De Mr. de La Mettrie. Nouvelle Edition, Corrigée & augmentée. Tome Premier. [Tome Second. Tome Troisieme]. A Amsterdam, MDCCLXXIV. [1774].

3 Volumes de 14,5x9 cm. Com [iv], 282, [ii]; viii, 304; xii, 323, [i] págs. Encadernações inteiras de pele, com ferros a ouro nas lombadas e nas margens das pastas. Com cortes das folhas e folhas de guarda marmoreadas. Tem marcador em tecido. Ilustrado no texto com cabeções e vinhetas ornamentais.

Exemplar com desgaste nos cantos das pastas e danos nas extremidades das lombadas, e falha na pele da lombada do primeiro volume. Vol. I não preserva o marcador em tecido.

A importância das teses filosóficas de La Mettrie não cessou de crescer desde o século XVIII, e o seu elogio só é hoje igualado pelo ódio que suscitou no seu tempo devido à sua negação da ideia de alma e às suas teorias sensualistas. Foi o seu estudo da medicina que o levou a concluir que os fenómenos psíquicos são apenas o efeito de alterações orgânicas. As suas teses radicalmente materialistas, que reformulam o cartesianismo e as suas noções mecanicistas, fazem do homem um animal superior e suprimem a noção de alma, rejeitando qualquer ideia de Deus. Rejeitado em Paris e Leiden, foi acolhido em Berlim por Frederico II, radicalizando as suas posições nas suas obras. Opõe-se aos filósofos do seu tempo, defendendo uma busca da felicidade baseada nos prazeres dos sentidos, com a virtude reduzida ao prazer de amar, tese aplaudida pelo Marquês de Sade.

La Mettrie (1709-1751), médico e filósofo francês, natural de Saint-Malo, é um dos primeiros materialistas franceses do Iluminismo. É sobretudo recordado por tomar a posição de que os humanos são animais complexos e não têm mais alma do que outros animais. Considera que a mente é parte do corpo e que a vida deve ser vivida de modo a produzir prazer (hedonismo).

 3 Volumes. 14.5x9 cm. [iv], 282, [ii]; viii, 304; xii, 323, [i] pp. Full leather bindings, with gilt tools on the spines and edges of the boards. With marbled edges and endpapers. With cloth marker. Illustrated in the text with ornamental headpieces and vignettes.

Copy with signs of wear on the corners of the boards and damage to the ends of the spines, and flaw in the skin of the spine of the first volume. Vol. I does not preserve the cloth marker.

The importance of La Mettrie"s philosophical theses has not ceased to grow since the 18th century, and his praise is only equalled today by the hatred he aroused in his time due to his denial of the idea of the soul and his sensualist theories. It was his study of medicine that led him to conclude that psychic phenomena are merely the effect of organic changes. His radically materialist theses, which reformulate Cartesianism and its mechanistic notions, make man a superior animal and suppress the notion of the soul, rejecting any idea of God. Rejected in Paris and Leiden, he was welcomed in Berlin by Frederick II, radicalising his positions in his works. He opposed the philosophers of his time, defending a pursuit of happiness based on the pleasures of the senses, with virtue reduced to the pleasure of loving, a thesis applauded by the Marquis de Sade.

La Mettrie (1709-1751), a French physician and philosopher from Saint-Malo, is one of the first French materialists of the Enlightenment. He is mainly remembered for taking the position that humans are complex animals and have no more soul than other animals. He believes that the mind is part of the body and that life should be lived in such a way as to produce pleasure (hedonism).