RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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TEIXEIRA. (Judite) SATÂNIA.

Novelas por Judith Teixeira. Editores Livraria Rodrigues & C.ª. Lisboa. 1927.

De 20x14 cm. Com 136, [i] págs. Brochado. Capas de brochura simples, com sobrecapa.

Exemplar com assinatura de posse na folha de anterrosto, datada de 1931, carimbo oleográfico na folha de rosto, na página 117 e na 136, todos de João Gambino. Tem um rasgo junto à lombada, encontrando-se a capa anterior em vias de se soltar. Intercalada entre a página 136 e a folha seguinte, sem numeração, consta uma folha de pequeno formato onde se informa que, devido às circunstâncias especiais em que se efectuou a revisão, com a autora ausente do país, o livro tem muitos descuidos ortográficos, sendo por isso deixada ao cuidado do leitor a sua revisão.  

Obra impressa no Centro Tipografico Colonial. No verso da folha de anterrosto apresenta uma lista das obras da autora já publicadas e de outras três que estavam prontas para publicação e ficaram inéditas, com os seguintes títulos: Labarêda, drama em prosa em três actos — Prosa; Taça de Brasas, versos; Sulcos, novela.

Contém três novelas — na realidade contos — com os seguintes títulos: Satânia, As Cartas, Insaciada. Nas duas primeiras, relacionadas entre si, é relatada a vida de Maria Margarida; da sua luta entre os seus fortes desejos sensuais e o racional. Uma história envolta em mistério, sensualidade e erotismo, que culmina num final de sofrimento, atrofiamento e morte. Na última novela Judite Teixeira apresenta-nos um conto que aborda, através da personagem de Clara de Ataíde, o tema do suicídio, da incompletude, do abismo interior - uma novela de ambivalências trágicas.

As novelas estão dominadas por personagens de classes sociais elevadas que evoluem numa pesada atmosfera de sensualismo e erotismo, minuciosamente descrita com um vocabulário rico e escolhido, onde destacamos: «O espasmo glorioso da reprodução acendia-se e crepitava em toda a parte, desde o escarpado dos montes até aos mais ignorados recantos. A asa rubra do desejo, palpitando, irmanava os seres na mesma angústia, no mesmo ardor, na mesma ânsia… Um sopro de volúpia turbador e excitante subia em eflúvios cálidos, pondo nas almas uma nova alegria de viver»; «o mesmo sopro sensual e aliciador [...] lhe arrepiava a ela os nervos e lhe embravecia o sangue num desejo indefenido», ou ainda «sentira ela mais clara, mais vibrante, a alvorada dominadora da sua carne, amanhecendo para uma vida de misteriosos contactos já adivinhados pelo seu instinto».          

Judite dos Reis Ramos Teixeira (Viseu, 1880 — Lisboa, 1959) foi uma escritora e poetisa modernista que se debruçou sobre os temas da feminilidade, do erotismo, da sensualidade. Foi desde logo publicamente ridicularizada e caricaturada, enfrentando uma violenta crítica principalmente derivada da temática lésbica presente na sua obra. Esta foi tida como imoral - o seu primeiro livro de poesias, Decadência, foi apreendido e os respectivos exemplares queimados, junto com obras de António Boto e Raul Leal, por ordem do Governo Civil de Lisboa. Chegou a ser directora da revista Europa (3 números, em Abril, Maio e Junho de 1925) e publicou as seguintes obras: Decadência, poemas, 1923; Castelo de Sombras, poemas, 1923; Nua, poemas de Bizâncio, 1926; De Mim, Conferência, 1926; Satânia, novelas, 1927.


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Referência: 2202PG004


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