Por Silvio Pellico, de Saluzzo. Vertido do Italiano, e Á Mocidade Portugueza offerecido por F. C. de Mendoça e Mello. Typographia da Viuva Rodrigues. Lisboa. 1843.

De 17x11 cm. Com vi, 192, [ii] págs. Brochado.

Exemplar sem as capas de brochura. Tem etiqueta de cota na folha de rosto e ocasionais manchas de oxidação.

Obra onde o autor tenta de todas as formas conciliar o desejo de unidade nacional com a identidade católica dos italianos. É um "discurso a um jovem" ideal que apresenta temas morais: a necessidade e o valor do dever, o amor à verdade, o valor da religião, a importância da caridade, o respeito pelas mulheres e pelos idosos, o amor à pátria. Mas há também observações sobre o amor filial e fraterno, a amizade, a humildade, a coragem e o perdão: princípios existenciais de comportamento válidos em todos os tempos e em todas as sociedades.

Silvio Pellico (Saluzzo, 1789 — Turim, 31 de janeiro de 1854) foi um escritor e dramaturgo italiano. O seu profundo sentimento liberal e republicano levou-o à prisão em 1820, sob a acusação de pertencer à Carbonária. Julgado, foi sentenciado à morte, mas a sua pena foi comutada para 15 anos de prisão em regime forçado, a serem cumpridos na Fortaleza de Špilberk, na Morávia. Recebeu o perdão do Imperador, foi libertado em 1830 e dirigiu-se para Turim, retirando-se completamente das atividades políticas, e mesmo dos círculos literários. Passou a viver de um cargo de bibliotecário, que conseguiu graças à interferência da Marquesa de Barolo.

Francisco Cândido de Mendonça e Mello, Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra. Tendo previamente seguido a vida militar, foi Alferes de cavalaria e esteve presente na convenção de Evoramonte. Foi um dos fundadores e redactores do poeriodico legitimista o Ecco do qual saiu mais tarde, empreendendo por si próprio outro periódico do mesmo género A Verdade o qual durou até Abril de 1840. Traduziu uma série de obras, principalmente vertidas do francês e do italiano.

 17x11 cm. vi, 192, [ii] pp. Paperback.

Copy without paperback covers. There is a library shelf mark on the title page and occasional foxing.

A work in which the author tries in every way to reconcile the desire for national unity with the Catholic identity of the Italians. It is an ideal "speech to a young man" that presents moral themes: the necessity and value of duty, love of truth, the value of religion, the importance of charity, respect for women and the elderly, love of country. But there are also observations on filial and fraternal love, friendship, humility, courage and forgiveness: existential principles of behaviour that are valid in all times and in all societies.

Silvio Pellico (Saluzzo, 1789 - Turin, 31 January 1854) was an Italian writer and playwrighter. His deep liberal and republican feeling sent him to prison in 1820 on charges of belonging to the Carbonaria. When he was tried, he was sentenced to death, but his sentence was commuted to 15 years' imprisonment, to be served in the Špilberk Fortress in Moravia. He was pardoned by the Emperor, released in 1830 and moved to Turin, completely withdrawing from political activities and even literary circles. He began to live off a position as a librarian, which he obtained thanks to the interference of the Marquise di Barolo.

Francisco Cândido de Mendonça e Mello, Bachelor of Laws from the University of Coimbra. Having previously followed military life, he was a cavalry ensign and was present at the Evoramonte convention. He was one of the founders and editors of the legitimist journal o Ecco from which he later left, starting himself another periodical of the same kind A Verdade which lasted until April 1840. He translated a number of works, mainly from French and Italian.

Referências/References:

Inocêncio II, 362, 658.