Com 15 desenhos a cores de Octávio Araújo. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 1975.

De 30,5x30,5 cm. Com 51 págs.

Encadernação com a lombada e cantos em pele, com ferros a ouro e rótulo azul.

Inclui 15 ilustrações a cores especialmente encomendadas ao artista Otávio Araújo.

Exemplar nº 444/3000 com ex libris de Luís Miguel Rosa Dias.

Inclui textos de Luís Forjaz Trigueiros e de Carlos Lacerda.

Magnífica edição realizada pela Gráfica Borrelli e com acabamento de Encadernações Lucro, com os desenhos impressos sobre papel muito encorpado e com o texto impresso sobre papel Desenho.

A Ode Marítima de Fernando Pessoa foi publicada no nº 2 de Orpheu de Julho de 1915, atribuída e assinada por “Álvaro de Campos, Engenheiro” e é um dos mais exaltantes momentos da poesia e do Modernismo em Portugal.

Foi considerado por Eduardo Lourenço “um dos mais grandiosos e profundos poemas de que pode orgulhar-se a língua portuguesa” e por Adolfo Casais Monteiro “um dos mais geniais poemas de qualquer época da literatura universal”.

A “Ode Marítima” é uma celebração efusiva do imaginário marítimo aventureiro, uma resposta ao «Chamamento confuso das águas», a expressão de uma possessão pelo «delírio das coisas marítimas», com uma rica intertextualidade com obras das literaturas de língua inglesa de tema marítimo e com a obra de Cesário Verde. Caracteriza-se por uma dramatização da tensão entre fenómeno exterior observado e sentimento íntimo experimentado o que é imediatamente sensível no convívio estreito entre procedimentos de escrita tradicionalmente poéticos e toda a sorte de prosaísmos discursivos que vão permeando os versos.

Nessa perspectiva, é inegável que não há lugar onde melhor se exprima em português, do que na “Ode Marítima, o desejo e a necessidade de inventar outra língua para a poesia, reforçado pelo uso de invocações, apóstrofes e onomatopeias, condição necessária do “modernismo”.

 30.5x30.5 cm. 51 pp.

Binding: Half calf with gilt tools and blue label on spine.

Illustrated with 15 colour prints by Otávio Araújo specially ordered for this edition.

Copy nº 444/3000 with ex libris of Luís Miguel Rosa Dias.

Includes texts by Luís Forjaz Trigueiros [“The Poem and The Author”] and Carlos Lacerda [“The Illustrations and their Author”].

Magnificent edition made by Gráfica Borrelli and with the finishing of Encadernações Lucro, with the drawings printed on very thick paper and the text printed on Drawing paper.

The Ode Marítima by Fernando Pessoa was published in Orpheu's no. 2 of July 1915, attributed and signed by "Álvaro de Campos, Engineer" and is one of the most exalting moments of poetry and Modernism in Portugal.

It was considered by Eduardo Lourenço "one of the greatest and deepest poems of which the Portuguese language can be proud" and by Adolfo Casais Monteiro "one of the most brilliant poems of any era of universal literature".

Ode Marítima" is an effusive celebration of the adventurous maritime imaginary, a response to the "confusing call of the waters", the expression of a possession for the "delirium of maritime things", with a rich intertextuality with works of English-language literature on maritime themes and the work of Cesário Verde. It is characterized by a dramatization of the tension between the observed external phenomenon and the intimate feeling experienced what is immediately sensitive in the close coexistence between traditionally poetic writing procedures and all kinds of discursive prosaicisms that spread throughout the verses.

In this perspective, it is undeniable that there is no place where it is better expressed in Portuguese than in "Ode Marítima, the desire and the need to invent another language for poetry, reinforced by the use of invocations, apostrophes, and onomatopoeias, a fundamental condition of "modernism”.

Ref.: Modernismo, Arquivo Virtual da Geração do Orpheu. Gustavo Rubim. Ode Marítima.