RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 79709

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



BARBUDA E VASCONCELOS. (Manuel Mendes de) VIRGINIDOS, OV VIDA DA VIRGEM SENHORA NOSSA. POEMA HEROICO.

Dedicado A Magestade da Rainha DONA LUIZA Nossa Semhora, Por Manoel Mendez de Barbuda, & Vasconcelos. Lisboa. Com todas as licenças necessarias. Na Officina de Diogo Soares de Bulhoens, Anno 1667.

In 8.º de 19,8x15,3 cm. Com [xiv], 487 (i.e. 488), [i], [xxxvi, último em br.], [xx] fólios. Encadernação da época, inteira de pele com rótulo, nervos e ferros a ouro. Cortes das folhas carminados.

Ilustrado no início com uma gravura a talhe-doce de António Pereira, com o escudo das armas da rainha D. Luísa de Gusmão encimado por uma imagem da Virgem rodeada de resplendores. Impressão muito nítida, quase toda em caracteres redondos, com alguns, muito poucos, itálicos, nas assinaturas das licenças, nomes dos autores das poesias, nos sonetos que servem de resumo a cada canto, nas citações e em parte do cólofon.

Exemplar com desgastes de manuseamento na encadernação, pequenos picos de traça nas folhas de guarda, com a gravura aparada e espelhada, e com falta de duas folhas preliminares no final do prólogo.

Os 36 fólios do Juízo Poético são in 4.º. O caderno T tem 9 fólios, existem dois fólios consecutivos com a mesma numeração - 150 e tem o fólio 288 numerado 298.

As páginas preliminares sem numeração contêm as licenças, datadas de 25 de Agosto de 1662 a 5 de Maio de 1668, o prólogo e poesias em louvor do autor. As folhas finais sem numeração incluem o cólofon, um Juízo Poético e um soneto em louvor da obra por Frei André de Cristo, em 35 fólios, um fólio em branco e as erratas, na frente de 20 fólios, um para cada canto.

Primeira edição, e única, rara já no tempo de Inocêncio, em especial quando preserva a gravura, que não foi registada por Ernesto Soares, que, no entanto, refere o seu autor. Como se vê pelas licenças, o livro acabou de ser impresso já em 1668 devido à enorme extensão do poema e dos anexos, não tendo sido alterada a data da folha de rosto que já tinha sido impressa. Em 7 de Julho de 1668 obteve privilégio por dez anos segundo Alvará Régio conservado na Torre do Tombo segundo Neves, 2008, 84.

Muito importante para o estudo da visão da Virgem Maria, na literatura, assim como da poesia barroca e, em especial, da teoria e crítica literária da época por ter no fim a extensa (70 páginas) apreciação crítica de Frei André de Cristo, com o título de Juízo Poético, que revela grande conhecimento da matéria e destaca a influência de Camões na obra.

Magnífico poema barroco sobre a vida da Virgem Maria, com uma versificação brilhante e variada, num estilo conceituoso e erudito. Está enriquecido por numerosos episódios, como era característico dos poemas épicos, tal como o anúncio do nascimento de Maria, no canto quarto, o Massacre dos Inocentes, no canto quatorze, e diálogo de S. José com um sábio egípcio, sobre a nascente do Nilo, no canto dezasseis. Vários dos cantos iniciam-se por prólogos destinados a conferir maior variedade ao poema. É especialmente célebre o prólogo do Canto Segundo sobre a brevidade da vida e a constante mistura da alegria e da dor, na vida humana.

Cada canto é antecedido por um argumento, que consiste num soneto, o que é de grande originalidade. A dedicatória à rainha compreende as oitavas 13 a 15 do Canto primeiro e o poema termina com uma peroração dirigida à Virgem Maria, nas oitavas 152 a 165 do último canto. Nas margens tem as referências dos passos da Bíblia que são glosados ou citados pelo autor. Poema de grande extensão, com 2828 oitavas, e 22 496 versos, sem contar com os 20 sonetos que servem de argumento/resumo de cada canto.

Manuel Mendes de Barbuda e Vasconcelos (Verdemilho, Aveiro, 1607 - Verdemilho, 1670) magistrado, fidalgo da cota de armas, por carta régia de 2 de Maio de 1646 e poeta barroco. Formou-se em direito na Universidade de Coimbra, onde estudou de 1621 a 1629. Desempenhou funções no Desembargo do Paço e serviu os lugares de Juiz de Fora em Caminha e Auditor da Gente de Guerra da mesma vila, Ouvidor em Valença, Provedor em Lamego e, segundo Barbosa, foi insigne na Arte da Cavalaria. Foi sepultado na Igreja Paroquial de S. Pedro das Aradas, que foi demolida no início do século XIX. É autor de várias obras poéticas, tendo sido publicada: Silva panegyrica ao nascimento da serenissima Princeza, filha do principe D. Pedro, Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1667. Deixou inédito um poema com o título: Sucesso das Armas Lusitanas, sobre a Guerra da Restauração e colecções de poesias sacras, humanas e fúnebres.

Frei André de Cristo (Santarém, 1617 - Maranhão, 1689) Freire da Ordem Militar de Nossa Senhora das Mercês, foi professor de Teologia Moral, nos Colégios de Ronda, Cádiz e de Huelgas. Em 1660 voltou a Portugal onde foi mestre de Filosofia do Conde de Castelo Melhor, Luís de Vasconcelos e Sousa, pregador e membro da Academia dos Generosos, onde pronunciou várias orações sobre a Poética de Aristóteles. Além do Juízo Poético, é autor do livro de poesias: Amores Divinos e Humanos, Lisboa, 1631 e de numerosas poesias dispersas em livros colectivos.

 In octavo. 19.8x15.3 cm. [xiv], 487 (i.e. 488), [i], [xxxvi, last bl.], [xx] folios. Contemporary full leather binding with label, raised bands and gilt tools. Red edges.

Illustrated at the beginning with an intaglio engraving by António Pereira, with the coat-of-arms of Queen Luísa de Gusmão surmounted by an image of the Virgin. Very clear printing, almost entirely in round characters, with a few, very few, italics, in the signatures of the licences, the names of the authors of the poems, in the sonnets that serve as a summary of each canto, in the quotations and in part of the colophon.

Copy with signs of handling wear on the binding, small moth holes on the endpapers, with the engraving trimmed and mounted, and with two preliminary leaves missing at the end of the prologue.

The 36 folios of the Juízo Poetico are in quarto. Quire T has 9 folios, there are two consecutive folios with the same numbering - 150, and folio 288 is numbered 298.

The unnumbered preliminary pages contain the licences, dated from 25 August 1662 to 5 May 1668, the prologue and poems in praise of the author. The final unnumbered pages include the colophon, a Poetic Judgement and a sonnet in praise of the work by Friar André de Cristo, on 35 folios, a blank folio and the errata, on the front of 20 folios, one for each canto.

First and only edition, rare even at the time of Inocêncio, especially when it preserves the engraving, which was not recorded by Ernesto Soares, who nevertheless mentions its author. As can be seen from the licences, the book was only printed in 1668 due to the enormous length of the poem and the appendices, and the date on the title page, which had already been printed, was not changed. On 7 July 1668, he was granted the privilege for ten years according to the Royal Charter kept in the Torre do Tombo according to Neves, 2008, 84.

Very important for the study of the vision of the Virgin Mary in literature, as well as Baroque poetry and, in particular, the literary theory and criticism of the time, as it has at the end the extensive (70 pages) critical appraisal of Friar André de Cristo, entitled Julgamento Poético, which reveals great knowledge of the subject and highlights the influence of Camões on the work.

Magnificent Baroque poem on the life of the Virgin Mary, with brilliant and varied versification, in a conceptual and erudite style. It is enriched by numerous episodes, as was characteristic of epic poems, such as the announcement of Mary"s birth in canto four, the Massacre of the Innocents in canto fourteen, and St Joseph"s dialogue with an Egyptian sage about the source of the Nile in canto sixteen. Several of the songs begin with prologues designed to give the poem more variety. The prologue of Canto II on the brevity of life and the constant mixture of joy and pain in human life is particularly famous.

Each canto is preceded by an argument, consisting of a sonnet, which is highly original. The dedication to the queen comprises octaves 13 to 15 of the first canto and the poem ends with a peroration addressed to the Virgin Mary, in octaves 152 to 165 of the last canto. In the margins there are references to passages from the Bible that are glossed over or quoted by the author. The poem is very long, with 2828 octaves and 22,496 verses, not counting the 20 sonnets that serve as the argument/summary of each canto.

Manuel Mendes de Barbuda e Vasconcelos (Verdemilho, Aveiro, 1607 - Verdemilho, 1670) magistrate, nobleman by royal charter of 2 May 1646 and Baroque poet. He graduated in law from the University of Coimbra, where he studied from 1621 to 1629. He was a member of the Desembargo do Paço and served as Juíz de Fora in Caminha and Auditor da Gente de Guerra in the same town, Ombudsman in Valença, Ombudsman in Lamego and, according to Barbosa, he was a master of the Art of Chivalry. He was buried in the Parish Church of S. Pedro das Aradas, which was demolished at the beginning of the 19th century. He was the author of several poetic works, one of which was published: Silva panegyrica ao nascimento da serenissima Princeza, filha do principe D. Pedro, Lisboa, by Antonio Craesbeeck de Mello 1667.

He left an unpublished poem with the title: Sucesso das Armas Lusitanas and collections of sacred, human and funeral poetry.

Frei André de Cristo (Santarém, 1617 - Maranhão, 1689) Freire da Ordem Militar de Nossa Senhora das Mercês, foi professor de Teologia Moral, nos Colégios de Ronda, Cádiz e de Huelgas. In 1660 he returned to Portugal where he was the philosophy teacher of the Count of Castelo Melhor, Luís de Vasconcelos e Sousa, a preacher and member of the Academy of the Generous, where he delivered several orations on Aristotle"s Poetics. As well as Juízo Poético he is the author of the book of poetry: Amores Divinos e Humanos, Lisboa, 1631 and numerous poems scattered in collective books.

Bibliografia/Bibliography:

Amaro Neves - Barbuda e Vasconcelos: Notável Poeta Épico. Junta de Freguesia de Aradas. 2008.

Cabral do Nascimento - Poemas narrativos portugueses. Minerva Lisboa. 1949, p. 49-50, 125 e 191-194.

Costa e Silva - Ensaio Biográfico e Crítico VIII, 92-131.

Referências/Refrences:

USTC 5094316.

Arouca, V 47.

Ernesto Soares. História, 415.

Ávila Perez, 4913.

Fernandes Tomás, 3236.

Livraria Rodrigo Veloso, I, 2875.

Monteverde, 3492 - sem estampa e sem erratas, 3493 - com estampa.

Inocêncio, VI, 59 e XIV, 279.

Barbosa Machado III, 309.


Temáticas

Referência: 2308PG006
Local: M-6-E-20


Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters