RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 79712

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



ANTÓNIO MARIA (O). [1.ª SÉRIE: 1879-1884]

Anno I, N.º1, 12 de Junho de 1879 [até Anno VI, N.º 291, 25 de Dezembro de 1884]. Lisboa.

6 Volumes de 32,5x24 cm. Com 240; 428; 416; 520; 424; 416 págs. Encadernações do editor com lombadas em tela, com gravações a ouro. Profusamente ilustrado com gravuras e desenhos, alguns dos quais a cores.

Exemplar com desgaste nas lombadas — a do primeiro volume parcialmente solta — e nos cantos das pastas. Manchas de humidade e ondulação do papel no segundo volume.

Magnífico jornal de humor político, muito notável pela beleza do trabalho tipográfico e pelos magníficos desenhos do grande artista Rafael Bordalo Pinheiro. Era de periodicidade semanal, editado e dirigido por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), e que conheceu duas séries: a primeira, entre Junho de 1879 e Janeiro de 1885; a segunda, entre Março de 1891 e Julho de 1898.

Inicialmente, impresso na tipografia do Matos Moreira, e a partir de Dezembro de 1879 na litografia de Justino Guedes e tipografia de Lallemant Fréres, O António Maria é posto à venda todas as quintas-feiras. Cada número é constituído normalmente por 8 páginas, das quais metade — as chamadas páginas nobres (primeira, centrais e última) — eram, na maioria dos casos, totalmente ocupadas com ilustrações, por vezes a cores e eventualmente acompanhadas de pequenos textos.

Este conjunto reúne a quase totalidade da primeira série d’O António Maria, excluindo apenas 3 números publicados no ano de 1885. A primeira série totaliza seis volumes, cada um com 52 edições semanais, às quais acrescem alguns suplementos ou edições extra (por exemplo, a 19 de Outubro de 1879, um Domingo, sai um número dedicado às actividades preparatórias do acto eleitoral que dará a vitória aos progressistas); e os três números publicados no ano de 1885.

Entre os colaboradores com que Rafael Bordalo Pinheiro conta, destacam-se: o poeta Guilherme de Azevedo (que usa o pseudónimo João Rialto), Ramalho Ortigão (João Ribaixo), Alfredo Morais Pinto (Pan-Tarântula), João Broa, Emílio Pimentel, Enrique Casanova, António Ramalho, Ribeiro Cristino, Columbano Bordalo Pinheiro, Manuel Gustavo, entre outras personalidades que marcaram o panorama das artes e das letras nacionais.

O ambiente político do último quartel do século XIX e os seus principais protagonistas, bem como o cenário social de fundo, constituem a matéria d’O António Maria. Toda a «nata» política, assim como os agentes das artes e da literatura, enfim, a intelectualidade da época, estão caricaturadas nas suas páginas. Como é anunciado no “editorial” do primeiro número: «Tratar-se-ha aqui com a maior imparcialidade, do ultimo discurso proferido no seio do parlamento, da ultima navalhada vibrada nas entranhas de Alfama, ou da ultima trova desferida sob os laranjaes em flor, uma vez que essa voz, essa navalhada, e esse cântico, representem uma nota qualquer do monótono concerto politico, social e religioso em que uma orchestra de cinco milhões de habitantes, sentada á beira-mar, executa ha uns poucos de seculos a mesma musica patriotica, alternando uma vez por outra os Lusiadas com o hymno da Carta.»

Foi contemporâneo e testemunha não só do período áureo da 2.ª fase do «rotativismo» que caracterizou a monarquia constitucional, mas também do seu progressivo esgotamento, por força de um conjunto de práticas que o desvirtuaram como sistema político.

Contrariando a tendência evolutiva da imprensa em Portugal, a partir de 1851, que se consubstancia no desenvolvimento de um jornalismo “noticioso” ou “objectivo”, sustentado por grupos financeiros e não por filiação partidária, O António Maria é uma publicação com objectivos de intervenção na sociedade, de formação da opinião pública. A viabilidade de uma publicação deste tipo está naturalmente dependente quer do sucesso que alcança junto do público, quer da existência de liberdade de expressão. Por um lado, se os onze anos de vida que alcançou, bem como a sua tiragem média de 7.000 exemplares deixam resolvida a primeira variável (a aceitação pelo público), a sua interrupção abrupta, em 21 de Janeiro de 1885, lança algumas dúvidas sobre a segunda variável (a que se reporta à liberdade de expressão). De facto, O António Maria atravessa períodos de maior e menor liberdade de expressão ao longo da sua existência — se nos primeiros anos a tolerância e abertura são grandes, a partir de Março de 1881, progressivamente, os governantes vão adotando medidas repressivas como resposta ao crescente descontentamento social, sendo a imprensa, obviamente, um dos alvos dessa política

Obs.: Esta obra pesa mais de 5 kg. Está sujeita a portes extra.

