RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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BIBLIA En Lengua ESPANOLA, [BIBLIA DE FERRARA, 1647]

Traduzida palabra por palabra de la verdad Hebrayca, por muy excelentes letrados. Vista y examinad a per el officio de la Inquisicion. Con Privilegio del Illustrissimo Señor Duque de Ferrara. En Amsterdam. Impressesadorie de Gillis Ioost, en el Nieuwe-straet, 5606 [aliás 1647], [data errada, e corrigida para 5416, na era cristã de 1655]. [Colofón: «FINIS: a loor y gloria del Dio fue reformada. A 15. de Sebath, 5390 [na era cristã de 1630].

In fólio de 36x22,5 cm. Com [20], 605 págs. [o primeiro fólio não numerado em branco pretence à edição e encontra-se presente].

Encadernação da época, inteira de pele sobre pranchas de madeira de casquinha gravadas com ferros rolados a seco em esquadrias concêntricas de motivos florais. Corte das folhas carminado. A lombada com nervos apresentando os cantos e as coifas danificados e as charneiras cansadas. As pastas pouco sólidas em relação à lombada. A encadernação deve ser restaurada ou seja consolidada.

Obra adornada com magnifico frontispício gravado ilustrado com cenas bíblicas assinado por Cornelius Muller. Esta edição da Bíblia de Ferrara encontra-se impressa em caracteres romanos dispostos em duas colunas.

Exemplar com assinaturas de posse da época manuscritas nas folhas de guarda, apresentando tambem Menorás e as suas medidas sagradas. O exemplar apresenta vestígios de humidade e alguma acidez própria do papel com mais incidência nos primeiros e nos últimos fólios. As folhas de guarda anteriores encontram-se coladas às pastas por efeito da humidade.

Quarta edição da Bíblia de Ferrara publicada em Amesterdão em 1646. Não são conhecidos exemplares desta edição na BNP.

O frontispício apresenta uma bela gravura de Cornelius Muller com representações de Adão e Eva no Jardim do Éden, a sua expulsão do Paraíso, as figuras de Moisés e Aron, entre outras. No reverso da folha de rosto encontra-se o Prefácio da edição de 1553, seguido do ordenamento da Haphtorah, uma Tabela da Ordem dos Livros, Capítulos, etc., e o Catálogo de Juízes, etc., tal com na primeira edição desta bíblia. Depois do Catálogo dos Juízes existe uma tabela da divisão da Bíblia em Paraschae, de acordo com os Hebreus.

Na folha de rosto existe uma alteração manuscrita na data, com o erro inusitado de ter sido originalmente tipografada 5606 (o ano judeu correspondente ao ano 1846 da era cristã).

Esta é uma reedição feita a partir da terceira edição impressa em 1630 da Bíblia de Ferrara, ambas revistas e corrigidas por Manasseh ben Israel. As traduções da terceira e da quarta edição da Bíblia de Ferrara são atribuidas ao famoso tipografo português e professor da comunidade hebraica portuguesa de Amesterdão Menasseh Ben Israel. No entanto, tipograficamente, estas edições são muito diferentes, principalmente pelo facto da terceira edição de 1630 apresentar uma folha de rosto simples (que é idêntica à da edição de 1611, ilustrada ao centro com a Arca da Aliança) e a quarta edição de 1647 ser adornada com um magnifico frontispicio gravado ilustrado com cenas bíblicas da autoria de Cornelius Muller.

A famosa Biblia de Ferrara ou Biblia dos Sefarditas (judeus de origem ibérica) foi traduzida de Hebraico para Ladino (dialecto do castelhano utilizado pelos sefarditas) e impressa em Ferrara no ano de 1553 pelo famoso impressor português Abrão Usque (de nome cristão Duarte Pinhel) irmão de Samuel Usque (autor da obra 'Consolação às Tribulações de Israel') à custa de Yom Tob Atias (de nome cristão Geronimo de Vargas Hespanhol).

