RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 79923

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



CAMÕES. (Luís Vaz de) LA LUSIADE DU CAMOENS, [1.ª EDIÇÃO FRANCESA]

Poeme heroique, SUR LA DECOUVERTE des Indes Orientales. Traduit du Portugais, Par M. Duperron de Castera. Tome Premier [Tome Second, Tome Troisieme]. A AMSTERDAM, Chez François l’Honoré. M. DCCXXXV [1735].

3 Volumes in 12.º de 16,5x10 cm. Com [iv], lxix, [iii], 319, [i em br.]; [iv], 364, [i], [iii em br.]; [iv], 334, [i], [i em br.] págs. Encadernações da época inteiras de pele com nervos, rótulos e ferros a ouro em casas fechadas. Folhas de guarda decorativas, com padrões axadrezados nos dois primeiros volumes e motivos florais no terceiro, sobre um fundo dourado brilhante. Corte das folhas marmoreado. Incluem fitas marcadoras de tecido.

Ilustrado com onze gravuras colocadas em face da folha de rosto e do início de cada canto, desenhadas por Bonnart e gravadas por Jean-Baptiste Scotin (1698 – c.1755), embora apenas as duas primeiras estejam assinadas. Retratam cenas mitológicas, incluindo episódios da narrativa exposta por Vasco da Gama ao rei de Melinde — a morte de Inês de Castro, o sonho de D. Manuel e o encontro com o Adamastor — e dos Doze de Inglaterra no Canto VI.

As folhas de rosto e anterrosto são impressas a preto e vermelho.

Exemplar com carimbo oleográfico de posse nas folhas de rosto de todos os volumes, encontrando-se os dos dois primeiros rasurados.

A última página do tomo I tem o número 31 em vez de 319, variante anotada por Inocêncio. No segundo tomo, as páginas 353, 356, 357, 360, 361, 362, 363, 364 apresentam, ao invés, os números 453, 456, 457, 460, 421, 422, 423, 424, respectivamente.

Nas páginas em numeração romana encontra-se uma dedicatória em verso ao Prince de Conty; um prefácio no qual o tradutor justifica a preferência pela versão em prosa, e expõe o plano da obra; uma pequena biografia do autor, com a tradução do soneto encomiástico de Torquato Tasso a Luís de Camões, escrito em 1580, em versos franceses; o privilégio real para a impressão, concedido a J. Clousier pelo espaço de seis anos. Seguem-se então os cantos do poema, distribuídos pelos três volumes e acompanhados de notas históricas, críticas e alegóricas no final de cada um. Cada volume tem um índice de matérias e uma errata no final.

Há registo de duas edições desta primeira tradução francesa, ambas publicadas em 1735, uma em Paris e a outra em Amesterdão. São em tudo iguais, até nas gravuras que incluem, diferindo apenas na folha de rosto. A de Paris apresenta no pé de imprensa quatro livreiros: Huart, David, Briasson, Clousier; a de Amesterdão apenas François l’Honoré.
Ambas as edições se encontram registadas na BNF (FRBNF30189366 e FRBNF41630007) e são anotadas por Inocencio (V, 270, 458-2 e XIV, 201-202, 164), que propõe que a mudança no rosto seria uma «conveniencia industrial» e referindo-se à de Amesterdão como uma contrafacção. A Porbase apenas regista a edição parisiense (CAM-209-P_3).

Publicada com um substancial atraso face a outros países europeus, sai, no ano de 1735, a primeira tradução integral de Os Lusíadas para francês, por Louis-Adrien Duperron de Castera (1705-1752). Apesar de defeituosa em alguns aspectos de compreensão textual, o seu valor é meritório. Trata-se de uma adaptação em prosa, acompanhada de notas e comentários, onde sobressai um conhecimento da mitologia clássica, aliado a uma certa erudição. Castera procurou, pontualmente, contradizer e explicar a atitude crítica de Voltaire, que havia já depreciado Os Lusíadas no seu Essai sur le poeme épique. Tal despertou acesas polémicas com o iluminista e com o abade Prévost.

