Subsídios para a história da acção da Armada de Espanha (Esquadras Nacionalista e Governamental) na Guerra Civil. Parceria António Maria Pereira, Livraria Editora. Lisboa. 1936-1938..

4 volumes encadernadas em um de 19,5x13 cm. Com 150; 189; 142; 204 págs. Encadernação com rótulos negros e ferros a ouro na lombada. Apresenta folhas de guarda decorativas e preserva as capas de brochura de todos os volumes.

Ilustrado em extratexto sobre papel couché com mais de 60 fotografias a preto e branco.

Exemplar com falha de papel na capa anterior do primeiro volume, que se encontra restaurada. O primeiro volume pertence ao quarto milhar e o terceiro volume ao primeiro.

Conjunto completo dos quatro volumes que compõem a obra:

1 - A TRAGÉDIA ESPANHOLA DO MAR. 2.ª edição: 4.º, 5.º e 6.º milhar. Parceria António Maria Pereira, Livraria Editora. Lisboa. 1936.

2 - AS DUAS ESPANHAS NO MAR. II Volume da «Tragédia Espanhola no Mar». Colaboração fotografica de oficiais da Armada espanhola. Parceria António Maria Pereira, Livraria Editora. Lisboa. 1937.

3 - MARINHEIROS DA ESPANHA EM GUERRA. III Volume da Tragédia Espanhola no Mar. Parceria António Maria Pereira, Livraria Editora. Lisboa. 1937.

4 - ÁGUAS DE ESPANHA ZONA DE GUERRA. IV Volume da Tragédia Espanholano Mar. Parceria António Maria Pereira. Sociedade Industrial de Tipografia. Lisboa. 1938.

A obra contém pormenorizadas descrições de todas as acções de guerra naval que ocorreram durante a Guerra Civil Espanhola entre Julho de 1936 e Outubro de 1938, com enquadramento da política internacional e referências à posição de Portugal durante o conflito. Inclui também descrições dos navios de guerra, das respectivas características técnicas e dos fuzilamentos de oficiais e marinheiros executados pelos dois lados em conflito.

No prefácio do primeiro volume pode ler-se: «história, dia a dia, da acção dos marinheiros espanhóis - nacionalistas e «vermelhos» - enfim, a tragédia espanhola no mar. [...]  Não será, porém, apenas um pedaço de história mas também um pouco de crítica, porque quem escreve estas linhas não compreende essa famosa disciplina revolucionária que se traduz pela anarquia entre milhares milhares de cabos e marinheiros a ezercer o comando de uma esquadra, em que os poucos oficiais que existem, não impõem pràticamente a sua autoridade». O último volume contém um extenso prefácio do Vice-Almirante Indalécio Nuñez.

Maurício Carlos Paiva de Oliveira (Abrantes 1909 – Lisboa 1972) foi um jornalista que se especializou em temas relacionados com o mar, tendo feito campanha contra o estado lamentável a que a marinha portuguesa chegou nos anos vinte do século passado. Foi director da Revista de Marinha desde a sua fundação em 1937, um dos fundadores do jornal «A Capital» em 1967 e director do Jornal do Comércio a partir de 1971.