RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 79718

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



ATLAS VALLARD - THE HUNTINGTON LIBRARY, SAN MARINO (CA). [FAC-SÍMILE + LIVRO DE ESTUDO]

Nicolas Vallard de Dieppe. 1547. [M. Moleiro Editor. Barcelona. 2010.]

De 41,5x30,5 cm. Com 86 páginas não numeradas. Encadernação inteira de pele de cabra vermelha com elaborados ferros a ouro na lombada, nas pastas e nas seixas. Apresenta elaborados filetes a fazerem esquadrias nas pastas, motivos vegetalistas, e símbolos alegóricos nas seixas. Folhas de guarda em seda moiré. Acondicionado em caixa editorial, também forrada em pele e com belos ferros a ouro.

Ilustrado com o fac-símile integral do atlas, que inclui tabelas e 15 cartas portulano.

Exemplar n.º 727 de uma tiragem única de 987. Inclui na guarda posterior um certificado notarial que assegura a autenticidade e unicidade deste exemplar. Preserva um pequeno cartão de Controlo de Qualidade do Editor.

Tem junto:

THOMAZ. (Luís Filipe F. R.), Dennis Reinhartz e Carlos Miranda García-Tejedor. LIVRO DE ESTUDO. ATLAS VALLARD - THE HUNTINGTON LIBRARY, SAN MARINO (CA). Diseño gráfico: Maria Algàs, Gemma Recasens. Directora editorial: Mónica Miró. Traducción del portugués: Basilio Losada. Traducción del inglés: María Luisa Balseiro. M. Moleiro Editor. Barcelona. 2010.

De 34x25 cm. Com 240, [i] págs. Encadernação do editor inteira de tela verde, com gravações a ouro e sobrecapa ilustrada.

Ilustrado no texto com reproduções e pormenores de mapas a cores.

Resumo

Fac-símile luxuoso e muito cuidado, elaborado com extrema fidelidade artística e material e acompanhado de um livro de estudo com importantes ensaios sobre o seu conteúdo e as matérias envolventes, nomeadamente a questão do descobrimento da Austrália pelos portugueses. A reprodução vai ao pormenor de reproduzir as anotações manuscritas nas guardas e o ex-libris de Sir Thomas Phillipps, um dos ex-proprietários do manuscrito; assim como a textura e o formato das folhas.

Edição realizada com o intuito de divulgar e elaborar a tese que defende a descoberta da Austrália pelos navegadores portugueses. A intenção é explicitada quer na nota editorial, como no prefácio pelo ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e patente nos ensaios que a acompanham.

Descrição do Atlas

O atlas consiste de 34 fólios, numerados com algarismos arábicos na parte superior central de cada um: os primeiros quatro contêm o frontispício, um pequeno texto acerca de náutica, um calendário, tabelas de declinações, etc. Os restantes 30 compreendem 15 cartas portulano, numeradas a lápis no canto superior esquerdo das páginas em branco que as precedem. Segue a lista dos mapas:

1. «Terra de Java» (costa Leste da Austrália?)
2. «La Jave» (costa do Norte da Austrália?), uma parte da Ásia, Insulindia
3. «Terra Java» (costa Oeste da Austrália?)
4. Golfo Pérsico e Mar Vermelho
5. Sudeste africano e Madagáscar
6. Oceano Atlântico costas da África e do Brasil
7. Noroeste da África
8. Europa e Norte da África
9. América do Norte, costa Leste
10. América Central
11. Caribe e Brasil
12. América do Sul: Rio da Prata e estreito de Magalhães
13. Europa e Norte da África
14. Mar Adriático
15. Mar Egeu

É curioso notar que a sua orientação é invertida à usual, com o sul sempre localizado no topo dos mapas.

Cada mapa tem escalas de latitude nas margens laterais; extensa toponímia ao longo das linhas costeiras escrita em minúscula com tinta preta e vermelha, em dourado nas áreas geográficas; espaços de terra firme desenhados em cor com as ilhas pintadas de azul, vermelho ou dourado; numerosas rosas-dos-ventos, com as habituais 32 linhas de orientação em preto, vermelho e verde para as principias direções; profusas ilustrações com diversas cenas, barcos, animais marinhos, soberanos, etc.

As margens das cartas 1-5 e 11 são decoradas. As cartas 14 e 15 parecem ser de outra mão, já que diferem em técnica cartográfica e estilo artístico.

