Bagre, Santarem-Novo, Breves, Vizeu, Maracanã, São Domingos de Boa Vista, Marapanim, Mazagão, Montenegro, Salinas, Baião e Macapá.

A Quarta Parte corresponde aos conselhos municipais ainda sem património requerido - «uma notícia da situação da sede dos municípios cujos Conselhos Municipais ainda não quiseram se utilizar da faculdade criada pelo art. 29 da lei n. 82, de 13 de Setembro de 1892.»: Almerim, Anajás, Cachoeira, Curralinho, Faro, Igarapé-Miry, Irituia, Mocajuba, Mojú, Porto de Móz, S. Miguel do Guamá, S. Sebastião da Boa Vista.

A obra contém em anexo um Apêndice, uma secção com Notas Finais, uma Bibliografia e um Índice de conteúdos.

Excerto do Prefácio do autor:

«O fim que tenho em vista com o presente trabalho é o de facilitar o estudo do importante assunto que o constitui. O campo é muito vasto e não tenho a pretensão de explorá-lo todo: venho trazer o meu contingente de esforço para explaná-lo.
[…] organizando este modesto conjunto, só tive em vista reunir em um volume o que de mais importante consta sobre os patrimônios territoriais dos Conselhos Municipais do Estado do Pará, sem pretender fazer um estudo de ética, não obstante me permitir, mais de uma vez, certas observações, só com o fim de melhor expor o assunto.»