RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 78930

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



VIEIRA LUSITANO. (Francisco) GRAVURA - SÉC. XVIII - FRONTISPÍCIO DA MEROPE.

Para a edição da tradução da Merope do Marquês Scipione Maffei, por Francisco José Freire, Cândido Lusitano.  Franc. Vieira Lusitano inv. Lisbona. Carlo Gregori scolpi Firenze. [1753?]

De 32,1x23,5 cm. Gravura 17x11,7 cm. Acondicionado em moldura simples de madeira castanha com esquadria dourada, sem passepartout, realizada por Foto Correia de Oliveira do Hospital. 

Bela e fina gravura a talhe doce e água forte de tracejado miúdo, regular e cheio, de lavor muito acabado em meias tintas e sombreados, perfeitos em modelados e fundos. Trata-se de uma prova impressa no século XX com a chapa original.  

Foi desenhada e aberta para servir de frontispício ao livro da tradução da tragédia Merope do Marquês Scipione Maffei, por Francisco José Freire, Cândido Lusitano. Actualmente não é conhecido nenhum exemplar da edição, não se sabendo se chegou a ser publicada, mas o manuscrito está conservado na Biblioteca de Évora.   

A gravura é muito complexa como são todas as gravuras alegóricas deste célebre pintor e gravador português e nela é representada a consagração do valor poético e teatral da Tragédia Merope e do teatro em geral com grande profusão de motivos da mitologia greco-romana. 

À direita, no solo, podem ver-se algumas papoulas e muitos livros atirados sem ordem, sendo, na lombada de um deles, visível o nome de Séneca. Ao lado, um génio alado, adolescente, virado para a esquerda, apoia a mão direita sobre um grande crivo e segura no braço esquerdo, uma resma de outros livros, cujas lombadas apresentam, em primeiro lugar o nome da obra 'Merope' e os nomes dos autores franceses Corneille e Racine e gregos, Sófocles e Eurípedes. O génio alado faz menção de ajoelhar no degrau de um estrado onde se encontra uma figura feminina [Melpoméne, musa da tragédia], em pé, ricamente vestida e segurando um punhal na mão esquerda, e coroa de louros na direita.

Por trás Apolo, resplandecente, sustenta a lira, em cujo travessão está inscrito 'FVIEIRA', contra o peito, enquanto que do lado direito, Mercúrio desliza, apontando o génio, e entre as nuvens, a Fama cavalga Pégaso, tocando trombeta em frente ao disco do sol, cuja luz afasta morcegos. No canto esquerdo do primeiro plano, outro génio de aspecto infantil, indica com a mão direita a figura feminina e com a esquerda levanta uma tela, descobrindo no solo um amontoado de coroas, ceptro e outros adereços teatrais com a inscrição Poliphemus. Do mesmo lado, mais para cima, pelas costas das figuras que estão sobre o estrado, aparece parte de uma árvore e um alto plinto, com vaso ornamental cheio de verdura.     

Adaptado com alterações e aditamentos de Xavier da Costa, 140-143 

Francisco Vieira de Matos (Lisboa, 1699-1783), mais conhecido por Vieira Lusitano, foi um pintor, ilustrador e académico de mérito da Academia de São Lucas, de Roma. Foi cavaleiro professo na Ordem de Santiago da Espada, pintor histórico da Casa Real Portuguesa e ilustrador de múltiplas obras coevas.

Ernesto Soares 

Luís Xavier da Costa, Francisco Vieira Lusitano Poeta e Abridor de Águas Fortes. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1929. pág. 138-144.   

Inocêncio III, 79 «Francisco Vieira Lusitano, Academico de merito da Academia de S. Lucas em Roma, onde estudou a pintura como discipulo de Trevisani. Deixou primorosos monumentos da sua arte, que ainda se conservam, além de outros em maior número, que foram destruidos pelo terremoto de 1755.[...]»

 18th CENTURY ENGRAVING - MEROPE FRONTISPIECE. For the edition of the translation of Merope by Marquês Scipione Maffei, engraved by Francisco José Freire, Cândido Lusitano. Franc. Vieira Lusitano inv. Lisbona. Carlo Gregori scolpi Firenze. [1753?]

32.1x23.5 cm. Etching 17x11,7 cm. Mounted in a simple brown wooden frame with a golden filet, without passepartout, made by Foto Correia from Oliveira do Hospital.

Beautifull intaglio etching, with small strong regular lines, of fine workmanship in shades and halftones. 20th century print using the original plates.

It was drawn and etched to serve as a frontispiece to the edition of the translation of Marquis Scipione Maffei “Merope” tragedy, by Francisco José Freire, Cândido Lusitano. At present, no copy of the edition is known (probably was never printed), but the manuscript is kept in the Library of Évora.

The engraving is very complex, as all the allegorical engravings of this famous Portuguese painter and engraver, and in it is represented the consecration of the poetic and theatrical value of the Merope Tragedy, and theatre in general, with a great profusion of motifs from Greek-Roman mythology.

On the right, on the ground, you can see some poppies and many scattered books, with the name Seneca visible at the spine of one of them. To the side, a teenaged winged genius, facing left, rests his right hand on a large sieve and holds on the left arm a ream of other books, whose spines present, in the first place, the name of the work "Merope" and the names of French authors Corneille and Racine and Greeks Sophocles and Euripides. The winged genius mentions kneeling on the step of a platform where a female figure [Melpoméne, muse of tragedy] stands, richly dressed and holding a dagger in her left hand, and a laurel wreath on her right.

Behind, Apollo, resplendent, holds the lyre, in whose dash is inscribed 'FVIEIRA', against his chest, while on the right side, Mercury slides pointing the genius, and among the clouds, Fame rides Pegasus, playing the trumpet in front of the sun, whose light drives away bats. In the left corner of the foreground, another genius with a childish aspect, indicates with his right hand the female figure and with his left he raises a canvas, discovering on the ground a heap of crowns, scepters and other theatrical props with the inscription Poliphemus. On the same side, further up, on the back of the figures on the platform, appears part of a tree and a tall plinth, with an ornamental vase full of greenery.

Adapted from Xavier da Costa 140-143, with amendments and additions.

Francisco Vieira de Matos (Lisbon, 1699-1783), better known as Vieira Lusitano, was a painter, illustrator and scholar of merit at the Academy of St. Luke in Rome. He was a knight professed in the Order of Santiago da Espada, historical painter of the Portuguese Royal House and illustrator of multiple coeval works.

Referências/References

Ernesto Soares

Luís Xavier da Costa, Francisco Vieira Lusitano Poeta e Abridor de Águas Fortes. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1929. pág. 138-144.

Inocêncio III, 79 «Francisco Vieira Lusitano, Academico de merito da Academia de S. Lucas em Roma, onde estudou a pintura como discipulo de Trevisani. Deixou primorosos monumentos da sua arte, que ainda se conservam, além de outros em maior número, que foram destruidos pelo terremoto de 1755.[...]»


Temáticas

Referência: 2010PG015
Local: Gravureiro Gav. 2-2


Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters