Director Litterario Manoel Pinheiro Chagas. Gerente e Proprietário Augusto de Sampayo Garrido. Typ. De Christovão A. Rodrigues. Lisboa. 1881-1887.

3 volumes (com 156 números) de 37x27 cm. Com [iv], 416; [iv], 416; 416 págs.

Encadernações da época com lombadas em pele com ferros a ouro realizadas por António A. Ferreira, encadernador de Ponta Delgada, cujas etiquetas estão coladas no interior das pastas de cada volume. Faltam cerca de dois ou três números finais, que foram publicados posteriormente e espaçadamente no tempo, por problemas financeiros do editor.

Ilustrado com magníficas gravuras de grandes dimensões, acompanhadas de comentários, a maior parte sobre acontecimentos históricos de países europeus e reproduzindo obras de pintores estrangeiros contemporâneos, mas em que se destacam aspectos do Mosteiro dos Jerónimos antes das obras de restauro (3-9-1882), 2 gravuras do Palácio da Pena em Sintra, (24-12-1882 e 28-1-1883), o Hospital de S. Januário em Macau (29-07-1883), a basílica se Santo António, em Pádua (28-10-1883), o Papa Leão XIII, por ocasião dos confrontos em Roma durante a trasladação do corpo de Pio IX (31-7-1881) e gravura de S. Francisco de Borja e D. Isabel de Portugal (21-8-1881).

Texto impresso a três colunas. As folhas preliminares dos dois primeiros volumes, contêm as folhas de rosto de cada ano e os índices de gravuras e de artigos, organizados por assuntos e impressos a quatro colunas. Publicação muito rara, só a BNP tem uma colecção completa.

Colecção composta por 3 volumes com: 1º volume com 52 números publicados entre 20 de Fevereiro de 1881 e 12 de fevereiro de 1882; 2º volume com 52 números publicados entre 26 de fevereiro de 1882 a 18 de Fevereiro de 1883 e o 3º volume com 52 números publicados entre 22 de Abril de 1883 e 30 de Janeiro de 1887 (a publicação é regular até ao número 34 de 28 de Dezembro de 1883 e a partir do número 35 de 25 de maio de 1884 a publicação torna-se espaçada e irregular).

Falta, pelo menos, o último número publicado em 18 de Março de 1888 e o prospecto com 4 páginas que foi publicado para anunciar o início da publicação. Manoel Pinheiro Chagas só começou a exercer as funções de Director Literário a partir do número 11, de 1881.

Colaboradores literários do 1º volume: Alberto de Oliveira, Alfredo Brehat, Alphonse Daudet, Augusto V., Brito Aranha, Bulhão Pato, Castro Alves, Constant Amero, Christovão Ayres, Cunha Bellem, Cunha e Sá, Delphim de Almeida, E. A., Elie Berthet, Eugenio Chavette, Fernando Caldeira, Francisco do Amaral, Gastão Mesnier, Gervasio Lobato, Gonçalves Crespo, Guerra Junqueiro, Guimarães Fonseca, Jayme de Séguier, João de Mendonça, João Tedeschi, José António de Freitas, José de Sousa Monteiro, Júlio Cezar Machado, Júlio de Magalhães, Latino Coelho, Luiz Guimarães, júnior, Luiz Osorio, Pinto Ribeiro, Thomaz Wood, Urbano de Castro, Victor Tissot, V. de Castilho e outros.

No 2º volume acrescem A. Cezar de Lacerda, A. Xavier Rodrigues Cordeiro, Accacio Antunes, Abylio Cordeiro, Affonso Vargas, Alfredo Gallis, Augusto Fuschini, Augusto de Mello, Bocage, Carlos de Moura Cabral, Castro Fonseca, Cunha Belem, Cypriano Jardim, Fernando de Chagny, Fernando Leal, Fialho d"Almeida, Fandarez, Gomes Leal, Gomes da Silva, Guimarães da Fonseca, Jayme Victor, Jonathan, João Cardoso de Meneses, D. João da Câmara, João de Araújo, João Joaquim de Araújo, José António de Freitas, José de Sousa Monteiro, J. Viana, Júlio César Machado, Júlio de Magalhães, Leão de Lobo Coelho, António Coelho Zilhão, Manuel de Almeida, Marcelino Mesquita, Monteiro Ramalho, Matheus Peres, Maximiliano de Azevedo, Luiz Osorio, Urbano de Castro e Vidigal Salgado. Inclui uma «Secção Bordallo Pinheiro» com desenhos e quadras humorísticas deste célebre artista.

Colaboradores artísticos dos três volumes: Armitage, Bauder, Beavis, Bource, Boutigny, Brispot, Burgers, Cain, Carpentier, Comte-Calix, Caetano Alberto, Dawant, Daynan-Bouveret, Demarest, Douillard, Doré, Dantas, Edelfelt, Erskine-Nicol, Farosyn, Fossaert, Fildes, Fleischer, Gaupp, Geoffroy, Gérard, Gérome, Ginon, Guillou, Gow, M. de Macedo, Postma, Pannemaker e outros.

Inocêncio XII, 190.

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