(Juan Luis Martinez) (Juan de Dios Martinez) Ediciones Archivo. Santiago de Chile. 1985.

De 27,5x19 cm. Com 147, [ii] págs. Brochado.

Ilustrado no texto com gravuras, vinhetas, fotografias, fac-similes de documentos e recortes de publicações a preto e branco. Inclui dois anzóis devidamente colados a fita-cola transparente na página 75. Extratexo com 3 gravuras uma com dupla folha em branco, a primeira em papel vegetal com a descrição La Pagina en Branco (El cisne de Ana Pavlova sigue siendo la major página en blanco); um manuscrito chinês, dobrada ao meio, impressa apenas pela frente sobre folha de papel vegetal, anexa entre as páginas 96 e 97, e uma folha de papel vegetal com a bandeira do Chile. 

Exemplar muito raro de uma tiragem de 900, impresso sobre papel kraft branco. 

Edição que reproduz rigorosamente a primeira, publicada em 1977 pela mesma editora. 

As três primeiras páginas incluem uma citação bilingue, em inglês e espanhol, de Edward Lear; duas dedicatórias retiradas da obra «Antologia del Verdadero Cuento en Chile» de Miguel Serrano ao Conde de Keyserling e Carlos Ugalde, respectivamente; e duas bibliografias sumárias de «Le mythe de Rimbaud en Russie tsariste» e «Marxism and Poetry». Contém um colofon na última folha impressa. 

Livro de poesia, que levou cerca de oito anos a ser concluido e escrito, com título Little Practical Cosmogony, mais tarde substituído por The New Novel. Antes da publicação integral, o autor, sem sucesso, tentou publicar alguns fragmentos, sendo rejeitados pela maioria dos editores. A sua difusão foi bastante limitada no cenário literário chileno nos anos setenta. Foi republicada em 1985 pela Ediciones Archivo. Só na década de 1990 foi traduzido para inglês, o que deu maior divulgação e despertaria grande interesse entre os críticos literários hispânicos e norte-americanos.

La Nueva Novela para além de um livro artístico, funde uma infinidade de campos para retratar o funcionamento da mente humana, que incluem psicologia, arqueologia, geografia, lógica, física, literatura, grafologia, zoologia, astronomia, arte e música, tal como o seu compatriota chileno Raúl Zurita, o autor emprega a matemática para atingir este fim. Embora de difícil acesso e pouco divulgada, marcou profundamente os caminhos da poesia chilena contemporânea. 

Juan Luis Martínez Holger (Valparaiso, 1942 – Villa Alemana, 1993) foi um poeta vanguardista e artista visual chileno, considerado visionário na sua geração e um dos mais importantes do século pela sua autoria literária. Abandonou a escola aos 15 anos, e mais tarde dedicou-se à leitura e aprendizagem autodidacta. A sua vida transcorreu, fundamentalmente, entre as cidades de Valparaiso e Viña del Mar. Durante o seu período criativo de juventude manteve contacto com poetas e escritores tais como: Nicanor Parra, José Donoso, Martin Cerda, Enrique Lihn, Pedro Lastra, Raúl Zurita, Sergio Badilla Castillo, Eduardo Parra e Juan Cameron.