RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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GÓIS. (Damião de) CHRONICA DO SERENISSIMO SENHOR REI D. MANOEL

ESCRITA Por DAMIÃO DE GOES, E novamente dada a luz, e’ oferecida AO ILLUSTRISSIMO SENHOR D. RODRIGO ANTONIO DE NORONHA, E MENEZES, Capitão de Infantaria com o exercício de Ajudante das ordens do Mestre de Campo General da Corte, e Provincia da Estremadura, Filho dos Illustrissimos, e Excellentissimos Senhores Marquezes de Marialva; POR REINERIO BOCACHE. LISBOA, Na Officina de MIGUEL MANESCAL DA COSTA, Impressor do Santo Officio. M.DCC.XLIX. [1749].

In 4º (de 28,5x19,5 cm) com [8], 609 págs. Encadernação da época, inteira de pele, com ferros a ouro na lombada.

Exemplar com oxidação natural do papel.

Obra impressa a duas colunas. A colação tem um salto natural da pág. 440 para pág. 447 e da pág. 478 para a pág. 489 e a paginação 537-538 repetida em páginas diferentes.

Terceira edição, muito rara e procurada, (4ªedição da 1ª parte) da Crónica do Rei D. Manuel I, que foi patrocinada por D. Rodrigo António de Noronha e Meneses, filho dos terceiros Marqueses de Marialva, a quem o editor brinda com uma encomiástica dedicatória, em que são pormenorizadamente referidos os seus ilustres ascendentes e destacado como todos eles foram leais e heróicos servidores do Rei Venturoso.

Obra escrita por Damião de Góis por inspiração do Cardeal D. Henrique e a ele oferecida na primeira edição de 1566-1567. A primeira parte teve 2ª edição logo no ano seguinte, tendo sido corrigidas passagens que suscitaram polémica na altura da publicação. Teve 2ª edição (3ª da 1ª parte) em 1619.

A crónica de D. Manuel é uma das mais marcantes obras da rica historiografia portuguesa do século XVI, tanto por abordar um dos momentos mais altos da história dos descobrimentos, como por ter sido escrita por um humanista com um longo percurso de estudos, de viagens por toda a Europa e de convívio com intelectuais ilustres de vários países.

Assim, o rei, com uma grandiosa visão e que, apoiado numa brilhante elite dirigente, conduziu um pequeno país para a posse de um império mundial, encontrou o cronista mais adequado, um humanista cosmopolita, de grande cultura e larga mundividência.

Tendências da anterior obra de Góis, que mostrou grande interesse por outras culturas e povos, nos seus escritos em latim, reflectem-se no texto da crónica que contém numerosas e minuciosas descrições das sociedades, formas de vida, costumes civis e religiosos, dos numerosos povos com que nos encontrámos no rico Oriente, na Arábia e no Brasil. Os acontecimentos relativos à expulsão de judeus e mouros são relatados com objectividade, assim como a dura reacção do Rei em relação ao massacre de Judeus em Lisboa em 1506.

Góis defendeu a legitimidade do império de Portugal e do monopólio das especiarias, sustentando que esse monopólio era um meio ao serviço da causa mais nobre da expansão da fé cristã. No entanto, Góis iria enfrentar reacções hostis por parte de alguns membros da nobreza que se julgaram diminuídos pela narração do autor nos casos que diziam respeito aos seus ascendentes e que provavelmente tiveram influência nos graves dissabores que sofreu às mãos da Inquisição.

Damião de Góis (Alenquer, 2 de Fevereiro de 1502 – 30 de Janeiro de 1574) foi uma figura ímpar do renascimento português, como historiador, humanista, latinista, epistológrafo, viajante, diplomata e funcionário régio. A sua existência foi uma simbiose perfeita dos ideais do seu tempo, não lhe sendo estranho o cultivo da música e a sensibilidade às artes, como testemunham as suas aquisições de obra de pintores flamengos e o seu túmulo e da mulher, para o qual escreveu o epitáfio em latim, na Igreja de Santa Maria da Várzea por ele mandada restaurar em 1560 e depois deslocado para a Igreja de S. Pedro de Alenquer, em 1940, onde hoje se encontra.

 In 4º. Dim.: 28.5x19.5 cm. [8], 609 pp.

Binding: Contemporary full calf, raised bands, gilt tools on spine.

Copy with strong foxing, damp stains in the edges, and slight lack of calf on the front board edge. Ownership title glued over a contemporary handwritten one. Slight worming. Some recoverable tares on pages 173-4, e 175-6, restored tare on page 416.

Printed in two columns. Collation with natural jump on page 440 to 447 and 478 to page. 489, pages 537-538 are repeated.

Third edition, very rare and sought after, of the Chronicle of the Portuguese King Manuel I, sponsored by D. Rodrigo António de Noronha e Meneses, son of the third Marquis of Marialva, whom the editor praises in his dedication, referring in detail his honourable ancestors and emphasizing how they all have been loyal and heroic servers of the Fortunate King.

Work written by Damião de Goes inspired by Cardinal D. Henrique, being the first edition (1566-1567) offered to him by the author. The first part had a second edition one year after, where Damião de Goes corrects some passages, which raised controversy at the time of the first edition. The second edition of the complete work was published in 1619.

D. Manuel’s chronicle is one of the most notable works within the rich Portuguese historiography of the 16th century, because it narrates one of the highest moments of the history of the Portuguese discoveries, and also because it was written by a humanist with a long path of study, travels all over Europe, and interaction with notorious intellectuals of several countries.

Thus the king with a great vision, who lead a small country to the possession of a world empire, supported by a brilliant and intelligent elite, found the most suitable chronicler, a cosmopolitan humanist, with great culture and a wide vision of the world.

The trends of the former works of Góis, who showed great interest for other cultures and peoples in his Latin works, are also reflected in the text of the chronicle, which contains several detailed descriptions of the societies, ways of life, and secular and religious traditions of the many people the Portuguese found in the Far East, Arabia and Brazil. The events related to the ban of the Jews and Moors are described with objectivity, as well as the severe reaction of the king towards the massacre of the Jews in Lisbon in 1506.

Góis defended the legitimacy of the Portuguese Empire and the monopoly of spices, sustaining that this monopoly was a means to serve the noblest cause of the expansion of Christianity. However, Góis was going to face hostile reactions by some noblemen, who felt diminished by the narrative of the author about their ancestors, this probably influencing the problems Góis had with the Inquisition.

Damião de Góis (Alenquer, February 2, 1502 – January 30, 1574) was a unique figure of the Portuguese renaissance, as a historian, humanist, Latinist, traveller, diplomat and royal official. His existence was the perfect symbiosis of the ideals of his time, sensible to music and arts, as shown by the works of Flemish painters he bought and the family tomb (his and his wife’s) in the Church of Santa Maria da Várzea, which he ordered the restoration in 1560. His tomb was later moved to the Church of S. Pedro de Alenquer, in 1940, where it stays till today.

Ref.:

Monteverde, 2627. Palha Volume III, 142-2830.

Inocêncio II, 124: «A terceira edição da dita Chronica, conforme á antecedente, e que Barbosa não menciona, sahiu: Lisboa, na Offic. de Miguel Manescal da Costa 1749. fol. de VIII, 609 pág. »

Barbosa does not mention it.

 


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Referência: 1506JC015
Local: M-15-A-7


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