Dirigida ao poderosissimo, e fidelissimo principe regente de Portugal D. JOÃO, nosso senhor, para uso do serenissimo principe da Beira, e seus augustos irmãos, por Fr. Diogo de Mello e Menezes, Monge do R. Padroado do Mosteiro de Belém, e Professor Régio da Lingua Latina. LISBOA: Na Offic. de Antonio Rodrigues Galhardo, Impressor dos Conselhos de Guerra, e do Almirantado. Anno M. DCCC. III. [1803]. Por ordem superior.

In 8.º de 18,5x12 cm. Com 95, [1 em br.] págs. Encadernação da época, inteira de pele, com ferros a ouro na lombada. Ilustrado no texto com tábuas e esquemas de ordem gramatical.

Exemplar com leves sinais de desgaste nas pastas, estando estas ligeiramente descoladas da charneira em alguns pontos. Com manchas e picos de humidade muito esporádicos no miolo. Tem uma ligeira mancha de humidade no canto inferior direito, na margem das primeiras quatro folhas. Com assinatura de posse manuscrita na folha de rosto.  A folha de guarda posterior encontra-se colada à respectiva pasta, desvelando estas vestígios de anotações.

Obra impressa sobre papel de linho avergoado.

Consta ainda da folha de rosto a seguinte citação: «Aspicias quantum deberis mihi pectoris Ipse, Quoque favore animi Teque, Tuosque colam».

Segunda edição, profusamente corrigida e aumentada, da obra com o título: «Novo Epitome da Grammatica latina moderna», publicada em 1795. Foram publicadas uma terceira edição, em 1817, no Rio de Janeiro, uma quarta edição 1823 e uma quinta, em 1835. A obra gerou forte polémica, tendo sido publicados louvores a seu favor e criticas contra ela, além de outras que ficaram manuscritas, a que o autor respondeu pelos menos com um impresso. Ver infra e em Inocêncio.      

Diogo de Mello e Menezes (Morilho, 1751 - Lisboa, 1847) Monge de S. Jerónimo, Professor régio de Gramática Latina no Mosteiro de Belém. Além da presente obra publicou: Guerra grammatico-critica, declarada por dous Professores a um, ou o arguente das conclusões atacado e desatacado: que para divertimento do publico da á luz á sua custa J. D. (João Dubeux, mercador de livros.) Madrid 1807; Crates Mallotes, ou critica dialogistica dos grammaticos defunctos contra a pedanteria do tempo. Escrita e publicada por Gulliver, que chegou ha pouco da outra vida. Lisboa, na Offic. de João Procopio Corrêa da Silva 1800.

Ref.: Inocêncio, II, 163 e 164