S. Antoníí a Padua cum Indice duplící. Venundantur Badío sub Priuilegio quo relíquí eíusdem Sermones, in Tríenníum: Anno domíni 1521. [Colofon]: [Paris] sub prelo Iodoci Badij Ascensij, ad Idus Septembres. 1521.

In 8.º de 17,3x11,5 cm. Com [viii], lxxii fólio. Encadernação do século XX inteira de pergaminho com quatro atilhos.

Ilustrado com a marca do impressor, xilogravura que preenche quase toda a folha de rosto e representa uma tipografia com um prelo ao centro com o nome latino da tipografia - Prelum Ascensianum, com três tipografos a executar diversas tarefas numa oficina tipografica e o monograma de Bade na parte inferior. Impressão toda em belíssimos e muito nítidos caracteres redondos de pequenas dimensões ornamentada com iniciais decoradas.

Exemplar com pequena etiqueta marcadora colada no verso da folha de rosto, com cruzes manuscritas em tinta coeva no recto dos fólios 30, 35, 40, sublinhados e anotações nos fólios 21 verso (com pequeno rasgo) e 22 recto, anotação marginal no verso do fólio 51, sublinhados e anotação marginal nos fólios 60 e 69.

Os fólios preliminares contêm dedicatória do editor Bade ao Padre Frei Bernardino de Pinerolo, Provincial de Turene; um índice com anotações e acrescentos aos sermões com remissões para as letras à margem do texto.

Muito rara primeira edição dos sermões dos Santos de Santo António, com privilégio real por três anos, mais valiosa ainda por transcrever um manuscrito designado por Códice Montense, hoje perdido, que existiu num Convento Franciscano Belga. É o terceiro livro impresso publicado com obras do nosso santo. Foi desconhecida de Barbosa Machado, a BNF não tem exemplares catalogados desta obra.

Tem especial valor para a história da difusão da obra de Santo António, pois durante 150 anos foi o único texto disponível e por isso influenciou a visão da vida e pensamento do Santo, que gerações de fiéis e estudiosos puderam ter ao seu alcance.

O editor Josse Bade, não era só um tipógrafo e editor, mas foi principalmente um humanista e erudito com grande domínio das línguas clássicas, sendo as suas edições caracterizadas por grande rigor e acuracia.

O mesmo editor tinha já publicado no ano anterior um volume de Sermones dominicales, Paris 23 de Outubro de 1520 e, um mês antes desta obra, no mesmo ano, Quadragesimales Sermones, Paris. 23 de Agosto de 1521.

Contém as primeiras edições dos seguintes Sermões de Santo António: Sermão da Ceia do Senhor, Sermões sobre os apóstolos, sobre os evangelistas, sobre os mártires, sobre os santos, os confessores, sobre as virgens e um último pelos fiéis defuntos. Alguns destes sermões, segundo os mais recentes estudos críticos, não são da autoria de Santo António e existem dúvidas sobre a autoria de outros. 

Gama Caeiro destaca a influência fundamental na formação de Santo António do meio cultural português, da Regra de Santo Agostinho, assim como do rico ambiente intelectual e das magníficas bibliotecas dos Mosteiros de S. Vicente de Lisboa e de Santa Cruz de Coimbra, onde estudou e que foram a base e as fontes da sua obra.

O mesmo investigador considera Santo António um precioso elo da cadeia evolutiva vinda do pensamento medieval e que está no advento do aristotelismo latino da Universidade de Paris e sem o qual as posições da Escola Franciscana, de que foi o primeiro mestre, incluindo São Boaventura, não podem ser completamente compreendidas.

Santo António integrou no seu pensamento novas orientações diferentes das tradicionais e reelaborou as ideias já existentes, dando uma expressiva contribuição para a formação e desenvolvimento das correntes de ideias da idade média e sendo um precursor de místicos como São João da Cruz. Por tudo isto foi declarado Doutor da Igreja, em 16 de Janeiro de 1946, pela Carta Apostólica, Exulta Lusitania felix, do Papa Pio XII.

