Por […] Socio effectivo da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1867.

De 22x15 cm. Com xxxii, 635 págs. Encadernação recente com lombada e cantos em pele. Ferros a ouro e títulos em rótulos negros na lombada.

Exemplar com falta das capas de brochura e dos mapas desdobráveis.

Inocêncio XII, 317 e XIII 78: “Exame das viagens do Dr. Livingstone, etc. Lisboa, na Imp. Nacional, 1867. 8.º gr. de XXXII 635 pag., com 7 mapas desdobráveis [em falta]. Acerca deste livro veja se o interessante artigo critico analítico do conselheiro José Feliciano de Castilho, publicado no Jornal do comércio, do Rio de Janeiro (nºs de 23 a 27 de Junho, 3 e 5 de Julho de 1868), transcrito no Jornal do comércio, de Lisboa, nºs 4:426, 4:429 e 4:430, de 1, 5 e 6 de Agosto de 1868.

O Exame foi escrito por ordem do Ministério da Marinha (era então ministro o Sr. Conselheiro Mendes Leal), «para fazer conhecida a inexactidão de numerosíssimas asserções do Dr. Livingstone; a leveza do fundamento de muitas das suas pretensões; e a sem razão e injustiça com que frequentemente são por ele apreciados e arguidos os portugueses».

A sociedade de Ciências Geográficas de Paris concedeu ao autor a medalha de 2.ª classe. Segundo a opinião do conselheiro José Feliciano de Castilho, no estudo citado de D. José de Lacerda «parece ficar demonstrada a injustiça com que o Dr. Livingstone, ignorando ou ocultando os descobrimentos dos portugueses na África meridional, se ostenta como primeiro explorador de já exploradas regiões». Com esta obra, segundo uma nota de Inocêncio, gastou D. José de Lacerda três anos e três meses, recebendo subsidio na razão de 600$000 réis por ano, e no fim dela trezentos exemplares. Em resposta ás pretensões de Livingstone, o autor publicou antes do Exame uma analyse, que foi reproduzida em Londres sob o título: Portuguese African Territories. Reply to dr. Livingstone"s Accusations and representations, by D. José de Lacerda. London”.