 6 Volumes measuring 32.5x24 cm. 240; 428; 416; 520; 424; 416 pp. Publisher"s bindings with gilt canvas spines. Profusely illustrated with engravings and drawings, some of which are in colour.

Copy with signs of wear on the spines - that of the first volume partially detached - and on the corners of the boards. Moisture stains and rippling of the paper in the second volume.

Newspaper of political humour, very notable for the beauty of the typographic work and the magnificent drawings by the great artist Rafael Bordalo Pinheiro. It was published weekly, edited and directed by Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), and had two series: the first, between June 1879 and January 1885; the second, between March 1891 and July 1898.

Initially printed by Matos Moreira, and from December 1879 by Justino Guedes and Lallemant Fréres, O António Maria is put on sale every Thursday. Each issue usually consisted of 8 pages, half of which - the so-called prime pages (first, middle and last) - were, in most cases, entirely taken up with illustrations, sometimes in colour and possibly accompanied by short texts.

This set brings together almost all of the first series of the O António Maria, excluding only 3 issues published in 1885. The first series totals six volumes, each with 52 weekly editions, to which are added some supplements or extra editions (for example, on 19 October 1879, a Sunday, an issue comes out dedicated to the preparatory activities for the election that will give victory to the progressives); and the three issues published in the year 1885.

Raphael Bordalo Pinheiro"s collaborators include: the poet Guilherme de Azevedo (using the pseudonym João Rialto), Ramalho Ortigão (João Ribaixo), Alfredo Morais Pinto (Pan-Tarântula), João Broa, Emílio Pimentel, Enrique Casanova, António Ramalho, Ribeiro Cristino, Columbano Bordalo Pinheiro, Manuel Gustavo, among other personalities who have marked the panorama of national arts and letters.

The political environment of the last quarter of the 19th century and its main protagonists, as well as the social backdrop, are the subject of the O António Maria. All the political 'cream of the crop', as well as agents of the arts and literature, in short, the intelligentsia of the time, are caricatured in its pages. As announced in the 'editorial' of the first issue: 'It will be treated here with the greatest impartiality, of the last speech delivered in the heart of parliament, of the last razor vibrated in the bowels of Alfama, or of the last trova unleashed under the orange blossoms, since that voice, that razor, and that chant, represent any note in the monotonous political, social and religious concert in which an orchestra of five million inhabitants, sitting by the sea, has been playing the same patriotic music for a few centuries, alternating the Lusiadas with the hymn of the Charter. '

He was a contemporary and witness not only to the golden period of the 2nd phase of 'rotativism' that characterised the constitutional monarchy, but also to its progressive exhaustion due to a series of practices that distorted it as a political system.

Contrary to the evolutionary trend of the press in Portugal from 1851 onwards, which saw the development of 'news' or 'objective' journalism, supported by financial groups and not by party affiliation, O António Maria is a publication with the aim of intervening in society and shaping public opinion. The viability of a publication of this kind naturally depends on both its success with the public and the existence of freedom of expression. On the one hand, while the eleven years of life it achieved, as well as its average circulation of 7,000 copies, leave the first variable (acceptance by the public) resolved, its abrupt interruption on 21 January 1885 casts some doubt on the second variable (freedom of expression). In fact, O António Maria went through periods of greater and lesser freedom of expression throughout its existence - while tolerance and openness were high in the early years, from March 1881 onwards, the government gradually adopted repressive measures in response to growing social discontent, with the press obviously being one of the targets of this policy.

 This work weighs more than 5 kg. It is subject to extra shipping costs.

Referências/References:

Ref.: CORREIRA. (Rita). ANTÓNIO MARIA (O). Hemeroteca Digital Municipal de Lisboa - Fichas Históricas.


Temáticas

Referência: 2311SB010
Local: M-10-F-16


Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters