Biblioteca de Estudos Livres, I. Edição do Instituto de Estudos Livres. Coimbra. 1930.

De 19,5x12 cm. Com 149 págs. Brochado.

Exemplar parcialmente por abrir, dedicatória de oferta de Tomás da Fonseca na folha de anterrosto, ex-seminarista, poeta, escritor, jornalista, político e militante republicano de cariz ateu e anticlerical português dirigida «Ao Dr. José Lopes Dias...» na folha de anterrosto, cartão de visita solto de Tomás da Fonseca onde o próprio escreve que a presente obra escapou ao conhecimento da polícia política. Danos ao pé e cabeça da lombada, lombada e capas manuseadas e picos de acidez nas capas.

Contém apresentação do Instituto de Estudos Livres, considerações preliminares de Tomás da Fonseca, o estudo de Brito Camacho e a análise de um discurso de Mussolini.

Obra em que o autor analisa, de um ponto de vista anticlerical, o Tratado de Latrão celebrado entre o Reino de Itália, representado pelo seu primeiro ministro, Mussolini, e a Santa Sé, em 1929, nos termos do qual foi resolvida a questão Romana, ou seja o estatuto da Igreja Católica e as condições de exercício das funções de autoridade suprema da Igreja Católica, que são próprias do Papa. Este tratado criou o actual Estado do Vaticano destinado a garantir a autonomia dos Papas.

Manuel de Brito Camacho (Monte das Mesas, Aljustrel, 1862 - Lisboa, 1934) foi médico militar e cedo aderiu aos ideais republicanos, tendo desenvolvido intensa actividade política entre 1890 e 1921. Foi Ministro do Fomento no Governo Provisório (24-11-1910) e opositor a Afonso Costa. Jornalista (fundador e director de «A Lucta») e escritor deixou uma extensa obra literária com vários títulos sobre a região do Alentejo onde nasceu.