Seguidos D’UMA MEMORIA SOBRE A QUESTÃO Quaes são os meios de fundar a moral d’um Povo? Escripta PELO MESMO AUTOR DOS COMENTÁRIOS: traduzidos por J. A. Nogueira. Typ. de M. J. Coelho. Lisboa. 1841.

2 Obras encadernadas num volume de 19x13 cm. Com [ii],  363, [iii], 36; vi, 239 págs. Encadernação com lombada em pele,  com ferros a ouro.  Exemplar com rasuras a lápis no interior das pastas e nas folhas, rasgão no pé da folha de rosto da primeira obra, folha de guarda anterior em falta, manchas de humidade e picos de acidez no interior

FREIRE DE CARVALHO. (José Liberato) ENSAIO POLÍTICO sobre as causas que prepararão a usurpação do Infante D. Miguel  no Anno de 1828 e com ela a queda da Carta Constitucional do Anno 1826.  Na Imprensa Nevesiana. Lisboa. 1840.

Joaquim António Nogueira (Beja, 1790 - Lisboa, 1851) foi Secretário-geral nos distritos de Beja, Faro e Portalegre entre 1836 e 1839. Era um liberal adepto do Setembrismo, com posições políticas muito extremistas, que expõe nas suas obras. Uma delas, O Contágio Sagrado, ou História Natural da Superstição, publicada sem o nome do tradutor, foi condenada por abuso de liberdade de imprensa pelo tribunal de Lisboa, que mandou suprimir e arrestar todos os exemplares. No entanto, os editores continuaram a vender alguns com uma folha de rosto diferente, dando a obra como impressa em Madrid.

Antoine-Louis-Claude Destutt, Conde de Tracy (Paris, 1754 - 1836) foi um filósofo, político e militar de carreira francês e líder da escola filosófica dos ideólogos. Foi o criador do termo - ideologia. Aderiu à Revolução Francesa e foi deputado. Durante o regime de Napoleão Bonaparte viveu exilado em Bruxelas onde publicou a sua obra - Eléments D'Ideologie (1801-1815), em 4 volumes, onde postulou a fundação de um original campo de estudos destinado a formar a base de todas as ciências: a ciência das ideias. O ensino das suas ideias foi proíbido em 1812 por Bonaparte. O Conde de Tracy influenciou outros pensadores e escritores como Auguste Comte, Stendhal e Sainte-Beuve. Inocêncio IV, 66 e XII, 11.

José Liberato Freire de Carvalho, monge da ordem dos Cónegos de Santo Agostinho de Santa Cruz de Coimbra, exilou-se em Londres por perseguições empreendidas contra a sua pessoa pelas suas opiniões políticas. Regressado a Lisboa depois do 24 de Agosto de 1820, aqui faleceu em 1855. Obra do autor escrita em Londres, contemporanea do «Ensaio historico-politico sobre a constituição e governo do reino de Portugal».