Os elementos decorativos que acompanham cada mapa são porventura a característica mais notável deste Atlas. Tanto os oceanos como o interior dos continentes estão repletos de ilustrações que revelam uma enorme atenção ao detalhe. As miniaturas representam o modo de vida dos povos indígenas; cenas de colonização; fauna e flora típica; rosas de compasso, navios, figuras mitológicas e monstros marinhos; vários governantes e cidades importantes; constituindo no seu todo um reflexo muito interessante do contexto histórico e geográfico da obra no século XVI.

Descrição do Livro de Estudos

O livro de estudos tem um pequeno texto introdutório de Aníbal Cavaco Silva e introdução por Luís Filipe F. R. Thomaz, Diretor do Instituto de Estudos Orientais da Universidade Católica Portuguesa. Inclui os seguintes ensaios:

– La escuela de Dieppe y sus mapa en su época, por Dennis Reinhartz, Professor emérito de História da Universidade de Texas em Arlington.
– El Atlas Vallard y el problema del conocimiento de Australia en la época quinientista, por Luís Filipe F. R. Thomaz.
– Los mapas del Atlas Vallard, Luís Filipe F. R. Thomaz e Dennis Reinhartz.
– La narración mitológica en los márgenes del Atlas Vallard, por Carlos Miranda García-Tejedor.

Comentário e contextualização histórica

De origem francesa e autoria desconhecida, o Atlas Vallard é um autêntico tesouro bibliográfico europeu do século XVI, que prima tanto pelo seu valor estético como pelo documental. Nele se encontra pela primeira vez a representação da misteriosa Terra de Java. O manuscrito original pertence ao acervo da Huntington Library, San Marino, California.

De Nicolas Vallard de Dieppe, nome que consta do frontispício da obra sob uma esfera armilar, pouco ou nada se sabe, pondo-se a hipótese de ser o nome do primeiro proprietário, cujo brasão de armas poderia ser o do centro da ilustração marginal do mapa 11.

Este mapa faz parte dos chamados Mapas de Dieppe, uma série de mapas-múndi produzidos na cidade francesa de Dieppe, durante as décadas de 1540 a 60. São mapas manuscritos de grandes dimensões, encomendados por grandes senhores e patronos reais, entre os quais Henrique II de França e Henrique VIII de Inglaterra.

Crê-se que, à semelhança de outros mapas da escola de Dieppe, o cartógrafo se tenha baseado em fontes portuguesas hoje desaparecidas, ao teor da influência portuguesa na toponímia. Presume-se que os cartógrafos portugueses eram subornados para obterem informações sobre as últimas descobertas, apesar da 'Política de sigilo' oficial portuguesa.

Esta escola é conhecida por ter produzido alguns dos mais soberbos e luxuosos atlas do século XVI, com notáveis elementos decorativos nas suas marginálias. Embora a sua utilidade como cartas portulano, estes atlas são melhor entendidos como obras de arte, contendo informações sobre as últimas descobertas, lado a lado com referências mitológicas e ilustrações. Segundo Luís Thomaz, autor dalguns ensaios que acompanham esta edição, o valor estético do Atlas Vallard supera até o seu interesse documental.

O manuscrito foi utilizado pelo Visconde de Santarém na sua conhecida obra «Memoria Sobre A Prioridade Dos Descobrimentos Portuguezes Na Costa D’africa Occidental» para contrariar as falsas alegações de que os portugueses não teriam sido os primeiros a dobrar o cabo Bojador.

Hoje em dia, em que a descoberta da costa ocidental africana pelos portugueses é dada como facto incontestável, o atlas é, ao invés, utilizado por alguns historiadores para sustentar a hipótese de que os portugueses teriam conhecimento da Austrália já na primeira metade do século XVI, muito antes das viagens de Willem Janszoon e do capitão Cook.

As primeiras cartas, assim como em outros atlas da escola de Dieppe, apresentam a costa de uma misteriosa massa de terra no sul do Oceano Índico, situada entre a atual Indonésia e a Antártida, designada como Terra de Java. Vários académicos acreditam que, embora se encontre desenhada com muita imprecisão, esta linha costeira representaria a da Austrália. Contudo, esta teoria é altamente controversa e disputada por vários historiadores.

Lista dos proprietários do códice: Charles Maurice de Talleyrand-Périgord, Príncipe de Bénévent (1754-1838); Vendeu-o a Robert Triphook, Londres, 8 Maio 1816, n. 3464; Vendeu-o a Henry Bohn, Evans, 29 Março 1833, n. 445; David Steward Ker vendeu-o a Sir Thomas Phillipps, Londres, 7 Maio 1849, pt. IV, n. 791; Obtido por meios particulares por Henry E. Huntington através de A. S. W. Rosenbach em 1924.

