A Iconografia do Livro Impresso em Portugal no tempo de Dürer. Distribuído por LYSIA - Editores e Livreiros, S.A.R.L. Lisboa. 1972.

De 25,5x18,5 cm. Com 119, [xlv] págs. Brochado. Profusamente ilustrado no texto e em extratexto com gravuras; extratexto impressos sobre papel couché.

Exemplar com cartão com errata nas folhas finais, fatura impressa da «Livraria Académica», marcas de desgaste na lombada e nas capas de brochura.

«Não há, que saibamos, na produção bibliográfica nacional, um único estudo consagrado à iconologia do livro português impresso. Pelo que diz respeito ao livro português manuscrito, Reinaldo dos Santos, pelo interesse entusiástico que votava à pintura, deu-nos ainda algumas achegas importantes. Mas foram achegas de pioneiro, pois que também a iluminura portuguesa medieval e renascentista continua a aguardar que surja uma sólida monografia que debata os seus problemas, apresentando-os numa perspectiva histórica correctamente definida e resolvendo-os ou, pelo menos, pondo-os: pôr os problemas é o que, antes de mais, importa. A iluminura, pela suas relações directas com a grande pintura, oferece porventura, pelo menos em Portugal, menos do que a iconologia do livro impresso. E não é devido, ao que pensamos, à complexidade da caracterização estilísticas dos temas figurativamente tratados. A razão é, em nosso entender, uma outra. Os investigadores portugueses não se têm apercebido da importância histórico-cultural da iconologia quatrocentista e quinhentista. Por outro lado, os nossos historiadores de arte não se sentem suficientemente preparados para abordarem a problemática da iconologia bibliográfica nos séculos XV e XVI, ou, então, não são sensíveis ao seu valor numa angolação crítico-histórica das formas figurativas, deixando estas insignificâncias para os especialistas ou técnicos - e temos tantos! - das questões relacioandas com o livro impresso.» - (p. 9)