A publicação das várias edições foi um trabalho realizado por judeus (cristãos-novos conversos de primeira geração) de origem portuguesa e castelhana que, ao serem expulsos da Peninsula Ibérica pela Inquisição, estabeleceram-se primeiro em Itália e depois na Holanda, aqui já fora do jugo da Inquisição. Na impressão da primeira edição desta obra, que saiu com licença da Inquisição, utilizaram-se belos caractéres góticos. A referida 1ª edição consta de duas variantes ou versões, sendo (discutível) uma versão para cristãos e a outra para sefarditas. A variante, possivelmente cristã, da qual se conhecem mais exemplares foi dedicáda ao Duque de Ferrara Hercules de Este e a versão possivelmente hebraica, mais invulgar, foi dedicada a Dona Gracia Mendes, uma importante senhora portuguesa de origem judáico-castelhana que casou em Portugal com o banqueiro Francisco Mendes também de origem judaico-castelhana.

Cronologia das edições da Bíblia de Ferrara:

A - 1ª edição foi publicada em Ferrara no ano de 1553 fol. (da mesma existem duas variantes), as restantes edições foram publicadas em Amesterdão, sendo a - 2ª de 1611, fol. - 3ª 1630, fol. - 4ª 1647, fol.- 5ª 1661 - 8.º 7ª -1701, - 8.ª 1726.

Abraão Usque ou Abraham Usque (de nome cristão Duarte Pinhel) nasceu em Lisboa cerca de 1520 e faleceu em Ferrara em 1558, tendo sido um judeu sefardita que imprimiu na sua tipografia em Ferrara a "Bíblia de Ferrara" em 1553.

Inocêncio II, 213: Duarte Pinhel, judeu português, natural de Lisboa e morador em Ferrara. Nasceu provavelmente nos primeiros anos do seculo XVI; as demais circunstâncias pessoais que lhe dizem respeito ficaram desconhecidas. Foi ele que de parceria com outros judeus espanhóis e portugueses, verteu em castelhano a famosa Bíblia denominada de Ferrara, e conhecida igualmente pelo nome do editor Abraham Usque, que ainda se ignora se teve ou não também parte na versão. Esta Bíblia, de que há exemplares com rostos idênticos, mas com algumas mudanças acidentais nas epígrafes, nas dedicatórias, e nas subscrições finais, saiu com o titulo seguinte: 393) Biblia em lingoa española traducida palabra por palabra de la verdad hebrayca por muy excelentes Letrados vista y examinada por el Oficio de la Inquisicion: com privilegio del Yllustrissimo senor Duque de Ferrara. En Ferrara, 5313 (isto é, anno de Christo 1553) fol. É sumamente curioso e instrutivo o artigo que acerca desta Bíblia, e dos seus tradutores escreveu Antonio Ribeiro dos Sanctos, o qual se acha nas Mem. de Litt. da Acad. R. das Scienc., tomo II, de pag. 365 a 369. Aí se veem notadas e corrigidas varias inexatidões e inadvertências, que a Barbosa escaparam nos artigos Abraham Usque e Duarte Pinhel, e se discutem e elucidam outras espécies interessantes, tanto aos bibliógrafos em geral, como aos que em particular se dedicam aos estudos bíblicos. Não comportando o plano da presente obra a transcrição integral de todo o conteúdo no artigo, julgo preferível remeter para ele os leitores, que pretenderem aprofundar o assumpto, antes do que dal-o aqui mutilado, ou em retalhos, de que pouco ou nenhum partido poderiam colher os que assim o consultassem. Vej. também o Manuel du Libraire de Brunet, da edição de 1842, que encerra varias particularidades importantes acerca d"esta rara edição da Biblia, as quais devem conferi-se com a Memoria de Ribeiro.

