RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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ESTATVTOS DA VNIVERSIDADE DE COIMBRA. [1653]

Confirmados por el Rey nosso Snõr Dom IOAÕ O 4. em o anno de 1653. Impressos por mandado e orde[m] de MANOEL DE SALDANHA do Conselho de sua Magestade Reitor da mesma Vniversidade e Bispo Eleito de Viseo. EM COIMBRA. Com as Licenças necessárias. Na Officina de Thome Carualho Impressor da Vniversidade. Anno 1654.

In fólio 31x21,6 cm. Com 14, [vi], [vi] 330, 208, 10, [vi] págs. Encadernação excelente da época inteira de pergaminho flexível, com atilhos em pele, muito bem conservada, e com o título manuscrito à pena na lombada com elegante caligrafia. Cortes de folhas carminados.

Ilustrado com magnífico frontispício aberto a água forte, com traços paralelos e retocado a buril, e com uma gravura de página inteira também aberta a água forte com traços cruzados, ambos desenhados por Josefa de Óbidos, apesar de só a segunda estar assinada. Da grande pintora do século XVII são conhecidas apenas mais duas gravuras além das que ilustram este livro e Ernesto Soares destaca que a maneira de desenhar gravuras desta pintora é única nesta época em Portugal, factos que valorizam ainda mais a obra.

O frontispício apresenta o título enquadrado por um pórtico formado por pilastras onde se abrem nichos que contêm pequenas figuras alegóricas representando as ciências: Direito, Teologia, Matemática, Filosofia, Direito Canónico, Medicina, Retórica e Música. No frontão apresenta a figura da Sabedoria coroada e rodeada de livros, (Insígnia da Universidade sem a legenda) com a esfera armilar e as armas do Reino de Portugal por cima e ladeada por dois anjos sobre as pilastras com bandeiras desfraldadas e a tocar trombeta. No embasamento das pilastras vê-se uma tarja com o pé de imprensa.

A gravura, de aspecto sugestivo e hábil técnica, representa a Insígnia da Universidade de Coimbra, conforme definido pelos presentes estatutos na página 77 - uma mulher sentada, personificando a Sabedoria, com coroa real na cabeça, sustentando sobre o seu joelho esquerdo um livro aberto onde se lê Per me reges Regnant e legum conditores justa decernut. [Comigo os reis reinam e os juristas fazem leis justas]. Na mão direita sustenta um bastão encimado por uma esfera armilar e está rodeada de livros sobre um dos quais se vê um mocho.

Impressão em papel muito sonante, com o texto corrido, tanto nas peças preliminares como nas finais, e disposto em duas colunas nos estatutos com caracteres redondos e caracteres itálicos nas transcrições de documentos e nos títulos dos capítulos. Ornamentado com iniciais decoradas, cabeções e florões de remate nas páginas 6 e 14 da primeira numeração e nas páginas 134, 135, 261, 262 e 299 da segunda numeração.

Exemplar não apresenta um fólio em branco e dois fólios não numerados com alvarás que se costumam encontrar antes do "REPERTÓRIO DOS ESTATUTOS". Marca de humidade no canto superior direito na parte final da obra, com mais incidência a partir da página 159 do dito "REPERTÓRIO...", e rasgo marginal com perda de papel no último fólio, sem afectar texto.

Magnífico trabalho da tipografia portuguesa do século XVII e obra de extraordinária importância para o estudo da história da arte e da sociedade portuguesa do período da restauração. Estes conjuntos de disposições que regulavam o funcionamento da Universidade abarcavam um vasto campos de actividades e, sendo impossível nesta descrição referir todas, é de destacar o ensino da medicina e a proibição de nele admitir Judeus, Cristãos novos e mouros, a criação de bolsas de estudo para trinta estudantes Cristão Velhos e a sua futura admissão em cargos de que eram excluídos os que não tivessem essa condição, conforme está determinado no Alvará de Filipe II de Portugal de 1604 (Regimento dos Médicos e Boticários), que reproduzia, com mais restrições, a lei de D. Sebastião e que, ao ser publicado de novo neste ano de 1653, mantém em vigor as suas disposições.

Os estatutos da Universidade de Coimbra, ou seja a expressão codificada das leis académicas, são fontes primárias para a história das universidades, para a história do ensino, para a história de Portugal e, no caso presente, para um momento cimeiro da defesa da independência do país.

A primeira versão impressa dos Estatutos da Universidade de Coimbra foi publicada em 1591, a presente é a segunda editada seguramente pela necessidade de uma reforma no âmbito da Restauração. No tempo do Marquês de Pombal (1773), com a expulsão dos jesuítas e a radical alteração do conteúdo e dos métodos de ensino, publicou-se a terceira e última versão.

