Contos. Prelo Editora. Lisboa. 1968.

De 20X14 cm. Com 142 págs. Encadernação de Frederico de Almeida em tela vermelha com lombada em pele pintada da mesma cor, com nervos e ferros a ouro na lombada. Exemplar preserva capas de brochura originais da autoria de Pilo da Silva.

Colectânea de sete contos, no estilo neorrealista do autor, em que o espaço narrativo passa a ser Lisboa, cidade que os vários personagens das suas histórias anteriores evocam constantemente, seduzidos pelas oportunidades de vida que a terra-natal não lhes pode conceder.

Publicado dez anos após “Seara de Vento”, “Um anjo no trapézio” encerra o percurso de Manuel da Fonseca (autor dado a grandes hiatos editoriais) na prosa, tendo sido na altura do seu lançamento recebido com desconfiança pela crítica, que chegou a pôr em causa o talento do autor.

Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como um dos melhores escritores do neo-realismo português. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e política, relata como poucos a vida dura do Alentejo e dos alentejanos.