A sua obra foi lida em manuscrito durante toda a idade média, antes do aparecimento da imprensa, sendo citado por muito teólogos e professores entre eles, o mestre João da Rochela, da Universidas de Paris, Frei Paio de Coimbra e por Frei Álvaro Pais. O Padre Antómio Vieira leu a sua obra pois cita frases de Santo António num dos sermões em seu louvor.

Os Sermões de Santo António, não são meras transcrições dos milhares de Sermões que terá pregado e que são um dos aspectos da sua vida que lhe deram mais celebridade, juntamente com os milagres. São obras muito mais importantes, sendo densas reflexões teológicas, filosóficas e místicas sobre a Bíblia, escritos no fim da sua vida, para serem usados para o ensino e como inspiração para a pregação dos membros da Ordem dos Frades Menores recentemente fundada por S. Francisco.

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA (Lisboa, 15 de Agosto, de 1195? - arredores de Pádua, 13 de Junho, de 1231) Um dos maiores Santos da Igreja Católica e do Cristianismo, o primeiro português a obter uma projecção universal, foi canonizado logo em 30 de Maio, de 1232, pela Bula, Cum dicat Dominus, do papa Gregório IX.

Une de forma extraordinária e muito raramente atingida, uma grande erudição, profundo domínio da teologia e insigne valor literário, com uma elevada vivência da mística e poderosa capacidade de transmitir a sua fé, inclusive por meio de grande número de milagres e dotes oratórios que o tornaram célebre. Um santo declarado doutor da Igreja é ao mesmo tempo, um dos mais populares de sempre. Sendo autor de uma obra literária e teológica de grande densidade, exigência e valor, penetrou e vivificou profundamente a fé popular dos mais simples fiéis, e mesmos dos indiferentes em matéria de religião, tendo o seu culto influenciado a arte popular e erudita, a poesia e o folclore em muitas regiões do mundo.   

O seu culto propagou-se em Espanha, França, Itália e por todo o mundo, sendo também venerado pela Igreja Anglican. É célebre a sua intercessão em ajudar na descoberta de coisas perdidas e como casamenteiro. Existem muitas igrejas que foram colocadas sob a sua invocação, como por exemplo o grandioso Convento de Mafra, e quase todas têm altares ou capelas em sua honra. 

Apesar de o Padroeiro de Lisboa ser S. Vicente, Santo António suplantou-o na devoção popular, sendo realizados festejos em sua honra, durante todo o mês de Junho, com o ponto alto da procissão de dia 13, que é uma das mais concorridas do país, os arraiais populares, com a venda de sardinhas assadas, a venda de manjericos, os bailaricos, as marchas dos bairros populares na Avenida da Liberdade e a realização dos casamentos de Santo António, onde hoje participam até casais que não são católicos.   

Exemplo da excepcional devoção que lhe é consagrada  é a carreira miliatar de Santo António. D. Afonso VI, mandou alistar o Santo como soldado durante a fase final da Guerra da Restauração, o que foi celebrado por muitos poetas da época. Esta decisão foi o início de uma carreira que se estendeu além-fronteiras, com o Santo a receber inúmeros títulos militares, de Soldado raso a Coronel do Exército e General, no Brasil, Angola, Timor, Macau e Índia. Em 1814, D. João VI atribuiu-lhe a Grã-Cruz da Ordem de Cristo em reconhecimento da sua intercessão durante o período das guerras napoleónicas, em especial na Batalha do Buçaco.       

Nasceu perto da Sé de Lisboa, no local onde hoje está construída a Igreja da sua invocação, com o nome de Fernando de Bulhões, frequentou durante sete anos a Escola Episcopal anexa à Sé, ingressou, em 1211, na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de S. Vicente de Lisboa, transferindo-se depois para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde podia dedicar-se mais ao estudo e meditação.

Em Coimbra tomou contacto com alguns dos primeiros frades da ordem de S. Francisco que estiveram na cidade antes de irem para Marrocos evangelizar os infiéis, morrendo mártires no Norte de África. Muito impressionado com o seu exemplo, de elevação espiritual, culto da pobreza e ambição de expandir a Fé, Fernando ingressou, em 1220, na nova Ordem fundada por S. Francisco e partiu também para o Norte de África.

