RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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SILVA. (Julião Fernandes) CARTA CRITICA Sobre o metodo curativo dos Medicos Funchalenses.

[Colofón: por I. F. D. S]. S/L. [Londres]. MDCCLXI [1761].

In 8º (de 20x13 cm) com 310 págs. Encadernação do final século XIX com lombada em pele com ferros a ouro e pastas revestidas a papel decorativo marmoreado.

Exemplar com alguma acidez própria do papel e com títulos e notas de posse sobre a página de rosto "Fº. Antº A[breu]"; notas de paginação; notas de datação de uma aquisição da obra em 1847; e nome do autor manuscrito a lápis. No anterrosto uma notícia manuscrita sobre a obra: “No nº 33660 do Diario do Commercio” do Funchal, de 12 de Dezembro de 1909 foi publicada uma notícia da Carta Critica.”

Obra raríssima da qual Inocêncio não encontrou qualquer exemplar ou referência. Não existe exemplar na BNP.

Inocêncio IX, 48."CARTA CRITICA sobre o methodo curativo dos medicos funchalenses... 1761. - Por falta de opportunidade não pude ver este opusculo, de que existe um exemplar na bibliotheca da Eschola Medico-cirurgica de Lisboa, segundo informação havida do sr. dr. Abel Jordão."

Inocêncio XIII, 249 "JULIÃO FRANCISCO DE SOUSA... Referindo-se á Carta critica mencionada no tomo IX do Dicc. bibliographico, o meu obsequioso e esclarecido amigo, sr. dr. José Carlos Lopes, responde-me o seguinte: «Se quizer fazer obra por indicações manuscriptas no exemplar, que possuo, da obra intitulada Carta critica sobre o methodo curativo dos medicos funchalenses, firmada pelas iniciaes J.F.D.S. e mencionada por Innocencio no tomo IX, pag. 48, sob o n.o 780, deverei affirmar: «1.º Que foi Julião Francisco de Sousa o auctor da Carta critica; 2.º Que a obra, que consta de 310 pag., e que saíu sem designação do logar da impressão, foi impressa em Londres. Póde, ainda assim, dar-se o caso de que as iniciaes apontadas quadrem melhor ao nome de Julião Fernandes da Silva, medico no Funchal, citado por Innocencio no tomo V, pag. 159, n.o 5022.»

Elucidário Madeirense vol. II, pág. 30 "Fernandes da Silva (Dr. Julião). Carta critica sobre o método curativo dos medicos funchalenses. MDCCLXI, é o título dum volume de 310 paginas, publicado sob a forma duma carta que termina por estas palavras: O seu mais dependente e intimo venerador I. F. D. S., Madeira 7 de Setembro de 1755. Não traz a indicação do lugar em que foi publicado nem o nome do impressor.

Esta obra, como o título claramente indica, é uma larga crítica, por vezes severa e mordaz, mas muito judiciosa e sempre bem fundamentada, segundo os conhecimentos da época, da maneira como os médicos exerciam clínica na Madeira em meados do século XVIII.

O autor, apesar de pouco amadurecido em anos, como na própria carta o confessa, revela uma abundante cópia de conhecimentos da arte de curar e era muito versado nas obras dos grandes mestres, que no tempo tinham toda a autoridade em assuntos médicos.

Sobre o valor do livro, debaixo do ponto de vista estritamente científico, nada poderemos dizer, por em absoluto nos escassear a competência para isso. Dele diz o ilustre anotador das Saudades da Terra «que é curioso e até útil, não só á historia medica deste archipelago, mas também ao estudo dos costumes da epocha. A orthographia sonica e a aggressiva dicção desta carta denunciam ser producção de algum afoito innovador da escola de Luiz Antonio Verney».

Há neste importante trabalho alguns pontos tratados com grande interesse e sem dúvida com notável proficiência, como seriam a epidemia do sarampo, que tantas vitimas causa entre nós, a doença e morte do bispo D. João do Nascimento e as causas da elefantíase e maneira de a curar, sendo o livro em tudo muito curioso e digno de ser lido ainda por indivíduos estranhos á ciência medica.

Quem é o autor do interessante livro? Nem Inocencio Francisco da Silva no Diccionario Bibliographico, nem o Dr. Alvaro Rodrigues de Azevedo nas suas valiosas anotações á obra do Dr. Gaspar Frutuoso nos dão a menor indicação a tal respeito. Foi um mero acaso que proporcionou ao distinto madeirense conselheiro Manuel José Vieira o ter descoberto o nome oculto, talvez por mais dum século, do talentoso e ilustrado autor da Carta critica. No espólio do falecido medico César A. Mourão Pita encontrou o conselheiro Vieira um exemplar impresso da obra e outro manuscrito que presumimos terem pertencido ao ilustre madeirense e abalizado medico Dr. Antonio da Luz Pita.

Um simples e rápido confronto dos dois volumes logo denunciou tratar-se do mesmo e único trabalho. O manuscrito, que parece ser o próprio autografo, contém mais do que os exemplares impressos uma casta em frase excessivamente laudatória datada, do convento de S. Francisco desta cidade, de 28 de Agosto de 1755, escrita por Fr. João de S. José e dirigida ao autor do livro, carta que não acompanhou a impressão desta obra por motivos que desconhecemos. Neste manuscrito se dá o Dr. Julião Fernandes da Silva como autor dele e seu nome perfeitamente condiz com as iniciais encontradas no fim do volume impresso. O interessante manuscrito foi descoberto em Julho de 1907 e logo adquirido pela Biblioteca Municipal do Funchal, onde se encontra actualmente.

O Dr. Julião Fernandes da Silva era filho de Manuel da Silva e nasceu no Funchal entre os anos de 1723 e 1726. Tinha a formatura em medicina pela Universidade de Coimbra, cujo curso terminou a 17 de Novembro de 1748. Além da Curta Critica, escreveu a obra intitulada Exame de Sangradores, que vem mencionada no Diccionario Bibliographico Portuguez. Sobre este assunto publicou o Diário do Commercio de 12 de Dezembro de 1909 um desenvolvido artigo, que pertence á autoria dum dos redactores deste Elucidario.

O ilustre professor e académico Dr. Augusto da Silva Carvalho que tem publicado tão valiosos trabalhos acerca da historia da medicina em Portugal, tencionava ocupar-se com largueza da Carta Critica... do Dr. Julião Fernandes da Silva, que acima fica citada, por se tratar duma obra de grande valor cientifico relativamente á época em que foi escrita, salvando-se assim dum imerecido esquecimento o nome do seu distinto autor. Esta comunicação foi feita há poucos anos a um dos redactores do Elucidario Madeirense, mas não nos consta que até o presente tenha sido publicado esse prometido e, por certo, interessante estudo."


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