Paço de Cidadelhe. Mezão-Frio. Portugal. Circa 1899-1922.

De 31x21 cm. Com cerca de 500 fólios sem numeração. Encadernação inteira de pele.

Encadernação muito desgastada, deve ser reencadernado. Com fortes vestígios de humidade e apresentando algumas páginas danificadas ou coladas entre si.

Manuscrito a várias mãos com o inventário da biblioteca do Paço de Cidadelhe, no que respeita a: obras musicais e de interesse musical; obras teatrais; jornais, revistas, almanaques, guias, publicações periódicas, Biografias, Retratos.

Segue-se a continuação do catálogo (agora baseado na Table Méthodique de Brunet / 6º tomo do Manuel do Libraire) com outros temas: Teologia; Jurisprudência; Ciências Físicas e Químicas; Ciências Naturais; Agricultura; Vinhas e Vinhos; Tratados Médicos Gerais (antigos e em latim); Cirurgia; Ciências Matemáticas; Belas Artes; Arquitectura; Artes Culinárias; Pescas; Equitação; Linguística; Poesia (clássica, neo-clássica, italiana, inglesa, alemã, sânscrito, etc); uma Camoniana dita: “Poema Os Lusíadas e todas as obras de Camões pela ordem cronológica das edições do texto e versões” (com 63 páginas com centenas de entradas); segue-se a Segunda Parte da Poesia (dramática, peças de teatro); Ficções em prosa (apenas 8 páginas deste catálogo), e Filologia.

Manuel Pereira Peixoto de Almeida Carvalhais (1856-1922) é a figura pública de referência de Cidadelhe, escreveu sobre Marcos Portugal na sua música dramática; e sobre Inês de Castro na ópera italiana como subsídios à história da ópera e da coregrafia italianas, no século XVIII, em Portugal.

Estudioso da ópera italiana, foi um célebre coleccionador de libretos, tendo reunido cerca de 16 mil obras. Com base nelas elaborou uma bibliografia das óperas italianas cantadas em Portugal durante o século XVIII, registando cerca de 500 títulos.

A Quinta do Paço, em Cidadelhe, segundo os seus proprietários, é a quinta cujo património histórico se assume como dos mais importantes do concelho de Mesão Frio. Nos seus arquivos particulares, onde se encontram mais de um milhar de documentos, existe uma carta de emprazamento datada de 1531 a provar a sua antiguidade.

 31x21 cm. With about 500 unnumbered folios. Full leather binding.

Worn out binding, should be re-bound. With strong traces of moisture and showing some pages damaged or glued together.

Multi-handwritten manuscript with the inventory of the library of the Paço de Cidadelhe, concerning: musical works and of musical interest; theatrical works; newspapers, magazines, almanacs, guides, periodicals; Biographies, Portraits.

This is followed by a continuation of the catalogue (now based on Brunet's Table Méthodique / 6th volume of the Manuel du Libraire) with other subjects: Theology; Jurisprudence; Physical and Chemical Sciences; Natural Sciences; Agriculture; Vineyards and Wine; General Medical Treatises (ancient and in Latin); Surgery; Mathematical Sciences; Fine Arts; Architecture; Culinary Arts; Fishing; Horsemanship; Linguistics; Poetry (classical, neo-classical, Italian, English, German, Sanskrit, etc.); a Camoniana said: "Poem The Lusiads and all the works of Camões in the chronological order of the editions of the text and versions" (with 63 pages with hundreds of entries); followed by the Second Part of Poetry (dramatic, plays); Prose Fictions (only 8 pages of this catalogue), and Philology.

Manuel Pereira Peixoto de Almeida Carvalhais (1856-1922) is the leading public figure from Cidadelhe, he wrote about Marcos Portugal in his dramatic music; and about Inês de Castro in Italian opera as subsidies to the history of Italian opera and choregraphy in 18th century Portugal.

A studious of Italian opera, he was a celebrated collector of librettos, having amassed around 16 thousand works. Based on them he compiled a bibliography of Italian operas sung in Portugal during the 18th century, recording around 500 titles.

Referências/References:

GONÇALVES, Manuel Silva; GUIMARÃES, Paulo Mesquita; PEIXOTO, Pedro Abreu - Arquivo do Paço de Cidadelhe. Vila Real: Arquivo Distrital de Vila Real. Câmara Municipal de Mesão Frio, 1996.