Conteúdo: Frontispício gravado; 14 páginas numeradas com Licenças, Fundação da Universidade, Lista dos Reitores e Divisão dos Estatutos da Universidade; duas páginas em branco; seis páginas sem numeração com o Alvará de 15-10-1653 e Provisão da Primeira confirmação; duas páginas em branco; seis páginas com a Taboada dos títulos dos quatro livros dos estatutos; trezentas e trinta páginas numeradas com os quatro livros dos estatutos; duzentas e oito páginas numeradas com o Reportório dos Estatutos; dez páginas numeradas com o Regimento dos Médicos e Boticários Cristãos Velhos; e seis páginas não numeradas com o respectivo Reportório.

Josefa Figueira de Ayala, conhecida como Josefa de Óbidos (Sevilha, 1630 – Óbidos, 1684) foi uma grande pintora portuguesa do período Barroco que goza de grande prestígio internacional, raro em artistas portugueses da época. Foi filha do pintor português de Óbidos, Baltazar Gomes Figueira, que iniciou a filha em diversas artes e apoiou o seu desenvolvimento e a sua carreira. É autora de pinturas de arte sacra, diversos retratos entre eles de membros da família real, magníficas naturezas mortas e gravuras. Dedicou-se também à modelagem de barro, ao desenho de figurinos, de tecidos, de acessórios vários e arranjos florais.

 In folio 31x21.6 cm. 14, [vi], [vi] 330, 208, 10, [vi] pp.

Binding: fine contemporary full parchment with leather ties, and title handwritten with quill on spine in an elegant calligraphy. Red edges.

Illustrated with a magnificent etched frontispiece, with parallel lines and retouched with a chisel, and another full page etching both drawn by Josefa de Óbidos, although only the second one is signed. Only two other engravings from this great painter of the 17th century are known and, as stated by Ernesto Soares, her way of drawing pictures for later engraving is unique in Portugal at her time.

The frontispiece has the title framed by a portico formed by columns where niches open up, containing small allegorical figures representing the sciences: Law, Theology, Mathematics, Philosophy, Canon Law, Medicine, Rhetoric and Music. The frontispiece shows the crowned figure of Wisdom surrounded by books (University insignia without the caption) with the armillary sphere and the coat of arms of the Kingdom of Portugal above and flanked by two angels on the columns holding flags and playing the trumpet. In the base of the columns we can see a strip with the imprint.

The engraving, which has a suggestive look and skilful technique, represents the Insignia of the University of Coimbra, as defined by the present statutes on page 77 - a seated woman, personifying Wisdom, with a royal crown on her head, holding on her left knee an open book which reads Per me reges Regnant e legum conditores justa decernut. [With me kings reign and jurists make fair laws]. In her right hand she holds a staff topped by an armillary sphere and is surrounded by books, with an owl standing on one of them.

Printed on very sound paper, with continuous text both in the preliminary and the final pages, and text in two columns in the statutes in round characters, and in italic characters in the transcripts of documents and chapter headings. Ornamented with decorated initials, headpieces, and tail-pieces on pages 6 and 14 of the first numbering and on pages 134, 135, 261, 262, and 299 of the second numbering.

Copy missing one blank folio and two unnumbered folios with “alvarás” usually found before the “REPERTÓRIO DOS ESTATUTOS”, with a moisture mark in the upper right-hand corner on the final part of the book, more evident from page 159 on of the said "REPERTÓRIO", and a tear with loss of paper in the last page, not affecting the text.

Magnificent work of 17th century Portuguese typography of extraordinary cultural importance.

The statutes of the University of Coimbra, i.e. the codified expression of the academic laws, are primary sources for the history of universities, for the history of teaching, for the history of Portugal, in this case, at a pivotal moment in the defence of the country’s independence.

Contents: Engraved frontispiece; fourteen numbered pages with Licenças (Licences), Fundação da Universidade (Foundation of the University), Lista dos Reitores (List of Rectors), and Divisão dos Estatutos da Universidade (Division of the University Statutes); two blank pages; six unnumbered pages with the Alvará of 15-10-1653 and Provisão da Primeira Confirmação (Provision of the First Confirmation); two blank pages; six pages with the table of titles of the four books of the statutes; three hundred and thirty numbered pages which contain the four books of the statutes; two blank pages; four pages with the Licenses to be included in the Statutes; two hundred and eight numbered pages with the Directory of Statutes; ten numbered pages with the Rules of the Old Christian Doctors and Apothecaries and six unnumbered pages with the respective Directory.

The first printed version of the statutes of the University of Coimbra was published in 1591. At the time of the Marquis of Pombal, with the need to remove the influence of the Jesuits, the third and last was published (1773).

Ref.:

Iberian Books C69866 [129885].

Ernesto Soares. História da Gravura Artística em Portugal. Livraria Sam Carlos. Lisboa. 1973. Nº 119 e 119, Vol. I. pág. 58.

Luiz Xavier da Costa. Uma Águafortista do século XVII (Josefa d'Ayala) Imprensa da Universidade. Coimbra. 1931.

Ameal 864.

Azevedo e Samodães, 1137.


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Referência: 2102NM028
Local: M-11-B-45


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