Empregados nos principaes centros vinhateiros do continente do reino. Apresentada Ao illustrissimo e excellentissimo senhor Ministro das Obras Publicas, Commercio e Industria pela Commissão nomeada em portaria de 10 de Agosto de 1866. Imprensa Nacional. Lisboa. 1867.

Junto com: SEGUNDA MEMORIA SOBRE OS PROCESSOS DE VINIFICAÇÃO EMPREGADOS NOS PRINCIPAES CENTROS VINHATEIROS DO CONTINENTE DO REINO. Apresentada ao illustrissimo e excellentissimo senhor Ministro das Obras Publicas, Commercio e Industria em resultado da excursão mandada fazer pela portaria de 24 de Agosto de 1867. Imprensa Nacional. Lisboa. 1868.

2 volumes de 25x17 cm. Com [iv], 70, 140, 79; [ii], 25, 128, 84 págs. Brochados.

Ilustrados no texto com figuras, tabelas e mapas, um dos quais desdobrável, no primeiro volume, com o título: «Paiz Vinhateiro da Bairrada».

Exemplar com ligeira perda de papel nas capas e leves manchas de humidade em algumas folhas. O primeiro volume apresenta restauro amador na capa posterior, danos na lombada, sublinhados a lápis e várias assinaturas de posse em letra coeva. O segundo, por abrir, tem em anexo seis páginas soltas, manuscritas em letra coeva.

Cada volume divide-se em três partes relativas ao norte do Douro, entre o Douro e Tejo, e sul do Tejo, sendo o estudo de cada região atribuído a cada um dos comissários.

O 2.º Visconde de Vila Maior, Júlio Máximo de Oliveira Pimentel (1809-1884), académico e político, notabilizou-se sobretudo na área da Química, quer como professor na Escola Politécnica de Lisboa, quer como cientista rigoroso e infatigável, empenhando-se também na aplicação prática da ciência à indústria e à agricultura.

João Inácio Ferreira Lapa (1823-1892) notabilizou-se, sobretudo, pelo seu importante contributo para o avanço dos conhecimentos na área da Tecnologia Agrícola. Foi diplomado pela Escola Médico-Veterinária do Salitre (1844/45) e, logo nesse mesmo ano, ingressou no professorado como lente da cadeira de Anatomia e Fisiologia daquela Escola. Ferreira Lapa foi o primeiro professor de Química no Ensino Agrícola e contribuiu, de forma decisiva, para o avanço dos conhecimentos na área que ficaria identificada com a chamada Química Agrícola.

António Augusto de Aguiar (1838-1887) foi um professor, investigador e político português. Formado em Ciências Naturais e Química pela Escola Politécnica, em 1860, passou a leccionar, um ano depois, nessa mesma escola, a disciplina de Química Mineral. Em 1864, leccionou Química Aplicada às Artes, no Instituto Industrial de Lisboa, sendo nomeado director em 1871. Enquanto político, António Augusto de Aguiar, membro da Maçonaria e simpatizante do Partido Constituinte, foi eleito deputado em 1879, um ano depois foi designado membro da Câmara Alta do Reino e, mais tarde, foi ministro das Obras Públicas.

Ref.: Inocêncio X, 276. Guilhermina Mota - Universidade de Coimbra, Joaquim Quelhas dos Santos - Universidade de Lisboa, Infopédia.