 3 Volumes. 12.5x10 cm. [iv], lxix, [iii], 319, [i in bl.]; [iv], 364, [i], [iii in bl.]; [iv], 334, [i], [i in bl.] pp. Contemporary full leather bindings with raised bands, labels and gilt tools on spine. Decorative endpapers, with checkered patterns in the first two volumes and floral motifs in the third, on a bright gilt background. Marbled edges. With cloth marker ribons.

Illustrated with eleven engravings placed opposite the title page and the beginning of each canto, drawn by Bonnart and engraved by Jean-Baptiste Scotin (1698 - c.1755), although only the first two are signed. They depict mythological scenes, including episodes from the narrative expounded by Vasco da Gama to the king of Melinde - the death of Inês de Castro, the dream of King Manuel and the encounter with the Adamastor - and from the Twelve of England in Canto VI.

The title and half-title page are printed in black and red.

Copy with ownership oleographical stamp in the title-pages of all the volumes, although the ones of the first two are erased.

The last page of volume I has the number 31 instead of 319, a variant referred to by Inocêncio. In the second volume, pages 353, 356, 357, 360, 361, 362, 363, 364 have instead the numbers 453, 456, 457, 460, 421, 422, 423, 424, respectively.

On the pages in Roman numerals is a dedication in verse to the Prince de Conty; a preface in which the translator justifies the preference for the prose version, and sets out the plan of the work; a short biography of the author, with the translation of the encomiastic sonnet by Torquato Tasso to Luís de Camões, written in 1580, in French verse; the royal privilege for the printing, granted to J. Clousier for the space of six years. Then follow the cantos of the poem, spread over the three volumes and accompanied by historical, critical and allegorical notes at the end of each one. Each volume has a subject index and an erratum at the end.

There are records of two editions of this first French translation, both published in 1735, one in Paris and the other in Amsterdam. They are all the same, even in the engravings they include, differing only in the title page. The Paris edition has four booksellers names at the foot: Huart, David, Briasson, Clousier; the Amsterdam edition has only François l'Honoré. Both editions are registered in the BNF (FRBNF30189366 and FRBNF41630007) and are referred to by Inocencio (V, 270, 458-2 and XIV, 201-202, 164), who proposes that the change in the frontispiece was an "industrial convenience" and refers to the Amsterdam edition as a forgery. Porbase only records the Paris edition (CAM-209-P_3).

Published with a substantial delay compared to other European countries, the first complete translation of Os Lusíadas into French by Louis-Adrien Duperron de Castera (1705-1752). Although defective in some aspects of textual understanding, its value is commendable. It is a prose adaptation, accompanied by notes and commentaries, where a knowledge of classical mythology, combined with a certain erudition, stands out. Castera tried, punctually, to contradict and explain the critical attitude of Voltaire, who had already deprecated Os Lusíadas in his Essai sur le poeme épique. This aroused heated polemics with the Enlightened and the Abbot Prévost.

Referência/References:

Inocencio V, 270, 458-2 e XIV, 201-202, 164.

Porbase, CAM. 209 P.

BNF, FRBNF30189366 e FRBNF41630007.

Os Lusíadas: O Projeto de uma Edição e as Pinturas de Vieira Portuense (1765-1805), Gabriel Peres Marques, 2021. Pp. 65-66.

Sobre a Recepção de Os Lusíadas em França até ao Século XVIII, Sérgio Paulo Guimarães de Sousa, 1998. Pp. 11-13.

Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro, Volume II. Typ- Gr. Leuzinger &c Filhos, Rio de Janeiro, 1877. Pp. 320-321.

A universalidade de Camões nos fundamentos de uma Europa sem fronteiras: algumas traduções d’Os Lusíadas. Henrique de Almeida Chaves. 2013. Pp. 344-346.


Temáticas

Referência: 2301PG002
Local: M-7-E-19


Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters