(En français,) de J. A Monteiro Teixeira, De Madère. Typ: de B.F.L. Machado. Madère. [Madeira] 1861.

De 21x14 cm. Com vi, 406 págs. Encadernação da época em percalina com rótulo de arrumação em biblioteca na lombada.

Exemplar com dedicatória do autor na folha de rosto, dirigida a Alexandre M. de Castilho.

Obra poética, em francês, de autor português da Ilha da Madeira, justificada no prólogo dA seguinte forma: «Faire de la littérature dans une langue qui n"est pas la nôtre, et en consentir l"impression, doit sembler hasardeux, dans l"opinion de ceux qui ne sont pas des nôtres ou qui ne nous connaissent qu"'à demi. [...]»

Inocêncio XII, 232: «José Antonio Monteiro. Œuvres poetiques (en français)... Madère, na typ. de B. F. L. Machado, 1861. 8.º gr. de VI, 406 pag. e mais 4 de índice. - Deste livro só foram impressos 100 exemplares, e nenhum para venda. Encontro isto confirmado no Jornal do Porto n.º 117 de 24 de maio do dito ano, no trecho seguinte: «O Sr. Monteiro Teixeira, cavalheiro português, que é cônsul de França na ilha da Madeira, e bem conhecido por suas excelentes poesias em francês, acaba de publicar no Funchal um livro de óptimos versos, quase todos naquela língua. Tirou apenas 100 exemplares para oferecer aos seus amigos, de modo que, sendo a obra apreciável pela correção com que estão escritas as diferentes peças poéticas, tem ao mesmo tempo o mérito da raridade».

Sobre a quem é dedicado este exemplar (vide Inocêncio VIII, 40 e XX, 133) “Alexandre Magno de Castilho, Primeiro tenente da Armada Nacional, habilitado com os cursos proprios da sua profissão, e engenheiro da Comissão Geodésica. Nasceu na cidade do Puy, em França, a 4 de Março de 1835, e é filho primogénito do Sr. Conselheiro José Feliciano de Castilho. [...] foi lente da hidrorapfia na Escola Naval, socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. Faleceu na ilha da Madeira a 19 de Janeiro 1871. Tem duas memórias sobre os padrões dos descobrimentos portugueses, que estão publicados nas memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Primeiro-tenente e engenheiro hidrógrafo tendo executado a partir de 1861 vários trabalhos de geodesia e hidrografia da costa ocidental de africa. Em 1867 deu início à organização de uma livraria e arquivo com obras portuguesas e estrangeiras sobre os descobrimentos, mapas e instrumentos náuticos».