RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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GRAVURA SÉC. XVIII – MILITÁRIA – POSIÇÃO DE ARTILHARIA DE LIPPE.

Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Quartel General. 1762. De 26x37 cm.

Gravura colorida à mão, assinada pelo Conde Reinante de Schaumbourg Lippe com selo real de Portugal afixado em branco.

Emoldurado em moldura modesta de madeira dourada do séc. xx.

Apresenta o seguinte texto impresso em cartela (caligrafia actualizada):

« Este desenho representa o modo de servir as Peças à Barba, sempre que fique exposto o que as carrega, nem os mais que as movem, à Artilharia e mosquetaria dos inimigos. O que aponta, sobe à Plataforma, e se escarrancha sobre as Falcas, ficando coberto com a mesma Peça, enquanto aponta, não o devendo fazer pelo método ordinário pela parte de cima, nem pelos lados, mas sim, pela parte debaixo; para cujo efeito, será necessário servir-se de duas Palmetas, postas, uma de um, e outra de outro lado, debaixo da Culatra das Peças, ficando espaço bastante para as mesmas duas Palmetas na faixa alta da Culatra, para por entre elas poder fazer livremente a pontaria. Este método, exclusivamente dá vantagem de cobrir os Artilheiros que servem as referidas Peças, tem mais duas: 1º Que por este modo se evita, enfraquecer o parapeito pela abertura das Canhoeiras; 2º Que podendo obliquar as ditas Peças tanto quanto for necessário, se pode com elas atirar para todas, e quaisquer direcções da mesma Bataria. O desenho representa, uma Plataforma estabelecida em um angulo saliente, donde se faz evidente que este mesmo método é igualmente aplicável a toda, e outra qualquer parte do âmbito da Fortificação ».

O desenho à escala contém uma graduação em 10 Pés de França; e 2 imagens uma com a vista superior do movimento da peça; e a outra com a vista em corte da saliência da fortificação e da plataforma interior (com 3 serventes artilheiros).

O documento é a ilustração de um regulamento ou ordem de fortificação assinada (assinatura original sujeita a confirmação) pelo Conde reinante de Schaumbourg Lippe, hoje conhecida como “fortificação de Lippe”. A ordem foi emitida no Quartel-General de Pedrouços que se localizava-se na Quinta Velha de Pedrouços, pertença do 3º conde de Santiago, Lourenço António de Sousa Silva Meneses (1708-1786) que a alugou para albergar as instalações do Quartel-General. Estas instruções foram dadas em data posterior a Março de 1762 na qual o Conde foi elevado ao posto de Marechal General.

Guilherme de Schaumbourg Lippe nasceu em Londres, sendo o segundo filho de Alberto Wolfgang da condessa Margarete Gertrudes de Oeynhausen. Em 1759 conduziu a artilharia na batalha de Minden com tal acerto que impediu a acção da ala esquerda das forças francesas. Após essa vitória foi-lhe confiado o comando de toda a artilharia dos exércitos aliados. Quando em 1761, na sequência da Guerra dos Sete Anos Portugal se viu ameaçado por tropas francesas e espanholas, foi por indicação do governo britânico que o Conde de Lippe foi convidado pelo Marquês de Pombal para comandar as tropas portuguesas. Em Julho de 1762 assumiu o comando do Exército Português e o encargo de reorganizar as forças portuguesas e de as preparar para a guerra.

A guerra europeia dos Sete Anos ficou conhecida em Portugal como a Guerra do Mirandum. O conflito desenrolou-se no período de 9 de Maio a 24 de Novembro de 1762, iniciando-se quando um exército franco-espanhol, com um efectivo de cerca de 40 000 homens, sob o comando do general do Marquês de Sarriá, invadiu Portugal pela fronteira de Trás-os-Montes, conquistando Miranda, Bragança e Chaves, a que se seguiu uma invasão pelas Beiras, conquistando Almeida e Castelo Branco. Em resposta formou-se um exército anglo-português, com cerca 20 000 homens, sob o comando do Conde de Lippe, que se posicionou para defender Lisboa, mas em Novembro daquele ano de 1762 foi assinado um acordo de cessar-fogo antes de ser travada qualquer batalha.

 SEVEN YEAR WAR ORIGINAL PLATE. Colored plate signed by the Count of Schaumburg-Lippe with royal seal of Portugal. Framed in 20th Century wooden frame.

It displays the following text printed in a side cartouche:

'This design is the way to place the artillery away from the musketry of the enemy. [..] This method gives advantage to cover the corners. The drawing shows a platform established on a projecting angle, where it is evident that this same method is also applicable to all and any other fortification'.

The engraving contains: two images, one with a top view of the movement of the artillery; and the other with the sectional view of fortification and the inner platform (with 3 gunners). 

The document is a signed illustration of a fortification from (or for) a regulation order by Marshall Count Shaumburg-Lippe, who gave the name to this display as 'fortification of Lippe'. The order was issued at the headquarters of Pedrouços which was located in Quinta Velha de Pedrouços. These instructions were given at a later date of March, 1762, at the time the Count was elevated to the rank of Marshal General. William of Schaumburg-Lippe was born in London, the second son of Alberto Wolfgang of The Count of Lippe was invited by the Marquis of Pombal to command the Portuguese troops. In July 1762 he took command of the Portuguese Army and the task of reorganizing the Portuguese forces and to prepare them for the war with Spain.

European Seven Years" War became known in Portugal as the Mirandum War. The conflict unfolded in the period from May 9 to 24 November 1762, starting when the Franco-Spanish army, with 40,000 men, under the command of General the Marquis de Sarria, invaded Portugal on the border of Tras-os-Montes, taking Miranda, Bragança and Chaves, and followed by an invasion of other borders, conquering Almeida and Castelo Branco. In response he formed an Anglo-Portuguese army, about 20,000 men, under the command of Count Lippe, who stood to defend Lisbon, but in November of that year 1762 the ceasefire was signed and an agreement came before waged any battle.


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Referência: 1506JC016
Local: MES

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