Barbosa Machado, Vol. I, pag. 742: «Duarte Pinhel: foi igualmente douto nos preceitos da gramatica Latina, e computação dos tempos, como na inteligencia da lingua Hebraica, da qual fez traduzir na Castelhana a Sagrada Escritura que saiu com este títuilo: Biblia en lengua Española [...] examinada por el Santo Officio de la Inquisicion. Ferrara año del mundo 5313. Que é de Cristo 1553. Na primeira impressão que se fez nesta cidade tem no fim: Con industria de Duarte Pinhel Portuguez Stampata a costa, y despeza de Jeronimo Vargas Espanhol en 1 de Marzo de 1553 e Amsterdam 1556. Fol. Esta tradução suposto que é feita por Abrahão Usque Portuguez, como já se disse em seu lugar, trabalhou na segunda impressão Duarte Pinhel para que com maior perfeição saísse ao público como escrevem Wolfio Bib. Hebraica pag. 287 n. 466 e Jacob Lelong. Bibl. Sacr. Tom. I. pag. mihi 365. col I. [...]»

Barbosa Machado, Vol. I, pag. 4: Abraham Usque, nasceu em Portugal, onde educado com os preceitos do Talmud por seus Pais, saiu um dos maiores professores [...] da Sinagoga. O seu maior desvelo foi penetrar o sentido Literal da Biblia, e para que a fizesse mais inteligível aos Judeus, que [existiam] em Espanha e Holanda, a traduziu do texto Hebraico em lingua Espanhola, e a dedicou a Hercules de Este, Duque de Ferrara, e saiu impressa em caractér gótico com este título Biblia en lengua Española [...] vista y examinada por el Officio de la Inquisicion, in fol. Ferrare. Sumptibus Yom Tob Athias anno mundi 5313. Christi.1553. Esta tradução é palavra por palavra do Original. e não deixa de ser escura de se perceber por usar uma linguagem espanhola, que somente se fala nas Sinagógas [linguagem Ladina]. Foi segunda vez impressa em Ferrara, e no fim tem estas palavras: Con industria de Duarte Pinel, stampata a costa, y de speza de Geronimo de Vargas Español en 1. de Março de 1553. Nesta edição saiu com algumas palavras mudadas para ser mais inteligível, porém a primeira [edição] é mais estimável, como escreve o Padre Richardo Simon in Hist. Crist. V. et Testam liv 5 cap. 19. Saiu terceira vez impressa por diligencia de Manasse Bem Israel em Amsterdão decimo quinto Sabbati 5390. que corresponde ao ano de Cristo de 1630. Bartoloccio na Bib. Rabin. Part. I, pag. 49 n. 103 e Part. 3. Pag. 785. N. 706 escreve que Abrahão Usque fizera esta tradução juntamente com seu companheiroYom Tob Athias, porém Wolfio na Bib. Hebreae pag. 31 n. 49 se opõe a esta opinião afirmando que fora feita por outros Judeus, sendo impressa por diligência de Abraão Usque […] Porém sempre reconhece Wolfio, que não pôde Abrão Usque ser privado da gloria de trabalhar muito nesta tradução, como afirma Richard Simon […].

Inocêncio VII, 196: Samuel Usque, judeu português, nascido em Lisboa, ao que parece nos princípios do seculo XVI. Compreendido na proscrição geral dos hebreus, decretada por el-rei D. Manuel, saiu de Portugal em companhia de seu pai Salomão Usque, e de seu irmão Abraham Usque. Dirigindo-se para Itália, assentaram a sua residência em Ferrara, onde Abraham Usque estabelecera uma célebre tipografia, na qual imprimiu a famosa Bíblia castelhana, e outras obras. - A data do falecimento de Samuel Usque, e mais circunstâncias da sua vida são por ora ignoradas.

Barbosa Machado, Vol III, pag. 672: «SAMUEL USQUE, parente de Abraham Usque, do qual se fez menção em seu lugar, Português como ele, e sequaz das doutrinas da Sinagoga. Compôs Consolação às Tibulaçoens de Israel. Ferrara por Abraham Abem Usque ano da Creação do mundo 5313, e de Cristo 1553.

