I - Liquidações Politicas. Vermelhos e Azues [II - O Presente e o Futuro de Portugal]. Por... Companhia Typographica. Lisboa. 1896 e 1899.

2 Volumes de 22x16 cm. Com xv, 351, 82, [i]; xv, 430, [ii], 97, [ii] págs. Brochados. Ilustrado em extratexto no final do segundo volume com um diagrama desdobrável do respectivo valor da libra esterlina, referente aos câmbios Lisboa sobre Londres. 

Exemplar com capa posterior solta do miolo, rasgo sem interferir na leitura na página de prefacio, miolo partido e caderno solto do miolo do primeiro volume; carimbo oleográfico de posse na capa de brochura anterior, capa anterior solta do miolo, capa posterior parcialmente solta do miolo e danos na lombada com perca de papel do segundo volume; picos acidez e manchas de oxidação nas capas, rasgos e falhas de papel nas capas de ambos volumes.

Inocêncio XX, 285: "Augusto Fuschini ou Augusto Maria Fuschini, natural de Lisboa, oriundo de família italiana. O seu ascendente, Archangelo Fuschini, pintor italiano, estivera a trabalhar no Palácio da Ajuda. Nasceu em 1843. Estudou mathematica com muita distincção na Universidade de Coimbra e seguiu depois o curso de engenharia civil, sendo encarregado de diversas commissões, entre ellas chefe de serviço na Companhia dos Caminhos de Ferro portuguezes. Deputado nas legislaturas desde 1879 até 1904; vereador da Camara Municipal de Lisboa; do conselho de Sua Majestade, ministro de Estado Honorario, exercendo as funções no Ministerio da Fazenda em 1891 no gabinete presidido pelo conselheiro Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Collaborou em varios periodicos politicos sempre com independencia das agremiações. Falleceu em 1911. Os jornaes do dia seguinte ao seu passamento dirigiram á memoria do illustre extincto sentidas palavras de condolencia, pondo em destaque as excepcionaes qualidades do politico, conhecedor como poucos do seu difficil métier, a que alliava profundos dotes de coração. Acerca desta obra publicou o sr. Affonso Vargas referindo se aos maus processos adoptados na administração publica, dos quaes o sr. Fuschini não queria comparticipar, quando ministro; e notando que seria facil e proveitoso dar lhes remedio, o sr. Affonso Vargas remata a sua apreciação critica deste modo: «para obter este desideratum nada mais é necessario fazer de que cada um de nós pôr na consecução delle a mesma somma de independencia de espirito e de riqueza de caracter que o sr. Augusto Fuschini nos mostrou ter posto na factura das liquidações politicas, que sendo já por si um interessante livro, litterariamente fallando, constitue, melhor do que isso, documento inestimavel de coragem moral, de sacrificio voluntario e de desprendimenlo civico.»"