plantado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Cidade de Braga, em que se trata das Memorias da Fundação deste primeiro Convento do Reyno dedicado à Conceição purissima de nossa Senhora, e se expoem a vida da Veneravel D. Beatriz da Silva, Fundadora desta Ordem, e as de outras Religiosas illustres em Santidade, que no referido Convento floreceraõ desde o ano de 1629. até o de 1764. Dedicado a" Soberana, e sempre Immaculada Virgem maria em sua Conceiçaõ purissima: subdedicado ao Serenissimo Senhor Dom Gaspar, Arcebispo, Senhor de Braga, Primaz das Hespanhas. Composto pela M.^e Maria Benta do Ceu, Religiosa professa do mesmo Convento da Conceiçaõ de Braga. Lisboa. Na Officina de Manoel Coelho Amado, Ano de M. DCC. LXVI [1766]. Com todas as licenças necessarias.

In 8º de 19x14 cm. Com - [xxxii], 189, [iii] págs.

Encadernação inteira de pele mosqueada da época com nervos e ferros a ouro na lombada. Cortes das folhas mosqueados a vermelho. Impresso em papel avergoado.

Ilustrado com pequeno florão no frontispício; uma gravura xilogravada representando a Virgem Maria, encimada por uma oração em latim à Santíssima Trindade (Beata Trinitas) e abaixo com elogio, também em latim, a Maria imaculada, livre do pecado original; cabeções e capitulares decoradas com motivos vegetalistas.

Os primeiros fólios não numerados incluem Dedicatória à Virgem Maria e a D. Gaspar Arcebispo de Braga, Prólogo, Licenças e Índice.

A Ordem da Conceição de Maria foi fundada por D. Beatriz da Silva (Campo Maior, 1424 - Toledo, 1492) que em 1489 obteve de Inocêncio VIII, a bula ‘Inter Universa’ para a instituição da mesma, que seguia a regra adoptada pelos cistercienses. Em 1625, foi fundado o Convento de Nossa Senhora da Conceição de Braga por Geraldo Gomes, cónego da Sé de Braga, e seu irmão, Francisco Gomes, abade de Santa Maria de Adoufe, sendo a primeira casa da Ordem da Conceição de Maria, em Portugal. D. Beatriz da Silva foi beatificada em 1926 por Pio XI e canonizada em 1976 por Paulo VI.

A autora, religiosa desse convento, foi uma das suas biógrafas e também a principal impulsionadora do processo de beatificação de Madre Maria Custódia (1706 - 1739), religiosa da mesma Ordem.

De acordo com Inocêncio «D'este livro, destinado como se vê, a fazer parte das Chronicas das ordens religiosas em Portugal, creio serem raros os exemplares (...)».

Ref.: Inocêncio, VI, 136.