RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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PÁDUA E BELAS. (António) ARTE DE VIVER EM PAZ COM OS HOMENS,

DIVIDIDA EM DUAS PARTES, E DEDICADA AOS VASSALLOS DE S. MAGESTADE FIDELISSIMA, PRINCIPALMENTE AOS QUE HABITÃO A DIOCESE DO MARANHÃO. POR D. Fr. ANTONIO DE PADUA, BISPO DA MESMA DIOCESE. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. Anno M. DCC. LXXXIII. [1783].

In 8º (de 14x9 cm) 155 págs.

Encadernação da época, inteira de pele, com nervos e ferros a ouro na lombada. Corte das folhas carminado.

Primeira e única edição.

Obra com uma interessante estrutura de conhecimentos e conceitos, que hoje podemos definir como um manual para compreender a psicologia humana. O objectivo da obra é alcançar a Paz e os efeitos benéficos que esta produz entre os homens através de uma melhor interacção: «Mas para que ela os produza, é necessário que se conserve. Não pode porém conservar-se sem a ciência dos meios da sua conservação. Mas esta [ciência] acha-se encerrada neste breve Opúsculo, a que damos o título de Arte de viver em paz com os homens» (cf. pág. 6). Podemos afirmar que, contraposto a uma arte da guerra, temos aqui uma Arte ou Ciência da Paz. No texto da obra não existem citações ao Maranhão, visto que a mesma foi escrita e impressa antes da partida para o Brasil, no entanto no Prólogo (pág. 7) existe uma dedicatória inclusa no texto: «Nós oferecemos a todos os Portugueses em geral, e em particular a todos os que habitam a nossa Diocese do Maranhão». 

O Bispo do Maranhão viveu um período de transição no qual se confrontaram as ordens jurídicas civil e eclesiástica, devido à afirmação do absolutismo político pombalino. 

Dom Frei António de Pádua e Belas (Belas, Portugal, 1732 - Setúbal ou Lisboa(?), 1808) foi um religioso da ordem dos frades menores da província da Arrábida. Em 18 de Julho de 1783, no ano da publicação desta obra em Lisboa, foi eleito bispo do Maranhão (no Noroeste brasileiro, região de grande actividade piscatória). Partiu para  S. Luís e assumiu o governo da diocese.  Durante o governo daquela diocese teve várias dificuldades: a coroa portuguesa envia para o Brasil em 1785 um Corregedor, Provedor e Ouvidor geral da Comarca do Maranhão com quem D. Fr. António veio a ter um conflito. D. António foi repreendido pelo ministro português e regressou ao reino em 1787. Em 1794 já tinha renunciado ao governo da diocese. Em 1793 vivia no convento de S. Pedro de Alcântara, em 1799 residia no sítio do Pombal, em Lisboa e em 1805 em Benfica. Faleceu em 1808.

Alguns testemunhos mostram que D. Frei António de Pádua e Belas tinha uma vasta cultura, clareza de espírito e de dicção, um espírito aberto para a espiritualidade erudita e tocado pelo romantismo, tal como revela a presente obra. Alexandre Herculano herdou, possivelmente, o seu acervo codicológico e os seus livros após o falecimento do Bispo do Maranhão em casa de seus pais.

Borba de Moraes, Vol. 2 pag. 646; « 8vo; 155 pp. Not in Innocencio or Blake ».

N.B. Borba, por lapso, não encontrou as seguintes entradas de Inocêncio & Brito Aranha:

Inocêncio I, 217 e [Brito Aranha] XX, 335: «D. FR. ANTONIO DE PADUA E BELLAS, Bispo do Maranhão, da Ordem dos Menores Observantes Reformados, isto é, Franciscano da província da Arrábida. Nasceu em Belas [distrito de Lisboa] em 1732. Foi eleito Bispo em 1783; e tendo resignado o bispado, morreu em Setúbal em 1808.- E. 1193) Arte de viver em paz com os homens. Lisboa, na R. Off. Typographica 1783. 8.º de 155 pag. […] Diz-se no primeiro destes dois artigos que o venerando antístite, «tendo resignado o bispado, morreu em Setúbal em 1808». Alexandre Herculano, [Alexandre Herculano de Carvalho Araújo, Lisboa, 1810 - Quinta de Vale de Lobos, 1877] escrevendo a Bernardino de Barros Gomes, então ainda secular e engenheiro florestal, residindo com sua família na sua quinta de Alcanhões, declarava-lhe (Cartas, tomo I, pág. 20) que o bispo do Maranhão, D. Fr. António de Pádua, morrera hóspede da sua família. Contradizem-se estas duas informações, sem modo possível de as conciliar.

Decerto que Inocêncio, tão seguro e escrupuloso em vulgarizar as notícias desta ordem por órgão do seu Dicionário, dalguma fonte acreditável houve a data e o lugar do falecimento daquele prelado, e não seria difícil admitir que o douto bispo tivesse morrido naquela cidade, em casa da família de Herculano, que aí poderia ter tido residência, se não estivesse averiguado que os pais do futuro historiador já em 1808 habitavam no Pátio do Gil, à Rua de S. Bento, pois que ali nasceram seu filho José Félix, sua filha D. Maria da Assunção e seu terceiro génito Alexandre.

Também não se pode, por outro lado, duvidar de que Herculano tinha a certeza da veracidade da circunstância com que rematou a informação ao seu correspondente, acerca da maneira porque aprendeu a ler letra redonda e manuscrita. Fique, pois, registada a divergência de informações de tão autorizadas fontes, acerca do ponto controvertido, objeto deste artigo, até que ulteriores informações venham, por acaso, a esclarecer o assunto definitivamente. No referido tômo I deste Dic. escreveu também o nosso venerando predecessor Inocêncio, tratando do douto bispo do Maranhão: «Foi ele (D. Fr. António de Pádua) que corrigiu e aumentou a tradução do livro da Imitação de Christo (atribuído a Tomás do Kempis) pondo-o na forma em que actualmente anda. (V. Diogo Vaz Carrilho)».

 


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