Devido a uma doença foi obrigado a voltar para Portugal, mas a embarcação em que seguia foi levada por uma tempestade para as costas da Sicília, em Messina, por isso em Maio desse ano de 1221 pode participar no Capítulo Geral, em Assis, que foi depois designado Capítulo das Esteiras, por terem participado tantos frades que tiveram de dormir em esteiras. Neste capítulo conheceu S. Francisco. Após viver algum tempo no eremitério de Montepaolo pregou pela primeira vez em público na vizinha cidade de Forli com tal êxito que passou a pregar sermões em muitos locais do norte de Itália e sul de França. Ao mesmo tempo, inaugurou a primeira Escola de Teologia dos Franciscanos, em Bolonha, onde foi professor, assim como nas escolas de Toulouse e Montpellier, em França.

Exerceu também diversos cargos na Ordem de S. Francisco: Guardião do convento de Puy-en-Velay, Custódio do Convento de Limoges. Depois da morte de S. Francisco, participa no Capítulo Geral de Assis, em 1227, onde foi nomeado Provincial da Itália do Norte, múnus que exerceu até 1230. Durante esse período pregou em Roma perante o Papa Gregório IX, dos cardeais e de grande multidão, concitando tal admiração que o papa o chamou - Arca do Testamento, pelo seu domínio das sagradas Escrituras.

A partir de 1230 e até morrer, em 1231, fixou-se em Pádua, onde continuou a pregar e se dedicou a escrever a sua obra, onde condensou todos os seus estudos, experiências místicas e de pregador.

JOSSE BADE (Asse, Flandres, 1462 - Paris, 1535) forma latinizada do nome Iodocus Badius Ascensius (da sua cidade natal) gramático, pedagogo e pioneiro da indústria da impressão. Estudou em Bruxelas e Ferrara. Foi professor de grego em Lyon, onde foi editor e revisor na tipografia de Jean Trechsel de 1492 a 1498. Em 1503 instalou-se em Paris onde a sua tipografia ficou conhecida pela designação - Prelum Ascensianum. Editou grande número de obras de autores clássicos, em latim, assim como dos escritores católicos desde os primeiros séculos até ao século XV, e também de humanistas, seus contemporâneos, muitas delas enriquecidas com notas e comentários da sua autoria, escreveu uma vida de Tomás de Kempis e uma sátira, Navicula Stultarum Mulierum.

Das suas edições anotadas é especialmente importante a das Comédias de Terêncio, Paris, 1502, em que o prefácio é um longo tratado intitulado - Praenotamenta, que é considerado um dos estudos que exerceu uma maior influência no desenvolvimento da poesia dramática durante a Renascença.

 In octavo. 17.3x11.5 cm. [viii], lxxii folio. 20th-century full parchment binding with four closing leather laces.

Illustrated with the printer"s device, a woodcut engraving that fills almost the entire title page and depicts a printing press with a press in the centre with the Latin name of the printing press - Prelum Ascensianum, three workers carrying out various tasks and the Bade monogram at the bottom. All printed in beautiful and very clear small round characters, with decorated initials.

Copy with a small marker sticker on the back of the title page, with coeval handwritten crosses on the margins of folios 30, 35, 40, underlining and annotations on folios 21 verso (with a small tear) and 22, marginal annotation on the verso of folio 51, underlining and marginal annotation on folios 60 and 69.

The preliminary folios contain a dedication from the editor Bade to Father Bernardino de Pinerolio, Provincial of Turonice; an index with annotations and additions to the sermons with references to the letters in the margins of the text.

Very rare first edition of St Anthony"s Sermons to the Saints, with Royal previlege for three years all the more valuable for transcribing a manuscript known as the Montense Codex, now lost, which once existed in a Belgian Franciscan convent. It is the third printed book published with works by the saint. It was unknown to Barbosa Machado, and the BNF has no catalogued copies of this work.

It has special value for the history of the dissemination of St Anthony"s work, since for 150 years it was the only text available and therefore influenced the vision of the Saint"s life and thought that generations of believers and scholars were able to have at their fingertips.

The publisher, Josse Bade, was not only a printer and editor, but above all a humanist and scholar with a great domain of the classical languages, and his editions were characterised by great rigour and accuracy.

The same publisher had already published a volume of Sermones dominicales, Paris 23 October 1520 and, a month before this work, in the same year, Quadragesimales Sermones, Paris. 23 August 1521.

