Por... Júnior. Quarta Edição, correcta, e augmentada. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. Anno 1817. Com Licença. 

In 8.º de 18x12 cm. Com [ii], 116, [ii] págs. Encadernação inteira de pele com rótulo e ferros a ouro na lombada. Corte das folhas mosqueado. Ilustrado em face da folha de rosto com uma pintura de Arcângelo Fuschini (Lisboa, 1771 - 1834) esculpida para a gravura por Antonio José Quintos. 

Exemplar com vestígios de etiqueta com cota no pé da lombada, etiqueta da Livraria Castro e Silva e ex-libris de Joaquim Pessoa no interior da pasta anterior. 

Temos outras fichas da obra, inclusive uma desta edição, em arquivo bibliográfico.

Tragédia em verso sobre a célebre história de Inês de Castro, que foi muito popular durante o Século XIX e grande parte do Século XX, obtendo muitas edições e sendo muito admirada por Garret. Foi escrita em 1798 e obteve um prémio da Academia das Ciências em 1799. 

Obra inovadora que se enquadra já na transição para a literatura romântica, com ambiente terrífico e um estilo mais violento que as anteriores peças de teatro, usando com frequência de imagens assustadoras e sangrentas e apresentando a morte de Inês em cena.  

É uma das mais populares peças de teatro portuguesas e foi constantemente reeditada até aos nossos dias. Traduzida para francês, por Ferdinand Denis, em 1823 e para alemão por Alexandre Wittich, em 1844. Actualmente tem sido estudada também sob a perspectiva dos estudos feministas.

João Baptista Gomes, júnior (Porto, ? - 1803) foi contabilista em empresas comerciais e faleceu novo. É autor das traduções de duas tragédias de escritores franceses: Fayel, 1798 e Os Macabeos, 1803.