De 17,5x24 cm. Com 15 fólios cartonados. Encadernação da época do editor em tela de seda, com ferros a ouro sobre a pasta.

Contém 31 fotografias a preto e branco coladas nos dois lados dos fólios.

Catálogo ou mostruário comercial contendo os materiais decorativos produzidos pela fábrica em cerâmica, azulejos, peças de faiança e belos painéis de azulejos. 

Fundada em 1836, em Lisboa, a Fábrica de Faiança Constância, laborou até 2001. Inicialmente conhecida por Fábrica dos Marianos, por se ter instalado na Cerca do antigo Convento dos Marianos, nome que sofreu várias modificações, tendo sido definitivamente alterado para Fábrica Constância, em 1842. Nesta fábrica foram produzidos alguns dos azulejos que decoram o Palácio da Pena, em Sintra, e muitos dos azulejos Arte Nova que decoram as fachadas de alguns edifícios como é o caso do prédio da Rua das Janelas Verdes, com o Número 70/78.

A fábrica usou três processos na decoração dos azulejos: a estampilha (papel com desenho em aberto), a serigrafia (é aplicada uma rede que deixa em aberto a superfície para a reprodução do desenho; aplica-se a tinta e depois vai ao forno) e a pintura manual.

Em 1921, o artista italiano Leopoldo Battistini tomou de trespasse a fábrica onde trabalhou até à sua morte, em 1942. Em 1963, a fábrica foi reorganizada por D. Francisco de Almeida. Nela colaboraram diversos artistas, destacando-se o ceramista Wenceslau Cifka (Sec.XIX) e João Abel Manta, que a escolheu para a execução do paredão monumental da Av. Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Aqui também foram executados os azulejos que revestem o Oceanário de Lisboa, de autoria de Ivan Chermayet e Maria Portugal pintou faiança com trechos escritos e azulejos.

As instalações da Fábrica foram demolidas em 2018, para no seu local ser construído um condomínio, designado por Urbanização dos Marianos.

Ref. 

Gabinete Histórico e Cultural Pampulha, Blog, 2017. 

Marluci Menezes, e Sílvia Pereira. Memórias do fazer azulejo na Fábrica Constância, Azlab, Blog, 2017.