RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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AZEVEDO FORTES. (Manuel de) LOGICA RACIONAL GEOMÉTRICA E ANALITICA,

Obra Utilissima, E absolutamente necessaria para entrar em qualquer sciencia, e ainda para todos os homens, que em qualquer particular, quizerem fazer uso do seu entendimento, e explicar as suas idéas por termos claros, proprios, e intelligiveis. Dedicada AO SERENISSIMO SENHOR D. ANTONIO, INFANTE DE PORTUGAL, Ordenada por MANOEL DE AZEVEDO FORTES, Cavalleiro professo da Ordem de Christo, Academico da Academia Real da Historia Portugueza, Sargento mór de Batalha dos Exercitos de Sua Magestade, e Engenheiro mór destes Reynos, & LISBOA: Na Officina de Jozé Antonio Plates. M.DCC XLIV. [1744] Com todas as licenças necessarias.

In fólio de 30,6x21,6 cm. Com [xxxvi], 151, [i em br.], 270, 224 págs. Encadernação da época inteira de pele, com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro. Cortes das folhas carminados.

Folha de rosto a preto e vermelho com pequeno florão decorativo. Impressão muito nítida em caracteres redondos e itálicos

Exemplar com desgastes na encadernação, com faltas superficiais de pele no rótulo, na parte inferior da charneira, no pé da lombada e com falta do retrato do Infante D. António, que raros exemplares têm. O Exemplar do Catálogo de Azevedo e Samodães, não tinha. Foi desenhado por Vieira Lusitano e gravado por Olivier Cor.

Obra muito rara e importante para o estudo da recepção, difusão e influência das ideias do Iluminismo, em especial de Descartes. Foi publicada com grandes apoios do poder, em especial do Infante D. António (personalidade a merecer um estudo pormenorizado e que foi aluno de Azevedo Fortes) o que é testemunhado pela grande beleza e aparato tipográfico do livro.

Pedro Calafate, na apresentação da edição de 2002 da primeira parte desta obra afirma que ela: «constitui um veículo privilegiado para o conhecimento do ideário das Luzes em Portugal, não apenas no plano da lógica, como também nos domínios da filosofia da história, da ética, da filosofia política, da física, da teodiceia e da pedagogia, temas abordados num quadro vincadamente eclético. »

As páginas preliminares contêm a dedicatória do autor ao Infante D. António; um extenso prefácio com o título de Antelóquio; as licenças com aprovações de D. Luís Caetano de Lima, Frei Tomás de S. José, Padre Manuel de São Lourenço Justiniano, Frei António de Santa Maria, Padre Manuel de Campos, todas datadas de 10 de Agosto de 1744 a 30 de Abril de 1745, sendo que este breve lapso de tempo, para a época, denota o alto patrocínio da obra e o prestígio do autor.

A primeira paginação é dedicada à exposição da Lógica Racional, dividida em quatro livros até página 137, a página 138 em branco e um apêndice nas páginas 139 a 151. Na segunda paginação o autor trata da Lógica Geométrica, com a exposição dos elementos de Euclides, dividida em cinco livros, até página 252 e um apêndice nas páginas 253 a 270. A última paginação compreende a Parte terceira, que trata da Lógica analítica, ou seja, a álgebra, dividida em sete livros, até à página 191, com a 192 em branco, um apêndice sobre diversas questões particulares, de 193 a 211, a página 212 em branco e o índice dos capítulos de 213 a 224.

D. António Francisco de Bragança, Infante de Portugal, (Lisboa, 1695 - Palácio Real de Alcântara, Lisboa, 1757) Quinto filho de D. Pedro II e da sua segunda mulher, D. Maria Sofia de Neuburgo, nunca se casou e levou uma vida dedicada ao estudo, profunda religiosidade e patrocínio das artes. Viveu sempre no Palácio Real de Alcântara, na Quinta do mesmo nome, também conhecida por Quinta da Tapada. Como todos os nobres da época evidenciou talento na equitação, na caça e na tauromaquia, mas foi especialmente dado às Matemáticas e Filosofias modernas, em que teve por mestre Manuel de Azevedo Fortes, tendo o infante retirado singular aproveitamento dos seus ensinamentos, disputando e ouvindo com grande entusiasmo o mestre e restantes professores em diversos assuntos. Além da propensão às ciências, tinha especial gosto pela História, que lia na língua materna, latim, francês, italiano e castelhano, tendo também reunido uma grande biblioteca que incluía impressos e manuscritos raros, que contribuíram para a realização da obra Historia Genealógica da Casa Real Portuguesa, da autoria de D. Manuel Caetano de Sousa. Distinguiu-se nas Artes liberais, juntamente com um grande interesse pela Música, em que tinha grande gosto pelos instrumentos de tecla, tocando cravo e ‘pianoforte’. Foi aluno do grande compositor italiano Domenico Scarlatti e, em 1732, o compositor Ludovico Giustini dedicou-lhe uma coleção de sonatas para o pianoforte.

Manuel Azevedo Fortes (Lisboa, 1660 - Lisboa, 1749). Matemático, filósofo e engenheiro militar português, que se notabilizou pelos seus trabalhos práticos de engenharia militar e pelas importantes obras científicas e filosóficas que publicou, em que transparecem os contactos com a vanguarda científica europeia da época. A sua formação decorreu no estrangeiro, entre 1670 e 1685, no Colégio Imperial, em Madrid, na Universidade de Alcalá de Henares e no Colégio du Plessis. Foi professor na Universidade de Siena. Regressado a Portugal, foi professor de matemática, de 1686 a 1701, na Aula de Fortificação. Foi Capitão de Infantaria, Tenente do Mestre de Campo Geral, Coronel, Governador da Praça de Castelo de Vide e Engenheiro-mor do Reino, desde 23 de Setembro de 1719. Dirigiu trabalhos de construção e reparação de muitas fortificações, tais como as de Campo Maior, Elvas, Olivença, Estremoz, Juromenha, Arronches e Vila da Zibreira.

