Dissertação para a obtenção Doutoramento em Antropologia, especialidade de Antropologia Cultural e Social, sob a orientação do Prof. Doutor Augusto Guilherme Mesquitela Lima. Universidade Nova de Lisboa. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Lisboa. 2005.

2 Volumes de 29,5x21 cm. Com [iv], 560; [iv], 274 págs. Brochados.

Rara versão policopiada desta dissertação de doutoramento. A BNP não tem qualquer exemplar catalogado, registando apenas uma versão em ficheiro word, num CD-ROM.

Miguel Bandeira Jerónimo destaca que esta dissertação foi o primeiro trabalho académico de grande folgo a abordar de forma verdadeiramente sistemática as relações entre a produção de conhecimento científico e o poder político no contexto do mundo colonial português. Nela o autor reflecte, entre outras coisas, sobre a possibilidade de o trabalho desenvolvido pelos etnólogos portugueses ter contribuído para a permanência dos portugueses em África

Segundo Pedro Aires Oliveira, académico que se tem dedicado ao estudo da História da Expansão e do colonialismo, foi Rui Pereira quem “resgatou a importância do contexto criado pelo império português na evolução dos estudos antropológicos em Portugal”, analisando a actuação de várias equipas no terreno, em especial a do etnólogo Jorge Dias.

Rui Mateus Pereira (1957 - 2020). Antropólogo, dirigiu o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, 2001 a 2004, exerceu cargos de direção no Município de Lisboa, 2004-2011, presidiu ao conselho diretivo do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, 2012 a 2015. Integrou a direção editorial das revistas Estudos Africanos, Oceanos e Camões. Foi investigador do IHC - Instituto de História Contemporânea, no Grupo de Investigação, Economia, Sociedade, Património e Inovação, desde 2013. É autor de vários trabalhos, tendo igualmente coordenado a obra Centenário da Gripe Pneumónica. A Pandemia em Retrospetiva. Portugal 1918-1919.

Augusto Guilherme Mesquitela Lima (Mindelo, 1929 – Lisboa, 2007). Antropólogo e escritor cabo-verdiano, foi director do Museu de Angola, fundou o Museu do Dundo e foi professor catedrático de Antropologia Cultural na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É autor de uma vasta obra em que avultam as investigações sobre os Quiocos e os Quiacas (Kyaka), etnias de Angola.

 2 Volumes 29.5x21 cm. With [iv], 560; [iv], 274 pp. Paperback.

Rare photocopied version of this doctoral dissertation. The BNP does not have any catalogued copies, recording only a version in word file on a CD-ROM.

Miguel Bandeira Jerónimo emphasises that this dissertation was the first major academic work to address in a truly systematic way the relations between the production of scientific knowledge and political power in the context of the Portuguese colonial world. In it, the author reflects, among other things, on the possibility that the work developed by Portuguese ethnologists contributed to the permanence of the Portuguese in Africa

According to Pedro Aires Oliveira, an academic who has devoted himself to the study of the History of Expansion and colonialism, it was Rui Pereira who "rescued the importance of the context created by the Portuguese empire in the evolution of anthropological studies in Portugal", analysing the performance of various teams in the field, especially that of the ethnologist Jorge Dias.

Rui Mateus Pereira (1957 - 2020). Anthropologist, directed the Portuguese Book and Library Institute, 2001 to 2004, held management positions in the Municipality of Lisbon, 2004-2011, chaired the board of the Institute of Financial Management and Justice Equipment, 2012 to 2015. He was part of the editorial board of the journals Estudos Africanos, Oceanos and Camões. He has been a researcher at the IHC - Institute of Contemporary History, in the Research Group, Economy, Society, Heritage and Innovation, since 2013. He is the author of several works, having also coordinated the work Centenário da Gripe Pneumónica (Centenary of Pneumonic Influenza). A Pandemia em Retrospetiva (The Pandemic in Retrospect). Portugal 1918-1919.

Augusto Guilherme Mesquitela Lima (Mindelo, 1929 - Lisbon, 2007). Cape-Verdean anthropologist and writer, was director of the Museum of Angola, founded the Dundo Museum and was full professor of Cultural Anthropology at the Faculty of Social and Human Sciences of the New University of Lisbon. He is the author of a vast work in which his research on the Quiocos and the Quiacas (Kyaka), ethnic groups of Angola, stands out.

Referências/References:

Lucinda Canelas - Morreu Rui Mateus Pereira, um antropólogo com um apurado sentido da História. Ípsilon. Público, (20-03-2020).