PETRI IOSEPHI A FONSECA Olisiponensis RHETORICES ATQVE POETICES Professoris Regii Parvvm LEXICON LATINVM Lvsitana Interpretatione Adiecta Ad Vsvm Lvsitanorvm Adolescentivm in Lvcem Editvm Ivssv IOSEPHI I. REGIS FIDELISSIMI. QVOD munus reipublicae adferre majus meliusve possumus quam si docemus atque erudimus juventutem. Cicero de Divinat. lib. II. 5. OLISIPONE Apvd Michaelem Manescalium Costivm, Sancti Officci Typographvm. C|Ɔ. |ƆCC. LXII. [1762]. Ex Regis Decreto. 

In 4.º de 19,5x15 cm. Com [xx], 356, 448 págs. Encadernação do século XIX com lombada em tela, ferros a seco. Pastas revestidas em papel marmoreado e folhas de guarda decorativas. 

Rosto impresso a vermelho e preto. Impressão em caracteres redondos e alguns itálicos ornamentado com iniciais decorativas com motivos vegetalistas, nomeadamente na advertência ao leitor e no início da obra. Inclui um belíssimo cabeção com motivos vegetalistas e brasão de armas de D. José I ao centro.

Exemplar com arabescos no corte das folhas, mancha de tinta e anotações coevas na folha de rosto, apontamentos coevos no verso da folha de rosto, ocasionais manchas de humidade e tinta, e rasgos nas folhas das páginas 347 e 349 sem perda de papel e sem prejudicar a leitura. 

Primeiras páginas não numeradas com nota do editor, advertência ao leitor e índice cronológico de autores latinos. Incluem notas de rodapé. Advertência ao leitor encontra-se em português. 

Muito rara 1.ª Edição, teve um total de 7 edições. Segundo a CLP, foi publicado após a proibição do uso da Prosódia de Bento Pereira no ensino, no contexto da expulsão dos Jesuítas de Portugal em 3 de Setembro de 1759, e da consequente reforma pombalina.

Obra impressa em duas colunas, com exceção da nota editorial e advertência ao leitor. Tem um total de 804 páginas, com exceção das páginas não numeradas, divididas em duas partes distintas: 1.ª parte, de 1 a 356, da letra A a J; 2.ª parte, de 1 a 448, da letra L a Z. Segundo a CLP esta paginação é justificada pelo facto de ter sido impressa em duas oficinas, para responder à carência de dicionários para as escolas.

Pedro José da Fonseca (Lisboa, 1736 - 1816), professor régio de Retórica e Poética em Lisboa, nomeado em 1769, Sócio fundador da Academia Real das Sciencias de Lisboa, assistiu já na qualidade de efectivo da classe de Literatura à primeira sessão que a Academia teve em 16 de Janeiro de 1780. Foi eleito Director da Tipografia da mesma Academia, e também Director da comissão encarregada em 1780 da composição do Dicionário da Lingua Portuguesa. Passou a Sócio veterano em 1790. 

Ref.:
CLP - Corpus Lexicográfico do Português. Universidade de Aveiro. 
Inocêncio VI, 419.