A sua sólida formação e grande experiência ficam demonstradas nas várias obras que publicou, em especial as duas seguintes - O Engenheiro Português, Lisboa, 1728-1729 e Lógica Racional, Geométrica e Analítica, Lisboa, 1744.

 In folio. 30.6x21.6 cm. [xxxvi], 151, [i in bl.], 270, 224 pp. Contemporary full leather binding, with red label, raised bands and gilt tools. Red edges.

Black and red title page with small decorative fleuron. Very clear printing in round and italic characters.

Copy showing signs of wear on the binding, superficial leather flaws on the label, at the bottom of the hinge, at the foot of the spine and missing the portrait of prince António, which few copies have. The copy in the Azevedo and Samodães Catalogue didn"t have it. It was designed by Vieira Lusitano and engraved by Olivier Cor.

A very rare and important work for the study of the reception, diffusion and influence of the ideas of the Enlightenment, especially Descartes. It was published with great support from the powers that be, especially Prince António (a personality who deserves a detailed study and who was a pupil of Azevedo Fortes), which is testified to by the book"s great beauty and typographical apparatus.

Pedro Calafate, in the introduction to the 2002 edition of the first part of this work, states that it: 'constitutes a privileged vehicle for understanding the ideology of the Enlightenment in Portugal, not only in terms of logic, but also in the fields of philosophy of history, ethics, political philosophy, physics, theodicy and pedagogy, themes that are addressed in a highly eclectic framework'.

The preliminary pages contain the author"s dedication to Prince António; an extensive preface entitled Antelóquio; the licences with the approvals of Luís Caetano de Lima, Friar Tomás de S. José, Father Manuel de São Lourenço Justiniano, Friar António de Santa Maria, Father Manuel de Campos, all dated from 10 August 1744 to 30 April 1745, and this brief lapse of time, denotes the high patronage of the work and the prestige of the author.

The first numbered pages are dedicated to the exposition of Rational Logic, divided into four books up to page 137, page 138 blank and an appendix on pages 139 to 151. On the second group, the author deals with Geometric Logic, divided into five books, up to page 252 and an appendix on pages 253 to 270. The last group comprises Part Three, which deals with Analytical Logic, and is divided into seven books, up to page 191, with page 192 blank, an appendix on various particular questions, from 193 to 211, page 212 blank and the index of the chapters from 213 to 224.

António Francisco de Bragança, Prince of Portugal, (Lisbon, 1695 - Palácio Real de Alcântara, Lisbon, 1757). Fifth son of Pedro II and his second wife, Maria Sophia of Neuburg. He never married and led a life dedicated to study, deep religiosity and patronage of the arts. He always lived at the Royal Palace of Alcântara, on the estate of the same name, also known as Quinta da Tapada. Like all the nobles of the time, he showed talent in horse riding, hunting and bullfighting, but he was especially fond of modern maths and philosophy, in which he was taught by Manuel de Azevedo Fortes, and the prince benefited greatly from his teachings, disputing and listening with great enthusiasm to the master and other teachers on various subjects. As well as his penchant for the sciences, he had a special taste for history, which he read in his mother tongue, Latin, French, Italian and Castilian. He also amassed a large library that included rare prints and manuscripts, which contributed to the realisation of the work Historia Genealógica da Casa Real Portuguesa, by Manuel Caetano de Sousa. He excelled in the liberal arts, along with a great interest in music, where he had a great love of keyboard instruments, playing the harpsichord and the pianoforte. He was a pupil of the great Italian composer Domenico Scarlatti and, in 1732, the composer Ludovico Giustini dedicated a collection of sonatas for the pianoforte to him.

Manuel Azevedo Fortes (Lisbon, 1660 - Lisbon, 1749). Portuguese mathematician, philosopher and military engineer who was noted for his practical military engineering work and for the important scientific and philosophical works he published, in which his contacts with the European scientific vanguard of the time are evident. He was educated abroad between 1670 and 1685 at the Imperial College in Madrid, the University of Alcalá de Henares and the College du Plessis. He was a professor at the University of Siena. When he returned to Portugal, he taught maths at the Aula de Fortificação (Fortification class) from 1686 to 1701. He was Captain of Infantry, Lieutenant of the General Field Master, Colonel, Governor of Castelo de Vide Stronghold and Chief Engineer of the Kingdom from 23 September 1719. He directed the construction and repair of many fortifications, such as those at Campo Maior, Elvas, Olivença, Estremoz, Juromenha, Arronches and Vila da Zibreira.

His solid training and great experience are shown in the various works he published, especially the following two: O Engenheiro Português, Lisbon, 1728-1729 and Lógica Racional, Geométrica e Analítica, Lisbon, 1744.

Referências/References:

Pedro Calafate - Apresentação, In: Azevedo Fortes - Lógica Racional. Imprensa Nacional - Casa da Moeda. Lisboa. 2002.
Ernesto Soares - História da Gravura Artística em Portugal. I, p. 180, n.º 517.
Azevedo e Samodães, 258.
Monteverde, 348.
Inocêncio V, 369.
Barbosa Machado III, 186-188.


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Referência: 2402PG006
Local: SACO NMFICHAS1-25


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