It contains the first editions of the following Sermons by St Anthony: Sermon on the Lord"s Supper, Sermons on the Apostles, on the Evangelists, on the Martyrs, on the Saints, on the Confessors, on the Virgins and a final one for the faithful departed. According to the most recent critical studies, some of these sermons were not written by St Anthony and there are doubts about the authorship of others.

Gama Caeiro highlights the fundamental influence on St Anthony"s formation of the Portuguese cultural milieu, the Rule of St Augustine, as well as the rich intellectual environment and the magnificent libraries of the Monasteries of St Vincent in Lisbon and Santa Cruz in Coimbra, where he studied and which were the basis and sources of his work.

The same researcher considers St Anthony to be a precious link in the evolutionary chain coming from medieval thought and which is at the advent of the Latin Aristotelianism of the University of Paris and without which the positions of the Franciscan School, of which he was the first master, including St Bonaventure, cannot be fully understood.

Saint Anthony integrated into his thinking new orientations, different from the traditional ones and reworked existing ideas, making a significant contribution to the formation and development of the currents of ideas of the Middle Ages and being a precursor of mystics like St John of the Cross. For all this he was declared a Doctor of the Church on 16 January 1946 by Apostolic Letter, Exulta Lusitania felix, from Pope Pius XII.

His work was read in manuscript throughout the Middle Ages, before the appearance of the printing press, and was quoted by many theologians and professors, including Master João da Rochela of the University of Paris, Friar Paio of Coimbra and Friar Álvaro Pais. Father Antómio Vieira read his work because he quotes phrases from St Anthony in one of his sermons in his honour.

The Sermons of St Anthony are not mere transcriptions of the thousands of sermons he preached, which are one of the aspects of his life that gave him the most celebrity, along with his miracles. They are much more important works, being dense theological, philosophical and mystical reflections on the Bible, written at the end of his life to be used for teaching and as inspiration for the preaching of the members of the Order of Friars Minor recently founded by St Francis.

Anthony of Lisbon or Anthony of Padua, OFM (Lisbon, 15 August 1195? - Padua, 13 June 1231) One of the greatest saints of the Catholic Church and Christianity, the first Portuguese to achieve universal prominence, was canonised on 30 May 1232 by the Bull Cum dicat Dominus of Pope Gregory IX.

He combines, in an extraordinary and rarely achieved way, great erudition, a profound mastery of theology and outstanding literary value, with a high experience of mysticism and a powerful ability to transmit his faith, including through a large number of miracles and oratorical gifts that made him famous. A saint declared a Doctor of the Church he is at the same time one of the most popular ever. As the author of a literary and theological work of great density, demand and value, he deeply penetrated and vivified the popular faith of the simplest believers. His cult has influenced popular and erudite art, poetry and folklore in many regions of the world.

His cult spread to Spain, France, Italy and all over the world, and he is also venerated by the Anglican Church. His intercession in helping to find lost things and as a matchmaker is famous. There are many churches that have been placed under his invocation, such as the grandiose Convent of Mafra, and almost all of them have altars or chapels in his honour.

Although the patron saint of Lisbon is Saint Vincent, Saint Anthony has overtaken him in popular devotion, and festivities are held in his honour throughout the month of June, with the highlight being the procession on the 13th, which is one of the busiest in the country, the popular festivals, with the sale of grilled sardines, the sale of manjericos (bush basil), the dances, the popular neighbourhood marches on Avenida da Liberdade and the St Anthony weddings, where even non-Catholic couples now take part.

An example of the exceptional devotion to him is St Anthony"s military career. King Afonso VI had the saint enlisted as a soldier during the final phase of the Restoration War, which was celebrated by many poets of the time. This decision was the start of a career that extended across borders, with the Saint receiving numerous military titles, from Private to Army Colonel and General, in Brazil, Angola, Timor, Macau and India. In 1814, King João VI awarded him the Grand Cross of the Order of Christ in recognition of his intercession during the Napoleonic wars, especially at the Battle of Buçaco.

