Desde os Tempos Primitivos Até A Fundação da Monarchia e desta Epocha até Hoje, Obra Inteiramente Inedicta. Edicção Adornada de Gravuras. Typographia de Jose Carlos d" Aguiar Vianna. Lisboa. 1852. 

In fol. de 32,5x21,5 cm. Com 1256, [iv] págs. Encadernação da época com a lombada em pele, com ferros a ouro e rótulo.

Ilustrada com retratos dos reis de Portugal e com cenas dos principais episódios da história de Portugal, no texto, que está impresso a duas colunas, com notas de rodapé, por vezes, muito extensas. 

As páginas finais contêm o índice e um posfácio do autor, datado de 12 de Dezembro de 1853, em que afirma que escreveu esta obra em 18 meses e que foi obrigado a pedir a exoneração das suas funções no Tribunal de Contas para efectuar as pesquisas necessárias e para a escrever.   

O autor, que cita Herculano e segue alguns dos seus pontos de vista, defende que os antigos lusitanos nada têm de comum com o actual Portugal.   

Edição rara que é um importante subsídio para o estudo da história de Portugal e da Historiografia Portuguesa no século XIX.   

Francisco Duarte de Almeida e Araujo (Lagos 1816 - Lisboa 1877) Formado em escolas religiosas dos Padres do Oratório e nos cursos do Mosteito de S. Vicente de Fora foi um prolífico jornalista e escritor. Funcionário público desde 1839, serviu entre outras funções no Tribunal de Contas, em 4 de Abril de 1857, foi nomeado Redactor das sessões da Câmara dos Pares, merecendo por vezes louvores e elogios pelo seu desempenho. Serviu ainda cumulativamente o cargo de Solicitador da Fazenda Nacional na sexta vara da comarca de Lisboa, para o qual foi nomeado por concurso, em 1 de Agosto de 1857. Em política foi apoiante do Presidente do Ministério, Costa Cabral, Conde de Tomar, escrevendo artigos de cariz político em diversos jornais da época. 

Jornalista, com vasta e prolongada colaboração em grande número de publicações periódicas da sua época. Escreveu peças de teatro e muitas obras de divulgação histórica: entre elas a Crónica da Rainha D. Maria II.

Inocêncio II, 371 e IX 284-286.