Esta obra pesa mais de 5 kg. Está sujeita a portes extra.

 41.5x30.5 cm. With 86 unnumbered pages. Bound in full red goatskin with elaborate gilt tools on the spine, folders and board edges. It features elaborate fillets framing the boards, plant motifs and allegorical symbols on the board edges. endpapers in moiré silk. Packed in an editorial box, also lined in leather and with beautiful gilt tools.

Illustrated with the full facsimile of the atlas, which includes tables and 15 portolan charts.

Copy no. 727 of a unique print run of 987. Includes a notarial certificate on the back which guarantees the authenticity and uniqueness of this copy. Preserves a small card of quality control from the editor.

Together with:

THOMAZ. (Luís Filipe F. R.), Dennis Reinhartz e Carlos Miranda García-Tejedor. LIVRO DE ESTUDO. ATLAS VALLARD - THE HUNTINGTON LIBRARY, SAN MARINO (CA). Diseño gráfico: Maria Algàs, Gemma Recasens. Directora editorial: Mónica Miró. Traducción del portugués: Basilio Losada. Traducción del inglés: María Luisa Balseiro. M. Moleiro Editor. Barcelona. 2010.

34x25 cm. 240, [i] pp. Publisher"s full green cloth binding, with gold engravings and illustrated dust jacket.

Illustrated in the text with reproductions and details of colour maps.

A luxurious and very careful facsimile, produced with extreme artistic and material fidelity and accompanied by a study book with important essays on its contents and the surrounding issues, namely the question of the discovery of Australia by the Portuguese. The reproduction goes to great lengths to reproduce the handwritten notes on the endpapers and the ex-libris of Sir Thomas Phillipps, one of the manuscript"s former owners; as well as the texture and format of the leaves.

Edition produced with the aim of publicising and elaborating the thesis that defends the discovery of Australia by Portuguese navigators. This intention is made clear both in the editorial note and in the preface by the former President of the Republic, Aníbal Cavaco Silva, and is evident in the essays that accompany it.

Description of the Atlas

The atlas consists of 34 folios, numbered with Arabic numerals at the top centre of each one: the first four contain the frontispiece, a short text on nautical matters, a calendar, tables of declinations, etc. The remaining 30 contain 15 portolan charts, numbered in pencil in the top left-hand corner of the blank pages that precede them. Here"s a list of the maps:

1. «Terra de Java» (costa Leste da Austrália?). / 'Land of Java' (east coast of Australia?).
2. «La Jave» (costa do Norte da Austrália?), uma parte da Ásia, Insulindia. / 'La Jave' (northern coast of Australia?), a part of Asia, Insulindia(Malay Archipelago).
3. «Terra Java» (costa Oeste da Austrália?). / 'Terra Java' (West Coast of Australia?).
4. Golfo Pérsico e Mar Vermelho. / Persian Gulf and Red Sea.
5. Sudeste africano e Madagáscar. / Southeast Africa and Madagascar.
6. Oceano Atlântico costas da África e do Brasil. / Atlantic Ocean coasts of Africa and Brazil.
7. Noroeste da África. / Northwest Africa.
8. Europa e Norte da África. / Europe and North Africa.
9. América do Norte, costa Leste. / North America, east coast.
10. América Central. / Central America.
11. Caribe e Brasil. / Caribbean and Brazil.
12. América do Sul: Rio da Prata e estreito de Magalhães. / South America: Río de la Plata and Strait of Magellan.
13. Europa e Norte da África. / Europe and North Africa.
14. Mar Adriático. / Adriatic Sea.
15. Mar Egeu. / Aegean Sea.

It"s curious to note that their orientation is reversed from the usual one, with the south always located at the top of the maps.

Each map has latitude scales in the side margins; extensive toponymy along the coastlines written in tiny black and red ink, in gold in the geographical areas; land areas drawn in colour with the islands painted in blue, red or gold; numerous compass roses, with the usual 32 orientation lines in black, red and green for the main directions; profuse illustrations with various scenes, boats, sea animals, sovereigns, etc.

The edges of cards 1-5 and 11 are decorated. Cards 14 and 15 appear to be from another hand, as they differ in cartographic technique and artistic style.

The edges of cards 1-5 are decorated.

