RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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SÁ DE MIRANDA. (Francisco) AS OBRAS DO DOCTOR FRANCISCO DE SAA De Miranda.

SÁ DE MIRANDA, Francisco de. AS OBRAS DO DOCTOR FRANCISCO DE SAA De Miranda. Agora de nouo impressas com a Relação de sua calidade, & vida. Com todas as licenças necessarias. [Lisboa] Por Vicente Aluarez. Anno de 1614. Com Priuilegio Real por dez anos. Domingos Fernandez liureiro. Tayxadas a 160. Reis em papel.

In 8.º de 19x13,5 cm. Com xii, 160 fólios. Encadernação do século XX inteira de pele ao gosto da época, assinada pelo mestre Frederico de Almeida.

Exemplar com ex-libris coevo manuscrito na folha de rosto.

Inocêncio III, 53. e IX, 371. “FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA, Doutor em Direito civil pela Universidade de Coimbra, Commendador da commenda das Duas-egrejas, da Ordem de Christo, e senhor da casa e quinta da Tapada, junto a Ponte de Lima, que é ainda hoje solar dos seus descendentes. Discorreu durante algum tempo pelas cidades mais notaveis de Hespanha e Italia, com o fim de adiantar e polir os seus conhecimentos, e é tido de justiça como o primeiro fundador entre nós da eschola poetica italiana.

N. em Coimbra, a 27 de Outubro de 1495, e m. na sobredita quinta, onde vivia retirado desde muitos annos, no de 1558, a 15 de Março: isto é, onze annos antes que Luis de Camões chegasse a Lisboa, de volta da sua longa peregrinação na Asia. Faço esta observação, para responder incidentemente aos que pretendem descobrir no silencio guardado por Sá de Miranda a respeito de Camões, uma prova de inveja ou emulação para com o cantor dos Lusiadas, de cuja pessoa, a meu vêr, elle Miranda pouco ou nenhum conhecimento podia ter, e muito menos do seu immortal poema.

Para a biographia de Sá de Miranda, vej. além do que diz Barbosa no tomo II, a Vida que lhe escreveu D. Gonçalo Coutinho, e anda (anonyma) á frente das obras de Sá nas edições de 1614, 1784, etc... As obras de Sá de Miranda, que passo a descrever, foram todas publicadas posthumas, não constando que imprimisse cousa alguma em quanto viveu.

