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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. NOGUEIRA PINTO. (Jaime) e Eduardo Baião. JAMBA CAPITAL DA LIBERDADEEdição UNITA. Jamba. [D.L. 1990]. De 26x18 cm. Com 64 págs. Brochado. Capas ilustradas a cores. Profusamente ilustrado com fotografias a cores de Eduardo Baião. Livro com grafismo de Casimiro Castanheira e Execução gráfica de Mirandela & C.ª Lda. Obra de propaganda da UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola, com editorial de Jaime Nogueira Pinto, publicada durante a guerra civil de Angola, na data em que a UNITA comemorava 24 anos da sua fundação em 1966. Rara e muito importante para a história da UNITA e para a história de Angola nos primeiros anos da independência, sempre vividos em guerra civil. As fotografias foram tiradas em 1988, depois da vitória da UNITA, com o apoio de tropas Sul Africanas, sobre o exército do MPLA, que teve o apoio de soldados russo e cubanos, na Batalha de Cuito Cuanaval (15-11-1987 a 23-03-1988). A obra apresenta as instalações do movimento de Jonas Savimbi num ponto alto da sua trajectória, durante a Guerra Civil, com as fotografias a documentar uma autentica cidade com todos os recursos e instalações necessárias a uma vida com dignidade, em pleno território de Angola, demonstrando assim a incapacidade do Governo do MPLA de controlar o território do novo país. As visitas à Jamba, já realizadas anteriormente, tinham tido um grande desenvolvimento desde 1985, com a realização, nesse ano, do Jamboree Internacional Democrata, que reuniu apoiantes Norte Americanos e europeus da UNITA, assim como movimentos de guerrilha, de Moçambique: Renamo; do Afeganistão, da Nicarágua e do Camboja. As fotografias documentam o funcionamento dos hospitais, dos serviços de saúde, a recuperação dos civis atingidos por minas, o sistema de ensino, as instalações da Rádio Vorgan e as festas, concertos e convívios. Inclui também diversas fotografias de Jonas Savimbi, incluindo uma (Páginas 50-51) em que ele aparece acompanhado por altos dirigentes da UNITA, como Jeremias Chitunda e Elias Salupeto Pena, que foram assassinados pelo MPLA, em Luanda, em 30 de Outubro de 1992, nos chamados massacres de Outubro, e outros (ver abaixo), que se separaram do movimento e criaram a TRD - Tendência de Reflexão Democrática, caso de Miguel N'Zau Puna e Tony Fernandes, que depois se integrou no MPLA. UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola foi fundada em Muangai, Moxico, em 13 de Março de 1966, por Jonas Savimbi e Tony Fernandes, com a presença de 200 delegados, entre eles Ernesto Mulato e Miguel N'Zau Puna, que aparecem junto de Savimbi na fotografia das páginas 50-51. A UNITA durante a luta contra a presença de Portugal em Angola realizou poucas acções de guerrilha e chegou mesmo a celebrar um acordo de não agressão com o Exército Português. Na sequência do abandono de Angola das autoridades portuguesas da época, a Unita, juntamente com a FNLA, declarou a independência nacional em 11 de Novembro de 1975, no Huambo e criou a República Popular Democrática de Angola. Devido à presença de um forte contingente militar cubano e de muitos conselheiros militares russos, a UNITA enfrentou grande dificuldades, mas a partir da subida ao poder de Ronald Reagan na América do Norte, em 1981, passou a ser considerada um movimento que lutava pela liberdade contra o comunismo no âmbito da fase final da Guerra Fria que levaria ao desmoronamento da União Soviética o que a levou a ficar cada vez mais fortalecida. Durante toda a sua existência a UNITA, como todos os movimentos armados, que exigiam a independência das colónias portuguesas, foi minada por lutas internas, muitas vezes sangrentas e de grande violência, e por dissidências políticas que levavam à saída e fuga de altos quadros. Depois do fortalecimento da UNITA durante a parte final dos anos noventa e a vontade dos Estados Unidos da América, por um lado e, por outro lado, a situação de abandono por parte da União Soviética, em que se encontrava o MPLA, criaram uma janela de oportunidade para a celebração de um acordo de paz, (Bicesse, Maio de 1991) mediado pelos referidos países e por Portugal, que previa a realização de eleições e a transição para um sistema multipartidário. No entanto, devido a defeitos no articulado do acordo, assim como à falta de apoios financeiros, um corpo de tropas de paz sem capacidade efectiva para realizar as missões necessárias e à grande desconfiança existente entre os contendores levou ao falhanço do processo de paz e ao recomeço da Guerra Civil, que iria durar até 2002, quando Savimbi foi morto em combate. Actualmente a UNITA é o partido político mais importante da oposição, com assento no parlamento, que tem obtido cada vez maior número de votos nas sucessivas eleições, que não são consideradas livres e democráticas pelos observadores independentes.
Referência: 2311PG039
Local: M-12-C-79 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. |
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