He was born near the Cathedral of Lisbon, in the place where the church of his invocation is built today, under the name of Fernando de Bulhões, attended the Episcopal School attached to the Cathedral for seven years, joined the Order of the Canons Regular of St Augustine in 1211, at the Monastery of St Vincent in Lisbon, and then moved to the Monastery of Santa Cruz in Coimbra, where he could devote himself more to study and meditation.

In Coimbra, he came into contact with some of the first friars of the Order of St Francis who were in the city before going to Morocco to evangelise the infidels, and who died martyrs in North Africa. Greatly impressed by their example of spiritual elevation, cult of poverty and ambition to expand the Faith, Fernando joined the new Order founded by St Francis in 1220 and also set off for North Africa.

Due to illness, he was forced to return to Portugal, but the boat he was travelling in was swept by a storm to the coast of Sicily, in Messina. So, in May of that year, 1221, he was able to take part in the General Chapter in Assisi, which was later called the Chapter of Mats, because so many friars took part that they had to sleep on mats. At this chapter he met St Francis. After living for some time in the hermitage of Montepaolo, he preached for the first time in public in the neighbouring town of Forli with such success that he went on to preach sermons in many places in northern Italy and southern France. At the same time, he inaugurated the first Franciscan School of Theology in Bologna, where he was a professor, as well as at the schools in Toulouse and Montpellier in France.

He also held various positions in the Order of St Francis: Guardian of the convent of Puy-en-Velay, Custos of the Convent of Limoges. After the death of St Francis, he took part in the General Chapter of Assisi in 1227, where he was appointed Provincial of Northern Italy, a post he held until 1230. During this period, he preached in Rome before Pope Gregory IX, the cardinals and a large crowd, drawing such admiration that the pope called him - Arca do Testamento, ( Ark of the Testimony) for his mastery of the Holy Scriptures.

From 1230 until his death in 1231, he settled in Padua, where he continued to preach and dedicated himself to writing his work, in which he condensed all his studies, mystical experiences and preaching.

JOSSE BADE (Asse, Flanders, 1462 - Paris, 1535) Latinised form of the name Iodocus Badius Ascensius (from his hometown) grammarian, pedagogue and pioneer of the printing industry. He studied in Brussels and Ferrara. He taught Greek in Lyon, where he was editor and proofreader at Jean Trechsel"s printing house from 1492 to 1498. In 1503 he settled in Paris where his printing house became known as - Prelum Ascensianum. He edited a large number of works by classical authors in Latin, as well as by Catholic writers from the first centuries to the 15th century, and also by humanists, his contemporaries, many of them enriched with notes and commentaries by him. He wrote a life of Thomas of Kempis and a satire, Navicula Stultarum Mulierum.

Of his annotated editions, the one of Terence"s Comedies, Paris, 1502, is especially important, in which the preface is a long treatise entitled - Praenotamenta, which is considered one of the studies that exerted the greatest influence on the development of dramatic poetry during the Renaissance.

Referências/References:
CCPB000266635-9 (17 exemplares em instituições espanholas)
OPAC SBN ICCU IT/ICCU/BVEE/064297
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Francisco da Gama Caeiro - Santo António de Lisboa. Biblos, Verbo. Vol. I, col. 334-338
Francisco da Gama Caeiro - Santo António de Lisboa. Imprensa Nacional - Casa da Moeda. Lisboa. 1995, vol. I, 433.
Henrique Pinto Rema - Introdução, In: Santo António de Lisboa. Obras Completas. Vol. I. Lello & Irmão Editores. Porto. 1987, .
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Henrique Pinto Rema - Introdução, In: Santo António de Lisboa. Obras Completas. Editorial Restauração. Porto. 1970, Vol. I, p. xl.
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Philippe Renouard - Bibliographie des oeuvres de Josse Badius Ascensius, imprimeur et humaniste ... avec une notice biographique, 1908, Vol. I, 90 e II, 42.
Santo António de Lisboa - Sermões compostos e prégados por... Trad. J. J. da Mota Cerveira e [revistos pelo] Francisco Mendes Alçada de Paiva. Lisboa. 1895.
José de Sousa Monteiro - Santo António de Lisboa, Estudo de história e crítica. Lisboa. 1895.
Nicolau António - Bibliotheca Hispana Nova, 1783, Vol. I, 149.
Barbosa Machado, I, 184 a 190.