Ilustrações: José Rodrigues. Prefácio: Paula Morão. Notal final... Publicações Dom Quixote. Lisboa. 2005.

De 29x25 cm. Com 149 págs. Encadernação do editor em tela com sobrecapa. Ilustrado com pinturas a cores. Impresso em papel couché.

Exemplar com etiqueta editorial na sobrecapa e dedicatórias manuscritas no anterrosto, uma delas do autor.

Edição comemorativa do 40.º Aniversário de Praça da Canção, com fixação de texto definitivo. Bandeira da luta contra a ditadura salazarista e revelação de um escritor — poema que nasce da circunstância de ele próprio ter participado na guerra colonial, ter feito oposição ao regime e ter sido preso e obrigado a exilar-se. As edições de 1965/1966 foram apreendidas pela PIDE. 

Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em 1936, em Águeda. Em 1961 é mobilizado para Angola. Preso pela PIDE, passa seis meses na Fortaleza de S. Paulo, em Luanda, onde escreve grande parte dos poemas do seu primeiro livro, Praça da Canção. Em 1964 é eleito membro do comité nacional da Frente Patriótica de Libertação Nacional e passa a trabalhar em Argel, na emissora Voz da Liberdade. Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974. Dirigente histórico do Partido Socialista desde 1974, foi vice-presidente da Assembleia da República, de 1995 a 2009, e é membro do Conselho de Estado. A sua vasta obra literária, que inclui o romance, o conto, o ensaio, mas sobretudo a poesia, tem sido amplamente difundida e aclamada. Foram-lhe atribuídos os mais distintos prémios literários: Grande Prémio de Poesia da APE-CTT, Prémio da Crítica Literária da AICL, Prémio Fernando Namora e Prémio Pessoa, em 1999. Ao seu livro de poemas Doze Naus foi atribuído o Prémio Dom Dinis.