RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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MACHADO DE CASTRO. (Joaquim) e Ventura da Silva Neves. GRAVURA - JOSEPHO. I.

Avgvsto. Pio. Felici. Patri Patriae Qvod Regiis Ivribvs Adsertis Legibvs Emendatis Commercio Propagato Militia et Bonis Artibvs Restitvtis Vrbem Fvnditvs Eversam  Terraemotv Elegantiorem Restavraverit Avspice Administro Eivs Marchione Pombalio et Collegio  Negotiatorvm Cvrante S. P. Q. O. Beneficiorvm Memor P Iachinus Machadus Castrius sculpsit Bartholomeus Costius Statuam Equestrem ex aere fudit A. MDCCLXXIV. [1784] Neves f.  

Gravura de 36,5x27 cm. (Mancha tipográfica de 27,5x19,5 cm.) Em moldura de 45x35,5 cm. em madeira castanha com os cantos decorados por ferragens circulares com flores. 

Exemplar da gravura original reimpressa em 1832 sobre uma folha de papel J. Whatman. Folha com picos de traça nas margens em que dois deles atingem a carcela à cabeça mas não a gravura. 

Gravura que representa a estátua a três quartos do lado virado para o Rio Tejo, com nuvens no horizonte ao nível da figura e com diversos grupos de pessoas à volta do pedestal, umas falando entre si e outras admirando a estátua, no lado esquerdo em primeiro plano está uma figura sentada numas pedras amontoadas que simbolizam a reconstrução da cidade que estava ainda em curso. No pé a gravura apresenta uma cartela rectangular com o título transcrito acima.    

Publicada no âmbito da preparação das festas da inauguração da Estátua de D. José I, na Praça do Comércio em 1775. A estátua da autoria de Joaquim Machado de Castro foi fundida, com a ajuda de Bartolomeu da Costa, em 15 de Outubro de 1774, de um só jacto de cobre, técnica pela primeira vez empregue em estátuas de grandes dimensões. Em Novembro e Dezembro seguiram-se os trabalhos de retoque do bronze, em 15 de Maio de 1775 os reis visitaram a casa da fundição e em 25 de Maio do mesmo ano a estátua foi transportada para a Praça do Comércio para estar pronta no dia 6 de Junho data em que D. José completava 61 anos.     

Muito rara pois não é referida nas principais bibliografias. Ernesto Soares na História da Gravura Artística, páginas 376 a 379, descreve o que se sabe de três artistas gravadores, com o apelido Neves, que trabalharam na segunda metade do século XVIII e regista todas as respectivas obras de que teve conhecimento. Nunca refere a presente gravura o que prova a sua excepcional raridade. A atribuição que fazemos a Ventura da Silva Neves baseia-se no facto de este gravador ser dos três do mesmo apelido o que tem melhor qualidade e obra mais extensa.    

Existem outras gravuras diferentes da estátua mais comuns que foram abertas por Joaquim Carneiro da Silva, em 1774 e por Gaspar Fróis Machado, em 1775, que são referidas no Dicionário de Iconografia de Ernesto Soares, sendo que desta última existe um exemplar na BNP.      

Gravura muito importante para a história da arte portuguesa, do reinado de D. José I e do governo do Marquês de Pombal, especialmente por ser uma antevisão, pois na data da sua publicação a estátua já tinha sido fundida mas ainda não tinha sido colocada no pedestal.   

É a mais bela estátua equestre do mundo devida à excelência artística de Joaquim Machada de Castro, à execução dos trabalhos de fundição, com recurso a técnicas inovadoras, por Bartolomeu da Costa e pelo belo e aparatoso enquadramento numa grande praça aberta ao rio Tejo, na parte com maior extensão do seu estuário e que, quando vista do lado do rio, fica emoldurada pelo magnífico Arco da Rua Augusta que acentua a sua monumentalidade. Na escultura do cavalo Machado de Castro foi aconselhado pelo 4º Marquês de Marialva, estribeiro-mor do rei D. José, que teve um papel fundamental no aperfeiçoamento da arte equestre em Portugal.         

O pedestal da estátua que tinha sido começado a construir em 1760 segundo desenho de Eugénio dos Santos e do arquitecto Reinaldo Manuel dos Santos apresenta o medalhão com o retrato do Marquês de Pombal que foi mandado retirar pela Rainha D, Maria I, em 1777.  

Ventura da Silva Neves gravador do século XVIII estudou na Aula de Gravura da Imprensa Régia desde 1766 onde foi discípulo de seu tio Joaquim Carneiro da Silva. Trabalhou na Oficina Calcográfica do Arco do Cego e fez parte do corpo de abridores da Imprensa Régia. É referido por Ernesto Soares como autor de vários retratos e a Biblioteca Nacional de Portugal possui mais algumas gravuras da sua autoria tais como: Alegoria à morte do Príncipe D. José, 1790, Nossa Senhora da Nazaré de 1790, São Camilo de 1780, S. Pedro de 1780. Este artista abriu também as gravuras que ilustram a obra: Fazendeiro do Brasil de José Mariano da Conceição Veloso.  

Ernesto Soares. Inventário da Colecção de Estampas da Biblioteca Nacional. Lisboa. 1975. Não refere esta gravura. 

Ernesto Soares. História da Gravura Artística em Portugal, os artistas e as suas obras. Lisboa. 1971. Não refere esta gravura.    

Ernesto Soares. Dicionário de iconografia, n.o 1562-M2) E. Soares - Hist. da grav., n.os 1089 e 1904 BN - Marquês de Pombal...1982, p. 453, n.o20


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Referência: 2011PG101
Local: Gravureiro Gav. 2-3


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