Eil-as aqui, pela mesma ordem que as encontro em Barbosa na Bibl. Lus. 1780) As Obras do celebrado Lusitano, o doctor Francisco de Sá de Miranda. Lisboa, por Manuel de Lyra 1595. 8.º Barbosa dá esta edição em 4.°, e Antonio Ribeiro dos Sanctos nas Mem. de Litt. da Acad., tomo VIII, pag. 91, enganou-se, suppondo-a feita em Coimbra, quando é realmente de Lisboa, como elle proprio reconhece a pag. 128 (1). A esta primeira seguiu-se a segunda, com o titulo: 1781) (C)As obras do doctor Francisco de Sá de Miranda. Agora de novo impressas, com a relação da sua calidade e vida. Lisboa, por Vicente Alvares 1614. 4.° de XII 160 folhas numeradas pela frente. Os nossos philologos criticos não estão de accordo ácerca do merito comparativo d'estas duas edições. O sr. Varnhagen. ou quem seja o auctor do artigo inserto no Panorama, de que acima falei, pretende que a de 1595 seja preferivel á de 1614, e da mesma opinião é o auctor de outro artigo mui succinto, assignado S. L. (Antonio Maria de Sousa Lobo?), que sahiu na Revista Litteraria do Porto, tomo V, pag. 184. Pedro José da Fonseca, e o sr. Antonio Luis de Seabra seguem o parecer contrario: aquelle no Catalogo dos auctores posto á frente do tomo I do Diccionario da Academia; este no tomo II, pag. 144, da sua traducção das Satyras e Epistolas de Horacio, e ambos produzem razões, quanto a mim do maior peso, pelas quaes e por outras, que não aponto em attenção á brevidade, tenho para mim que a segunda edição deve preferir-se á primeira. Qualquer d'ellas é tida em conta de rara, e dos exemplares vindos ao mercado sei d'alguns, vendidos por preços desde 1:200 réis até 1:920. Barbosa aponta mais duas edições d'estas Obras, a saber: a terceira, Lisboa, por Paulo Craesbeeck 1632. 32.º, a quarta, ibi, por Antonio Leite Pereira 1677. 8.º Declaro que ainda não tive opportunidade de encontrar alguma d'ellas. Ultimamente, o livreiro Francisco Rolland as reimprimiu com o titulo: 1782) (C)Obras do doctor Francisco de Sá de Miranda. Nova edição correcta, emendada, e augmentada com as suas comedias. Lisboa, na Typ. Rollandiana 1784. 8.º 2 tomos com XXX 290, e 293 pag. Esta é feita sobre a de 1614, e acha-se hoje exhausta, ou pouco menos. Ha ainda outra com o titulo seguinte: As Obras do celebrado Lusitano, o doctor Francisco de Sá de Miranda. Lisboa, na Imp. Regia 1804. 8.º de 500 pag., e mais uma no fim com as erratas. Para esta serviu de texto a de 1595, faz por tanto consideravel differença da antecedente, e é muito menos completa, faltando-lhe a noticia da vida do poeta a Comedia dos Vilhalpandos, etc. etc. Os serviços prestados por Sá de Miranda á lingua, e á littteratura patria, são em realidade mui grandes para poderem ser contestados com visos de fundamento. Elles se acham em parte expostos e analysados na excellente Memoria do judicioso e atilado critico Francisco Dias Gomes, que vem no tomo IV das de Litter. da Acad. R. das Sc. de pag. 26 a 305.

Quasi todos os nossos criticos têem sido concordes em pagar á memoria d'este Seneca portuguez, como deram em chamar-lhe, o devido tributo de admiração e respeito. Entre os estrangeiros podemos egualmente citar Bouterweck Sismondi, e mais que todos o sr. Ferdinand Denis, que ao nosso poeta consagra a maior parte do capitulo, VII do Résumé de l'Hist. de la Litter. Portugaise, pag. 50 a 59. Tambem não deve esquecer D. Juan José Lopes de Sedano, no seu Parnaso Español tomo VIII, Madrid 1774, tanto na biographia do poeta (que elle inclue entre os castelhanos, pelo que n'essa lingua escreveu), de pag. XIX a XXIII, como no indice das poesias, pag. VIII, num. 5 e 6. O padre Antonio Pereira de Figueiredo assigna a Miranda o sexto logar na serie dos nossos auctores classicos, tal como elle a concebia. Quem, talvez, se mostra de todos menos favoravel a este nosso antigo poeta é J. M. da Costa e Silva, vej. o seu Ensaio no logar respectivo. Eis aqui os termos em que elle conclue esta parte do seu trabalho: «Sá de Miranda foi homem de grande saber, e de pouco genio. Conhecia a fundo as linguas grega e latina, mas a leitura dos grandes poetas de ambas as linguas nada ou pouco lhe aproveitou para aperfeiçoar o seu estylo, dando-lhe a correcção e elegancia, que são a alma da poesia. Contemporaneo de Ferreira, Bernardes e Caminha, que o respeitavam como mestre, se cotejamos a sua linguagem com a d'elles, parece ser-lhes anterior, pelo menos de um seculo. Não soube versificar, nem colorir como elles, como não os eguala em variedade, em imaginação e pureza: e comtudo, a sua reputação se tem conservado até hoje respeitada: que maior prova de que, apezar dos seus defeitos, ha n'elle um merito real?».”


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Referência: 1311CS002
Local: M-9-A-28

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