RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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ACCARIAS DE SÉRIONNE. (Jacques) LES INTÉRÊTS DES NATIONS DE L'EUROPE, DÉVÉLOPÉS RELATIVEMENT AU COMMERCE.

Tome Premier. [Tome Second] LEIDE, Chez ELIE LUZAC, M. DCC. LXVI. [1766].

2 volumes in 4º de 26,5x21 cm. Com [viii], 434; [vi], 387 págs. Encadernações da época inteiras de pele com rótulos, nervos e ferros a ouro na lombada. Corte das folhas carminado. Folhas de guarda decorativas da época em papel marmoreado. 

Folhas de rosto impressas a preto e vermelho adornadas com belos florões. O texto em caracteres redondos e com alguns itálicos na dedicatória e nos nomes dos capítulos. Adornado com pequenos cabeções e florões de remate.  

Exemplar com danos de manuseamento nos cantos das encadernações, com manchas nas margens das folhas ao longo de toda a obra, com um trabalho de traça na canto inferior das margens das páginas 193 a 370 do primeiro volume, com duas rubricas de posse diferentes, sendo uma delas coeva, na folha de rosto do primeiro volume, assim como na folha de anterrosto e na folha de rosto do segundo volume.  

Nas folhas de rosto, por baixo do pé de imprensa, apresenta o seguinte anúncio: Et se trouve à Leipzich, chez Weidmann & Reich; à Florence, chez Bouchard; à Naples, chez Gravier; à Londres, chez John Nourse. 

As folhas preliminares do primeiro volume contêm a dedicatória do autor à Imperatiz da Rússia, Catarina II, lista dos subscritores da edição, com o número de exemplares atribuído a cada um, e índice dos capítulos. As folhas preliminares do segundo volume contêm o índice dos capítulos. 

Edição muito rara em dois volumes, só referida por Barbier, publicada em Leide, (actual Leiden na Holanda) no mesmo ano da edição de Paris. A BNF não tem catalogado qualquer exemplar desta edição. Só possui um exemplar da edição de Desaint, Paris de 1766 e da edição do mesmo impressor e local de 1767, em quatro volumes e em formato mais pequeno. A obra foi publicada em todas as suas edições sem nome de autor, que foi identificado pelo referido Barbier.

Obra de excepcional interesse para o estudo da história da Europa, em que o autor, apesar de ser parcial na defesa dos interesses da França, mostra um profundo conhecimento da realidade da economia e da política da sua época e um notável capacidade de compreender os problemas fundamentais, apresentando soluções e propostas que viriam a ser consagradas pelos acontecimentos futuros durante o século XIX e XX.   

Nesta obra, tal como nas outras que publicou, Accarias de Sérionne destaca o valor e a importância das actividades comerciais para o estabelecimento da paz e o desenvolvimento das nações, aconselha soluções e apresenta projetos para possibilitar o desenvolvimento do comércio o que é visível no extenso capítulo que dedica a Portugal (página 19 a 72) onde analisa o tratado de Methuen celebrado, em 1703, entre a Inglaterra e Portugal, descreve o comércio nas colónias de Portugal em todo o mundo, em especial no Brasil, e defende que se o país tiver governantes hábeis e dedicados poderá voltar a ter uma riqueza comparável à época dos descobrimentos do séculos XV e XVI. A obra contém várias outras referências a Portugal, em especial às descobertas Marítimas, nas páginas 154 e 349 do primeiro volume, 116, 129, e outras do segundo volume. 

Nas páginas 72 a 154, no extenso capítulo sobre a Espanha (é o mais extenso dos capítulos dedicados a países) descreve desenvolvidamente as actividades comerciais deste país e das respectivas colónias assim como o comércio de escravos. O autor destaca a grande importância de Espanha (e também de Portugal) como fornecedora de matérias primas do seu império no Continente Americano, condena o que considera os abusos dos Holandeses e em especial dos Ingleses, analisa a obra de D. Bernardo de Ulloa e apresenta propostas próprias para um maior enriquecimento da Espanha através do comércio.       

O primeiro volume está dividido em vinte e cinco capítulos. Nos três primeiros o autor defende que o desenvolvimento do comércio é o melhor meio para garantir o equilíbrio entre as nações e a paz e descreve as actividades comerciais e a agricultura na Europa. Do quarto capítulo ao décimo nono são descritas as actividades comerciais em cada país europeu e nos seis últimos capítulos o autor apresenta a situação dos bancos, da circulação fiduciária, da Companhia das Índias e reflecte sobre as vantagens do comércio, sobre o comércio marítimo, sobre as relações entre o comércio e a população e sobre o comércio dos livros. 

No segundo volume, o capítulo vigésimo sexto é dedicado à exposição do enquadramento legal das actividades comerciais, no vigésimo sétimo o autor defende a grande importância das descobertas para o desenvolvimento do comércio e para a riqueza das nações, dando como exemplos Portugal e a Holanda, faz um elenco das descobertas por fazer incentivando as nações a descobrirem uma rota pelo norte desde Copenhaga até à China e ao Japão e retoma a ideia de Charles de Brosses para instalar uma feitoria nas terras austrais. 

No vigésimo oitavo capítulo trata dos impostos e no vigésimo nono e último capítulo, que é muito extenso, trata pormenorizadamente de todas as matérias que os negociantes têm de conhecer, tais como: a contabilidade, a correspondência, o crédito, os seguros e muitos outros. Na parte final deste capítulo o autor descreve o comércio na América, que era colónia da Inglaterra, o contrabando, os processos jurídicos, as questões relativas às sociedades e companhias e termina com uma reflexão em que defende que o comércio proporciona a felicidade aos que se dedicam a ele por dar ocasião a ajudar o próximo e os Estados.      

Jacques Accarias de Sérionne (1706 - 1792) historiador e tradutor francês. Publicou as seguintes obras: Le Commerce de la Hollande, ou, Tableau du commerce des Hollandois dans les quatres parties du minde, 1768; La Richesse de l"Angleterre, contenant les causes de la naissance & des progrés de l"industrie, du commerce & de la marine de la Grande-Bretagne, 1771; La Richesse de la Hollande, ouvrage dans lequel on expose l"origine du commerce & de la puissance des Holandois, 1778.    

FRBNF33984493 Edição de Desaint, Paris, 1766.    

Barbier. Dictionnaire des Ouvrages Anonymes. II, col. 954. 

Sabin nº 79234. 

Goldsmiths-Kress, n°10188.

Borba de Moraes I, 9. Descreve a primeira obra de Accarias de Sérionne sobre a Holanda e refere a edição em 4 volumes desta obra sem a descrever. 

  

 


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Referência: 2106PG002
Local: M-8-D-49

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