Inocêncio VI, 211. "MENASSES ou MENASSEH BEN ISRAEL, judeu portuguez, natural de Lisboa, d'onde se evadiu com seu pae para Amsterdam, fugindo as perseguições da Inquisição. Annos depois passou a Inglaterra, e a final retirou-se para Middelburg, e ahi morreu aos cincoenta e tres annos de edade no de 1659. Foi proclamado por seus contemporaneos como o mais douto e illustrado entre todos os rabbis, ou doutores israelitas d'aquelle seculo. Entre o grande numero de obras que compoz em varios idiomas, cujos titulos podem ver-se no logar citado, e na Bibl. de Barbosa, contam-se os seguintes, escriptos em portuguez: 1651)  Thesouro dos Dinim (ou Ritos) que o povo de Israel é obrigado saber e observar. (Amsterdam.) Por Eliahu Aboab 5405 (1645) 8.º Contém 1.,2.ª, 3.ª e 4.ª partes, ou livros. 1653) Thesouro dos Dinim, ultima parte, na qual se contêm todos os preceitos, ritos e cerimonial que tocam a uma perfeita Economica."

Barbosa Machado, Vol. III, 457. MENASSES BEN ISRAEL, "Para publicar as suas obras erigiu na própria casa uma Oficina Tipográfica, onde não fomente imprimia vários tratados que tinha composto, como também de outros Autores fendo os principais livros que falirão desta Oficina três Bíblias Hebraicas nos anos de 1631. 1635, e 1659. Foi herdeiro desta Oficina seu filho Samuel, e nela imprimiu varias obras póstumas de seu Pai. Faleceu no ano de 1659, como escreve Kenig. […]  Compôs Biblia Espanola. Foi por sua diligência reimpressa. Amsterdam por Gillis Joost anno do mundo 5390, e de Christo 1630. Pentateucho vertido do Hebraico em Castelhano. Amfterdaõ 1646. 8." [Pensamos ser a referência está nossa quarta edição da Biblia de Ferrara].

Palau 1949, Tomo 2, pag. 213, entrada 28944 e seguinte: «Kayzerling cita una edición de Amsterdam, 5406 (1646) folio, que no hemos visto».

Brunet 895, não menciona esta edição mas registou  outras edições anteriores e posteriores: «La Bible espagnole à l'usage des Juifs à étè reimprimé  à Amsterdam , 5371 (1611) et 5390 (1630) in fol. [...]»

Bibliotheca Sussexiana II, 233.

Antonio Ribeiro dos Sanctos In Memórias de litteratura portugueza, publicadas pela Academia Real das Sciencias de Lisboa 1792-1814. Volume 2, pag. 346. (Sobre as primeiras edições da Bíbila de Ferrara; vide...)

The Cyclopedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature. James Strong and John McClintock; Haper and Brothers; NY; 1880.

GRACIA MENDES ou Gracia Nassi (1510-1569), conhecida também simplesmente como «A Senhora» (La Señora), nascida em Lisboa, no ano de 1510, faleceu em Istambul em 1569. Existe uma abundante literatura sobre Gracia Nasi. Beatriz de Luna era o seu nome cristão, pertencente a uma família originária de Castela expulsa após o decreto de Expulsão dos Judeus de Espanha em 1492. Com o nome de Beatriz de Luna casou-se com Francisco Mendes [Semeah Benveniste], natural de Sória, em Castela, filho da ilustre família Benveniste, chegada a Portugal em 1492. Francisco Mendes era um poderoso comerciante de pedras preciosas, especiarias, e banqueiro. À data do seu casamento, Francisco e seu irmão Diogo, estabelecido em Antuérpia, já haviam construído uma das mais importantes redes comerciais da Europa.

Grácia casada aos 18 anos e viúva aos 25, vê-se pela morte do marido (em 1535) investida na função de gestora e responsável pelo mundo dos negócios. Chega a Antuérpia em 1537 e de parceria com seu cunhado, dirige os negócios e as finanças da sua Casa Comercial e Bancária. Parte em 1545 para Veneza onde Surgem desentendimentos familiares com sua irmã e Grácia é presa. Grácia parte para Ferrara em 1549 onde Hércules II, Duque de Este lhe havia feito o convite para viver nos seus domínios.

