[Pelo] Professor Sousa Martins. Compiladas e publicadas por Dério Sanches Ferreira e António Barbosa, Terceirannistas de Medicina. Volume I. Escola Médico-Cirúrgica de Lisbôa. Officinas de Estevão Nunes & Filhos. Lisboa. 1900.

De 28,5x21 cm. Com [ii], xvi, 401, [iii] págs. Encadernação editorial inteira de pele flexível, com gravações a ouro na lombada e na pasta anterior que também apresenta gravado um medalhão prateado com o busto do autor. Folhas de guarda decorativas com motivos vegetalistas dourados. Inclui fita marcadora em tecido e o corte das folhas dourado à cabeça.

Ilustrado com retrato e fac-símile da assinatura do autor entre as folhas de rosto e anterrosto.

Exemplar N.º 42 de uma tiragem especial de 100, em papel couché, com grandes margens e com dedicatória impressa a Santiago Perez Ponce y Sanchez, assinada pela mão dos compiladores Dério Sanches Ferreira e António Barbosa. Tem etiqueta do encadernador A. David, Succ. de A. Bouret, Lisboa. Pequenos danos de manuseamento na encadernação, com a lombada deformada, restauro amador na pasta anterior.

Primeiro e único volume publicado. Raríssimo, ainda mais por pertencer à tiragem limitada.

Obra compilada a partir de apontamentos de alunos de Patologia Geral das aulas lecionadas pelo autor.

José Tomás de Sousa Martins (Vila Franca de Xira, 1843 – Vila Franca de Xira, 1897) foi médico, cientista e humanista. Professor catedrático da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, antecessora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.

Órfão de pai aos sete anos, foi criado por um tio farmacêutico em Lisboa. Destacou-se nos estudos de farmácia e medicina, tornando-se um respeitado clínico. Foi um orador brilhante, dotado de humor e inteligência, homem de atividade inesgotável e praticante incansável da caridade. Atendeu desde a realeza até os mais pobres, muitas vezes sem cobrar consultas. Preocupado com o combate à tuberculose, estabeleceu sanatórios pelo país. Exerceu uma forte influência sobre os colegas de profissão, os alunos e os pacientes que tratou. A sua morte por suicídio não o apagou da memória popular; foi e é venerado como um «santo laico» pela sua generosidade e dedicação aos desfavorecidos.

 28.5x21 cm. [ii], xvi, 401, [iii] pp. Full flexible leather publisher's binding, with gilt tools on the spine and on the front board, which also has a silver medallion engraved with the author's bust. Decorative endpapers with gold plant motifs. With cloth marker ribbon and gilt top edges.

Illustrated with a portrait and facsimile of the author's signature between the title page and the half-title page.

Copy 42 of a special print run of 100, on coated paper, with large margins and a printed dedication to Santiago Perez Ponce y Sanchez, hand-signed by the compilers Dério Sanches Ferreira and António Barbosa. Binder label of A. David, Succ. de A. Bouret, Lisboa. Slight signs of handling damage on the binding, damage on spine, amateur restaration on the front board.

First and only volume published. Very rare, even more because it belongs to a limited edition.

Work compiled from notes taken by General Pathology students in the classes taught by the author.

José Tomás de Sousa Martins (Vila Franca de Xira, 1843 - Vila Franca de Xira, 1897) was a physician, scientist and humanist. He was a full professor at Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa (Lisbon Medical and Surgical School), the predecessor of the Faculty of Medicine at the University of Lisbon, and a corresponding member of Academia Real das Ciências de Lisboa (Royal Academy of Sciences of Lisbon).

Fatherless at the age of seven, he was brought up by a pharmacist uncle in Lisbon. He excelled in his studies of pharmacy and medicine, becoming a respected clinician. He was a brilliant orator, gifted with humour and intelligence, a man of inexhaustible activity and a tireless practitioner of charity. He attended from royalty to the poorest, often without charging for consultations. Concerned with combating tuberculosis, he established sanatoria throughout the country. He had a strong influence on his professional colleagues, students and the patients he treated. His death by suicide did not erase him from popular memory; he was and is venerated as a "secular Saint" for his generosity and dedication to the underprivileged.