Por M. Alexandre Dumas. Vol. I. [Vol. II e III]. Bibliotheca Alexandre Dumas. Escriptorio da Empreza. Lisboa. S.D. [1870?]

3 Volumes encadernados em um de 17x12 cm. Com 236, [iii]; 237, [iii]; 216, [iii] págs. Encadernação com a lombada em pele e ferros a ouro. Com folhas de guarda em papel decorativo. 

Ilustrado com 18 gravuras de página inteira em extratexto sobre papel couché, com legendas, numeradas e indexadas no final de cada volume; da autoria dos gravadores/desenhadores Alberto e Rafael.

Exemplar com etiqueta da Lisboa & Cia. Livraria Industrial e Encadernadores no interior da pasta anterior.

Segunda edição portuguesa ilustrada. A primeira edição portuguesa desta obra, não ilustrada, foi publicada por Tipografia Fenix e Tipographia de Martins. Lisboa, em 1845, 1846 e 1847, em 4 vols.  In 8º (de 15x10 cm) com 240 [1], 286, + 278, [1], 296, [7] pags. (Ver noosa referência: 3003LC146 ). A edição original francesa, não ilustrada, foi publicada em 1844. A primeira edição francesa ilustrada foi publicada por Fellen et Dufour, Paris, 1846, In 8 Gr. (15,5x24,3cm), 518 pags.

Vicaire, (Dictionnaire des Œuvres), III, 359-360: «Un chef-d’œuvre inégalé. L’un des livres les plus lus dans le monde entier.» 

Os heróis destas aventuras são quatro cavalheiros, amigos inseparáveis, e mosqueteiros do rei de França Luís XIII [...] Alexandre Dumas criou este novo género literário, explorando a atracção que a história da França tinha no público, e aproveitando a publicação de crónicas e memórias do passado que estiveram na origem da moderna historiografia, em França, no início do século XIX. Dumas, como fundador deste género, permanece como o modelo desta literatura. 

Com esta obra revive-se o carácter de toda a História: a época medieval das aventuras de cavalaria; o século XVII dominado por Richelieu o fundador da França moderna; e a época do romantismo e os heróis excepcionais que entretanto desapareceram da sociedade contemporânea e que encontraram refúgio nos romances. O autor colocou aqui toda a sua arte: a surpresa; a velocidade, o humor, acólera, e um sentido de mistério e de grandeza. O leitor é levado num instante para a aventura, como D'Artagnan; levado para a sedução como Aramis; levado para a força herculea de Portos, levado par a profundidade poética de Athos, que é um poeta como Alexandre Dumas. (Texto recolhido da edição anotada por Gilbert Sigaux, com introdução de Roger Nimier).

[FR]  Les Trois Mousquetaires. Les héros de ces aventures sont quatre gentilshommes, amis inséparables, mousquetaires de Louis XIII. [...] Alexandre Dumas créait un genre nouveau en exploitant l’attrait qu’avait l’histoire de France auprès du public et en profitant de la publication des chroniques et des mémoires entreprise à la suite du vaste mouvement qui avait créé l’histoire moderne en France au début du XIXe siècle. Fondateur de ce genre, Dumas devait en rester le modèle.