Empenha-se na publicação de obras entre as quais a Consolação às Tribulações de Israel e a Bíblia de Ferrara. O sultão Bejazet II (1492-1512) convida todos os judeus sefarditas a estabelecerem--se nas suas terras. Grácia é recebida em Istambul e volta declaradamente ao judaísmo, retomando publicamente o seu nome Grácia Nasi. Vive em Istambul 16 anos, de 1553 a 1569, data da sua morte. Durante os anos da sua vida na Turquia, Grácia procura fixar em Tiberíades os Judeus que tivessem sido expulsos de outras terras, tendo obtido do sultão Solimão I a concessão dessa cidade santa da Galileia.

A figura histórica de Grácia Nasi foi recuperada pela escritora Catherine Clement na obra A Senhora. Este romance histórico evoca as errâncias da protetora do povo hebreu na diáspora, mecenas de artistas e intelectuais no exílio, patrocinadora da Bíblia de Ferrara e das Consolações das tribulações de Israel de Samuel Usque, íntima do médico João Rodrigues de Castel-Branco, mais conhecido por Amato Lusitano, partidária do messias David Rubeni e do rabi Isaac Louria. O enredo do romance é transmitido através do ponto de vista do sobrinho Dom Josef Nassi, feito cavaleiro pelo Imperador Carlos V e feito Duque de Naxos pelo Sultão Selim II. Joseph Nasi era amigo íntimo de Maximiano II de Áustria e inimigo de Filipe II de Espanha.

LADINO: O judeu-espanhol ou ladino (em ladino, El Djudeo-Espanyol) é uma língua semelhante ao castelhano. Língua extinta na Península Ibérica onde existiam grandes comunidades judaicas nas cidades de Portugal e da Espanha. Estima-se que ainda seja falado por cerca de 150 mil indivíduos em comunidades sefarditas, em Israel, nos Balcãs, no Médio Oriente e no norte de Marrocos. Também é conhecido como espanhol sefardita e judeo-espanhol. Sobre o Ladino vide o artigo «O idioma da apostasia judaica na Holanda do século XVII: a Bíblia de Ferrara e a reinvenção da cultura sefardita», Revista Mirabilia.

 In folio. 36x22.5 cm. [20], 605 pp. [The first blank numbered folio belongs to the edition and is included].

Binding: Contemporary full calf on wooden boards engraved with blind tools in concentric frames of floral motifs. Red edges. The spine, with raised bands, shows damaged corners and headbands. Binding should be restored.

Adorned with magnificent engraved frontispiece with Biblical scenes signed by Cornelius Muller. This edition of the Bible of Ferrara is printed in Roman characters displayed in two columns.

Copy with contemporary handwritten ownership titles on endpapers. Traces of moisture and some acidity of the paper with more incidence in the first and last folios. The preliminary blank pages are glued to the boards due to humidity.

Fourth edition of the Ferrara Bible published in Amsterdam in 1646. No copies of this edition are available in the Portuguese National Library. Reprint made from the third printed edition of 1630, both reviewed and corrected by the famous Portuguese typographer and teacher at the Portuguese Hebrew community of Amsterdam, Menasseh Ben Israel.

The famous Ferrara Bible or Sephardic Bible was translated from Hebrew to Ladino (dialect of Castilian used by the Sephardim) and printed in Ferrara in 1553 by the famous Portuguese printer Abrão Usque (whose Christian name was Duarte Pinhel), brother of Samuel Usque (author of 'Consolação às Tribulações de Israel') sponsored by Yom Tob Atias (Christian name Geronimo de Vargas Hespanhol). The publication of the various editions was a work carried out by Jews (New-Christian converts of the first generation) of Portuguese and Castilian origin, who, when expelled from the Iberian Peninsula by the Inquisition, first settled in Italy and then in the Netherlands, away from the yoke of the Inquisition.

The first edition, which had a license from the Inquisition, consists of two variants or versions, being (debatable) one version for Christians and the other for Sephardim. One of the variants, possibly Christian, of which more copies are known, was dedicated to the Duke of Ferrara, Hercules de Este, and the possibly Hebrew version, more unusual, was dedicated to Dona Gracia Mendes, an important Portuguese lady of Jewish-Castilian origin who married in Portugal with the banker Francisco Mendes also of Jewish-Castilian origin.


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Referência: 1612JC001
Local: M-11-A-5


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