IO. GOTTL. HEINECCII, IC. ET ANTECESSORIS. VINDOBONAE, Typis et svmt. IO. Thom. Trattner, Caef. Reg. Aulae Typogr. et Bibliopolae. 1757.

In 8.º de 17,5x11,5 cm. Com 564, [iii] págs. Encadernação inteira de pele mosqueada, com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro em casas fechadas na lombada. Corte das folhas carminado.

Obra impressa sobre papel avergoado.

Exemplar com picos de traça em quase todas as folhas, na região do canto inferior direito. Estes são mais significativos nas páginas 211 a 316 e atingem ligeiramente o texto, sem nunca comprometerem a leitura, nas páginas 211 a 250 e 275 a 316. Rótulo da lombada com falha de pele. Apresenta também anotações manuscritas a tinta e a lápis na folha de guarda posterior. Apresenta dois erros de paginação: página 69 numerada como 67 e página 245 apenas numerada "24".

Ilustrada com vinheta do editor na folha de rosto e com cabeções alegóricos e florões de remate.

Esta obra jurídica, escrita por um teórico do direito, aborda o direito civil em geral, concentrando-se em temas do direito comercial, direito da família e direito político.

Johann Gottlieb Heineccius (Eisenberg, Turíngia, 1681 - Halle an der Saale, 1741), filósofo e jurista protestante alemão, foi um defensor da Filosofia Jurídica, considerando que o Direito é uma ciência racional e não um conhecimento empírico. Desenvolveu um conjunto de princípios de direito e sobre eles construiu as suas teorias jurídicas sob a forma de um sistema filosófico. As suas ideias, baseadas num racionalismo dogmático, foram criticadas por Kant e ultrapassadas pelo liberalismo e outras correntes políticas.

Heinécio exerceu grande influência nos seguidores das ideias iluministas em Portugal e, em especial, no Marquês de Pombal e nos seus apoiantes, pois era defensor da monarquia absoluta. As obras de Heinécio passaram a ser obrigatórias no ensino de Direito na Universidade de Coimbra depois da Reforma Pombalina de 1772.