RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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NAÇÃO PORTUGUESA, REVISTA DE FILOSOFIA POLÍTICA.

Director: Alberto Monsaraz. Secretario: Nuno de M. Teixeira. Editores França e Armenio. Coimbra. Lisboa. 1914 - 1932.

28 volumes de 26x19 cm. Com 404; 626 e 295, cxxvi; restantes volumes com cerca de 170 págs cada. 3 volumes com encadernação com lombada e cantos em pele, com ferros e título a ouro na mesma; restantes volumes são brochados. Os volumes encadernados preservam as capas de brochura. Ilustrados.

Exemplares encadernados com desgaste na lombada e cantos das capas e manchas de oxidação. O primeiro volume preserva as capas de brochura de cada número da revista, mas os restantes dois volumes já não preservam as capas de brochura.

Exemplares dos volumes brochados com manchas de oxidação, capas soltas e margens das folhas gastas.

Volumes Encadernados: Volume I - contém os 12 primeiros fascículos do ano 1; Volume II - contém 2ª série de 1922; Volume III - contém a 3ª série de 1924;

Volumes brochados: 4ª série - contém 10 fascículos (falta 1º e 3º): 5ª série - Contém 11 fascículos (falta o 3º); 6ª série - Contém 3 fascículos (2º, 3º e 11-12º); 7º Volume - contém apenas o fascículo VII.

Conjunto notável desta importante revista do Integralismo Lusitano, com falta de números e com falta dos últimos 6 anos, pois a revista publicou-se até 1938. 

Revista fundada em 1914 (1º Número publicado em 8 de Abril) Director Alberto de Monsaraz, que era o órgão oficial do Integralismo Lusitano. A 1ª série com 12 números terminou em Novembro de 1916,

A 2ª Série, com o novo subtítulo: Revista de Cultura Nacionalista, tem como director António Sardinha, Domingos de Araújo como secretário e publicou-se de Julho de 1922 a 1923.

A 3ª Série, com o mesmo subtítulo que se irá manter até ao fim tem António Sardinha como director e Manuel Múrias como secretário e publicou-se de 1924 a 1926. 

A 4ª Série, tem como director Manuel Múrias que exercerá estas funções até ao fim da publicação em 1938. 

A 5ª Série que se publicou de 1928 a 1929 marca uma cisão no movimento do Integralismo Lusitano como os seus colaboradores a aproximarem-se das posições políticas de apoio às forças políticas que apoiaram a criação do Estado Novo sendo seu director Manuel Múrias e, significativamente, Marcelo Caetano seu Secretário.   

A 6ª Série pubicou-se de 1929 a 1932 e depois foram sendo publicados volumes, um por ano, até 1938.   

Os objectivos da publicação da Nação Portuguesa visaram estabelecer um programa subordinado à defesa da monarquia orgânica tradicionalista e anti-parlamentar, visando duas grandes tendências: concentradora (nacionalismo) e descentralizadora. Na tendência concentradora destaque-se o poder pessoal do rei como chefe do Estado, que contempla a função governativa suprema, a função coordenadora, fiscalizadora e supletória das autarquias locais, regionais e profissionais. Tendência descentralizadora no aspectoeconómico (empresa, corporação e nação económica ou política económica do governo central), aspecto familiar administrativo (família, paróquia, município e nação administrativa cujo órgão era a Assembleia Nacional assistida pelo conselho técnico geral); aspecto judicial (julgado municipal, tribunal provincial, supremo tribunal de justiça e conselho superior da magistratura) aspecto espiritual (“O que nós queremos”, n.º 1, Abril de 1914).

No campo da orientação historiográfica a Nação Portuguesa recorreu aos autores contra-revolucionários portugueses. No final de cada número da revista, surgem de modo evidente e destacado, num género de biblioteca que serviu de referência aos estudos e leituras integralistas, os seguintes nomes que se destacam no pensamento contra-revolucionário luso: Faustino José da Madre de Deus, José Agostinho de Macedo (Fernando Campos, “No Centenário da morte do Pe. José Agostinho de Macedo”, vol. VII, 1931-32) e Frei Fortunato de S. Boaventura (Fernando Campos, “D. Frei Fortunato de S. Boaventura, Mestre da Contra-Revolução I, II, III e Conclusão”, série V, 1928; n.º 2, 1928; n.º 3, 1928 e n.º 4, 1928).

A existência de uma biblioteca de autores genuinamente portugueses contra-revolucionários, formulada através de uma autêntica genealogia que vai de Santo António de Lisboa até ao século XIX, de Alexandre Herculano, de Ramalho Ortigão (Alberto de Monsaraz, “Ramalho de Ortigão”, n.º 9, Outubro de 1915, António Sardinha, “A família de Ramalho”, n.º 11, 1926 e n.º 12, 1926), de Eça de Queiroz (Hipólito Raposo, “Pensamento político de Eça de Queiroz”, n.º 12, 1916) e de Oliveira Martins (João Ameal, “Escritores Nacionalistas”, série VI, 1931), prende-se com a reivindicação integralista em rebater a acusação republicana de que o Integralismo Lusitano seria uma mera importação intelectual francesa, ligada à Action Française de Charles Mauras.

Manuel Múrias sintetizou exemplarmente os propósitos do combate intelectual que a revista Nação Portuguesa se propôs debater com a opinião pública portuguesa no decurso da sua existência, a saber: a críticada democracia, do parlamentarismo e do comunismo, a rectificação dos fundamentos da cultura portuguesa, bem como assinalar eventuais vícios dominantes, quiçá das suas notadas deficiências e apresentação das soluções «rasgadas e salvadoras», que o autor admitia que ninguém as sugerira tão bem como os vários colaboradores da Nação Portuguesa (Manuel Múrias, “No mesmo rumo”, vol. IX, 1934). 

Os seus principais colaboradores foram: Alberto de Monsaraz, António Sardinha, Adriano Xavier Cordeiro, Amadeu de Vasconcellos («Mariotte»), Hipólito Raposo, José Adriano Pequito Rebelo, Luís d’Almeida Braga, Rolão Preto, Simeão Pinto de Mesquita, Afonso Lopes Vieira, João Amaral, Manuel Múrias, Alfredo Pimenta, Garcia Pulido, Caetano Beirão, Fernando Campos, J. Lúcio de Azevedo, Rodrigues Cavalheiro, João Ameal, Marcello Caetano, Martinho Nobre de Melo, Mussolini, Gonçalves Cerejeira, entre outros.

Como dissemos acima a revista Nação Portuguesa em 1928, a partir da 5ª série, ficou nas mãos de dissidentes do Integralismo Lusitano, Manuel Múrias, Marcelo Caetano e outros, em rutura assumida com a Junta Central, por se aproximarem de um apoio ao que seria o Estado Novo.

A referida Junta Central do Integralismo Lusitano passou a editar a revista Integralismo Lusitano - Estudos Portugueses, dirigida por Luís de Almeida Braga e Hipólito Raposo, membros da Junta, que se publicou de 1932 a Março de 1934, e que foi a última publicação periódica fundada e dirigida pela primeira geração do Integralismo Lusitano, aqui em crescente rejeição de todo o ambiente político da época, no seu combate à Monarquia Constitucional, ao Liberalismo, à República Portuguesa, e inclusivamente ao Estado Novo de Oliveira Salazar.

Ref: 

Nuno Simão Ferreira. Nação Portuguesa. Coimbra (1914 a 1938) Dicionário de Historiadores Portugueses da Academia das Ciências ao Final do Estado Novo. 

 

 


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Referência: 2008SA132
Local: I-51-F-1

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