The decorative elements that accompany each map are perhaps the most remarkable feature of this atlas. Both the oceans and the interior of the continents are filled with illustrations that reveal an enormous attention to detail. The miniatures depict the way of life of the indigenous peoples; scenes of colonisation; typical fauna and flora; compass roses, ships, mythological figures and sea monsters; various rulers and important cities; all of which make up a very interesting reflection of the historical and geographical context of the work in the 16th century.

Study Book Description

The study book has a short introductory text by Aníbal Cavaco Silva and an introduction by Luís Filipe F. R. Thomaz, Director of the Institute of Oriental Studies at the Portuguese Catholic University. It includes the following essays:

– La escuela de Dieppe y sus mapa en su época, por Dennis Reinhartz, Professor emérito de Hisória da Universidade de Texas em Arlington. / The School of Dieppe and its maps in its time, by Dennis Reinhartz, Emeritus Professor of History at the University of Texas at Arlington.
– El Atlas Vallard y el problema del conocimiento de Australia en la época quinientista, por Luís Filipe F. R. Thomaz. / The Vallard Atlas and the problem of the knowledge of Australia in the quinientist era, by Luís Filipe F. R. Thomaz.
– Los mapas del Atlas Vallard, Luís Filipe F. R. Thomaz e Dennis Reinhartz. / The maps of the Vallard Atlas, Luís Filipe F. R. Thomaz and Dennis Reinhartz.
– La narración mitológica en los márgenes del Atlas Vallard, por Carlos Miranda García-Tejedor. / Mythological narration in the margins of the Vallard Atlas, by Carlos Miranda García-Tejedor.

Commentary and historical contextualisation

Originated in France and of unknown authorship, the Vallard Atlas is an authentic 16th-century European bibliographical treasure, which is as impressive for its aesthetic value as it is for its documentary value. It depicts the mysterious Land of Java for the first time. The original manuscript is in the collection of the Huntington Library, San Marino, California.

Little or nothing is known about Nicolas Vallard de Dieppe, whose name appears on the frontispiece of the work under an armillary sphere, but it is hypothesised that it is the name of the first owner, whose coat of arms could be the one in the centre of the marginal illustration on map 11.

This map is part of the so-called Maps of Dieppe, a series of world maps produced in the French city of Dieppe during the 1540s to 60s. They are large-scale manuscript maps commissioned by great royal lords and patrons, including Henry II of France and Henry VIII of England.

It is believed that, like other maps from the Dieppe school, the cartographer based his work on Portuguese sources that have now disappeared, in line with the Portuguese influence on toponymy. It is assumed that Portuguese cartographers were bribed to obtain information about the latest discoveries, despite the official Portuguese 'secrecy policy'.

This school is known for having produced some of the most superb and luxurious atlases of the 16th century, with notable decorative elements in their marginalia. Despite their usefulness as portolan charts, these atlases are best understood as works of art, containing information on the latest discoveries alongside mythological references and illustrations. According to Luís Thomaz, author of some of the essays that accompany this edition, the aesthetic value of the Vallard Atlas surpasses even its documentary interest.

The manuscript was used by the Viscount of Santarém in his well-known work 'Memoria Sobre A Prioridade Dos Descobrimentos Portuguezes Na Costa D"Africa Occidental' to counter the false claims that the Portuguese were not the first to round Cape Bojador.

Today, when the discovery of the West African coast by the Portuguese is taken as incontestable fact, the atlas is instead used by some historians to support the hypothesis that the Portuguese would have known about Australia as early as the first half of the 16th century, long before the voyages of Willem Janszoon and Captain Cook.

The first charts, as well as other atlases from the Dieppe school, show the coastline of a mysterious land mass in the southern Indian Ocean, located between present-day Indonesia and Antarctica, known as Java Land. Many academics believe that, although it is drawn very inaccurately, this coastline represents that of Australia. However, this theory is highly controversial and disputed by several historians.List of owners of the codex: Charles Maurice de Talleyrand-Périgord, Prince of Bénévent (1754-1838); Sold it to Robert Triphook, London, 8 May 1816, n. 3464; Sold it to Henry Bohn, Evans, 29 March 1833, n. 445; David Steward Ker sold it to Sir Thomas Phillipps, London, 7 May 1849, pt. IV, n. 791; Obtained by private means by Henry E. Huntington through A. S. W. Rosenbach in 1924.

Obs.: This work weighs more than 5kg. It is subject to extra shipping costs.

Referências/References:

M. Moleiro Editor.


Temáticas

Referência: 2310SB004
Local: M-17-A-3


Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters