RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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BEALE DAVIS. (Richard) THE ABBÉ CORRÊA IN AMERICA, 1812-1820.

The Contributions of the Diplomat and Natural Philosopher to the Foundations of Our National Life. Preface by Gordon S. Wood. Afterword by Léon Bourdon. Gávea-Brown. Providence, Rhode Island. 1993.

De 21x14 cm. Com xi, 375 págs. Brochado. Exemplar com uma ligeira mancha de humidade na margem inferior, até à página 114.

Richard Beale Davies (1907-1981) publicou em 1955, na revista anual Transactions of the American Philosophical Society, um longo estudo sobre o cientista e diplomata José Correia da Serra (1751-1823), destacando o período da sua permanência nos Estados Unidos da América entre 1812 e 1820. O ensaio de R. Beale Davis servia como introdução à publicação de uma parte da correspondência trocada entre Correia da Serra e importantes figuras da vida política e científica americana, revestindo particular significado para a compreensão do seu relacionamento com Thomas Jefferson, 3.º presidente dos Estados Unidos.

A presente edição corresponde a uma reedição do trabalho de Beale Davies pela Gávea-Brown, em 1993, em formato de livro, acrescentado de um prefácio de Gordon Wood e de um posfácio do historiador francês Léon Bourdon, grande estudioso da carreira diplomática de Correia da Serra na América.

José Francisco Correia da Serra (Serpa, 1751 – Caldas da Rainha, 1823), ordenado presbítero em 1775, foi um cientista e diplomata de grande prestígio.

Começou os seus estudos em Itália, interessando-se por história natural (correspondeu com Lineu) e pelo estudo de línguas. Em Roma, licencia-se em direito canónico e abraça a vida religiosa. Em 1777 regressa a Portugal onde, com profunda intuição política e dotes diplomáticos invejáveis, inicia carreira na diplomacia, o que o leva a conhecer as principais capitais mundiais. É notável também o seu papel como fundador da Academia Real das Ciências de Lisboa.

À custa da sua apologia pela causa jacobinista em França, Correia da Serra abandona Portugal. Na transição do século XVIII para o XIX, exerceu actividade política em Londres e em Paris e, em paralelo, continuou as suas investigações na área da Botânica, fazendo parte de conceituadas sociedade científicas, como a Royal Society, e publicou vários trabalhos científicos. É curioso notar que o género botânico Correa é uma homenagem à sua pessoa.

No final da sua vida, por volta de 1812, viu-se novamente forçado a exilar por motivos políticos (terá sido instado por Napoleão para redigir um documento em que justificava e apoiava a invasão a Portugal, tendo recusado), desta vez rumo a Norfolk. Eventualmente, graças a inúmeras cartas de recomendação escritas por iluministas franceses, tornou-se amigo de Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos Estados Unidos, que o convidava frequentemente a juntar-se à sua família em Monticello, no estado da Virgínia.

Ref.: Universidade de Lisboa.


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Referência: 2105SB017
Local: I-74-G-16


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